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Mancha das bainhas

(Rhizoctonia oryzae) Culturas Afetadas: Arroz

Inicialmente descrita no Japão em 1910, esta doença encontra-se disseminada em praticamente todas as áreas do mundo onde se cultiva o arroz, principalmente em condições irrigadas. Sua importância vem aumentando devido ao uso de fertilizantes e de variedades altamente produtivas; isto implica em maior perfilhamento da planta e, conseqüentemente, em aumento de umidade na cultura, criando condições favoráveis ao patógeno.

Danos: Os sintomas ocorrem nas bainhas e colmos, sendo inicialmente observados próximos do nível da lâmina de água presente na cultura irrigada; sob condições favoráveis, as lesões podem ser encontradas também nas folhas e bainhas localizadas acima da linha da água. As manchas, nas bainhas e colmos, são ovaladas, elípticas ou arredondadas, apresentam coloração branco-acinzentada, com bordos de cor marrom, bem definidos; nas folhas, os sintomas são semelhantes, porém as manchas apresentam aspecto irregular. Ataques severos podem causar seca parcial ou total das folhas, além de provocar acamamento das plantas.

A sobrevivência do fungo no solo dá-se por micélio ou escleródios. O cultivo contínuo do arroz na mesma área aumenta os danos, pois os restos de cultura contribuem para o aumento do inóculo. A infecção tem início quando os escleródios, disseminados pela água da cultura irrigada, atingem as partes das plantas localizadas na linha da água e germinam sobre a superfície vegetal. A penetração pode ocorrer através dos estômatos ou diretamente através da cutícula. O fungo produz apressório para, em seguida, penetrar os tecidos do hospedeiro. O micélio desenvolve-se rapidamente tanto no interior dos tecidos como sobre a superfície externa dos mesmos, levando ao aparecimento de manchas típicas da doença, sobre as quais podem ser encontradas hifas e escleródios. Estas estruturas são novamente disseminadas pela água de irrigação.

A ocorrência de temperaturas em torno de 28ºC e a presença de alta umidade na cultura são fatores altamente favoráveis à doença; contribuem para estas condições o emprego de adubação pesada e a alta densidade de plantas. O microclima existente na cultura tem grande influência no desenvolvimento da doença. Tem sido demonstrado que a severidade é maior em solos com altos níveis de nitrogênio e fósforo, pois estes elementos favorecem o desenvolvimento vegetativo das plantas; por outro lado, o potássio tem promovido redução na incidência da doença.

Controle: As medidas de controle indicadas compreendem, de modo geral, o uso de variedades resistentes e o emprego de fungicidas. Nas regiões brasileiras que cultivam arroz irrigado a doença não tem sido registrada como problema sério. Preventivamente, porém, certos cuidados devem ser tomados, relacionados principalmente com a adubação e com a densidade de plantio.

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