Mancha-angular
Bacteriose (Xanthomonas campestris pv. mangiferaeindicae) Culturas Afetadas: Manga
A bacteriose da mangueira é uma séria ameaça à expansão dessa cultura no estado de São Paulo, já que, sob condições desfavoráveis, pode causar prejuízos superiores a 70% na produção.
Sintomas - Nas folhas, o patógeno causa manchas angulares variando de 3 a 4 mm de coloração pardo-escuras. Ao redor das lesões observa-se um halo amarelado e, sob alta umidade, observam-se, ainda, áreas com aspecto encharcado.
Percebe-se que as folhas podem ficar com vários orifícios na medida em que os sintomas avançam. Esses orifícios atacam as flores e frutos causando lesões negras e rachando no sentido longitudinal, respectivamente. Note-se que há uma acentuada queda dos frutos e os que permanecem na planta murcham e mumificam, principalmente quando o ataque é no pedúnculo. É possível afirmar, diante dessas constatações, que as lesões de todos os órgãos bacterianos exsudam goma rica em talos bacterianos, tal fato favorece a disseminação do patógeno em questão.
Etiologia - Pesquisas apontam que a mancha angular é causada pela bactéria Xanthomonas campestris pv. mangiferaeindicae. Todavia, no Brasil são formadas duas estirpes: a primeira forma colônias de coloração branca, mais patogênica, com ocorrência em São Paulo. A segunda, mais
amarelada, é comum no Nordeste brasileiro.
Explicitamente, a de coloração branca (primeira) forma colônia circular, lisa, convexa, mucosa e brilhante com 3 mm de diâmetro em 48 horas. E as condições que favorecem o crescimento das bactérias são: alta umidade e alta temperatura. Contudo, pode-se assegurar que chuvas de pedra ou ventos fortes, que danifiquem a superfície da planta, favorecem a penetração do patógeno e a severidade dos sintomas.
Controle - Podem-se controlar as condições de desenvolvimento da bactéria mediante conduta de ações: a primeira medida de controle é a escolha do local do pomar. Pois, áreas sob a influência de grandes massas de água devem ser evitadas já que é um ambiente favorável ao desenvolvimento da bactéria.
A segunda medida é proteger o pomar com quebra ventos, visto que é possível diminuir os ferimentos produzidos pelo atrito entre folhas e frutos, impedindo, desta forma, a penetração da bactéria.
Recomenda-se o uso de produtos registrados para a cultura.