Muito se fala na crise econômica que o País está vivendo. Corte de despesas, Planos de desligamento incentivados (PDIs), Reformas trabalhista e previdenciária... tudo para que o País possa ter um fôlego maior, tudo isso aliado a Estados que não cumprem se quer com o pagamento de funcionários, desemprego, falta de consenso entre os poderes da república... não está fácil... certamente 2017 será lembrado como um ano atribulado...
E a Ciência? É certo que a crise chegou também... Talvez 2017 tenha sido o último ano que ainda tínhamos gorduras para queimar... Daqui para frente, com a falta de editais para financiamento na esfera federal e a não liberação de recursos na esfera estadual e ainda o setor privado retraído, as diferentes áreas de conhecimento sofrerão forte impacto...
Ter uma pesquisa interrompida por falta de recursos não significa perder um ano de trabalho... muitas vezes significa perder o bonde da história... a ciência avança rápido e estar na vanguarda depende de muito trabalho e uma ação continuada... uma interrupção, por mais curta que pareça, pode significar anos de atraso...
A crise existe na saúde, na educação, na economia, na política, na ciência... Mas se faz necessário dosar o remédio do ajuste em cada uma delas... Um corte muito drástico pode causar sequelas enormes, que raramente poderão ser revertidas no curto prazo...
A ciência é um elo sensível... se esse elo não for forte, os problemas futuros na saúde, educação, economia, agronegócio e até mesmo na política chegarão e cobrarão um alto preço... talvez bem maior do que o orçamento que foi cortado...
A diferença entre o remédio e o veneno, quase sempre é a dose...
Grande abraço.