Míldio
Mofo (Plasmopara viticola) Culturas Afetadas: Tomate, Uva
O Míldio da videira (Vitis vinifera) causado pelo fungo Plasmopara viticola pode causar perdas totais para o viticultor. Esta doença tem grande importância em países produtores de uva, onde o verão é úmido; sendo, ainda hoje, a doença mais destrutiva da videira na Europa, podendo causar perdas de 50 a 75% em áreas sob condições favoráveis ao desenvolvimento da doença em que medidas de controle não sejam aplicadas.
Danos: O fungo ataca todas as partes verdes da planta, principalmente as folhas. Apresenta três fases distintas: "mancha óleo", "mancha branca" e "mancha necrótica". Inicialmente, o fungo produz pequenas manchas de coloração pálida e bordos definidos, facilmente visíveis contra a luz "mancha de óleo". Na face abaxial das folhas, correspondente a "mancha de óleo", há a formação de uma penugem densa, branca, de aspecto cotonoso, formada pelas frutificações do fungo. Este sintoma é chamado de "mancha branca" ou "mancha mofo". Com a evolução da doença, as áreas infectadas necrosam, adquirindo uma coloração avermelhada (mancha necrótica). Com o aumento das áreas necrosadas, estas podem coalescer formando grandes áreas de tecido crestado. Por fim, o fungo causa a queda das folhas severamente infectadas.
Os frutos são atacados em todos os estágios de desenvolvimento. As florações e frutos no estágio de chumbinho são recobertos por uma massa branca e secam. Os frutos novos mumificam, tornando-se secos e com coloração verde-azulada. Frutos com mais da metade do desenvolvimento tornam-se pardacentos, amolecidos e caem com facilidade.
Os ramos verdes também são atacados pelo fungo, comprometendo o crescimento vegetativo das plantas infectadas.
Controle: Para se evitar grandes prejuízos, o controle do míldio deve ser feito preventivamente. Além do controle químico, cultivares resistentes podem ser utilizados. Para que se tenha condição de umidade menos favorável ao desenvolvimento do fungo e um melhor arejamento do cultivo são recomendados podas bem constituídas e um bom espaçamento.
O controle preventivo deve começar no início da brotação com o uso de fungicida sistêmicos intercalado com produtos de contato à base de cobre. Dentre estes, a cauda bordalesa é um dos mais antigos, porém eficiente no controle do míldio. Usar produtos registrados para a cultura.