Mancha bacteriana
Pinta bacteriana (Pseudomonas syringae pv. tomato) Culturas Afetadas: Tomate, Tomate envarado, Tomate rasteiro
A pinta bacteriana do tomateiro (Lycopersicon esculentum), causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv. tomato, também conhecida como mancha bacteriana pequena ou pústulas bacteriana, é uma doença de grande importância econômica, principalmente em plantios destinados ao processamento industrial cultivados sob pivô central, em áreas com temperaturas amenas e alta umidade, sendo estimadas perdas de até 25% em locais com condições climáticas favoráveis à doença. As culturas do pimentão e da berinjela são atacadas por esta bactéria, que também pode sobreviver como epífita em várias espécies de plantas daninhas.
Danos: A bactéria Pseudomonas syringae pv. tomato ocorre em todas as idades em todos os órgãos da parte aérea da planta.
Nas folhas, causa lesões necróticas, circulares ou irregulares, de coloração pardo escura a preta na fase abaxial dos folíolos. Estas manchas apresentam um grande halo amarelado, principalmente em folíolos em desenvolvimento. Em condições favoráveis a doença desenvolve-se das folhas mais velhas para as folhas mais novas. Com a evolução da doença, as lesões coalescem, causando o secamento das folíolos.
Os frutos também apresentam lesões necróticas, circulares ou irregulares, de coloração pardo-escura a preta, circundadas por um halo amarelado. Os sintomas da pinta-bacteriana diferem da mancha-bacteriana, principalmente pelos sintomas nos frutos, na pinta-bacteriana, as lesões são menores, mais escuras, mais lisas e superficiais.
O caule e os pendúculos apresentam manchas escuras, provocando queda de flores e frutos.
Controle: Plantar somente mudas sadias, produzidas a partir de sementes de boa qualidade. Fazer rotação de cultura com outras culturas que não sejam hospedeiras. Evitar plantios próximos a lavouras de tomate mais velhas. Realizar o manejo correto da irrigação do modo a evitar o excesso de água. Vale a pena salientar que a irrigação por aspersão favorece a disseminação da doença.
Há vários cultivares resistentes, nos quais a resistência é conferida pelo gene dominante Pto. Esta é a medida de controle mais econômica e eficiente.
O uso de fungicidas cúpricos e eventualmente antibióticos pode ser feito quando são utilizados cultivares não resistentes.