Filoxera
Filoxera-da-vinha, filoxera-da-videira, vine louse (Daktulosphaira vitifoliae) Culturas Afetadas: Uva
Hospedeiros:
Vitis vinifera, Vitis labrusca, Vitis sp., Vitis riparia.
Sinonímias:
Dactylosphaera vastatrix; Daktulosphaira vitifoliae; Pemphigus vitifoliae; Peritymbia vastatrix; Phylloxera pemphigoides; Phylloxera vastatrix; Phylloxera vitifoliae; Rhizaphis vastatrix; Viteus vitifoliae
A filoxera é considerada a principal praga da videira. As fêmeas ápteras que infestam as raízes são de coloração que varia entre verde e amarelo. Têm tamanho de 1 mm de comprimento com tubérculos dorsais, dos quais saem cerdas. A forma que ataca folhas é de coloração coloração que varia entre verde e amarelo, mas sem a presença de tubérculos dorsais. Já as formas aladas, são de coloração amarela-alaranjada, com o tórax escuro, medindo 1,2 mm de comprimento.
O ciclo biológico da espécie é complexo, e a ocorrência de cada forma depende de condições climáticas e da planta hospedeira. Apresenta várias formas, dependendo da época do ano. Geralmente, durante o inverno, fêmeas ápteras sexuadas colocam os ovos no ritidoma, que na primavera eclodem e dão origem a ninfas que provocam galhas nas folhas. As fêmeas galícolas reproduzem-se de forma partenogênica, sendo que, cada uma coloca entre 500 e 600 ovos no interior das galhas. Os ovos que eclodem podem dar origem a fêmeas radícolas, que irão para as raízes, provocando nodosidade nas radicelas, ou então, os ovos darão origem a novas fêmeas galícolas que continuaram a completar várias gerações nas folhas. No final do verão, fêmeas radícolas dão origem a formas aladas que migram para as folhas e podem ovipositar dois tipos de ovos, que dão origem a machos ápteros ou fêmeas ápteras. Das formas galícolas da espécie, podem surgir também fêmeas aladas, que originam formas sexuais ápteras.
Sintomas:
O inseto se alimenta da parte aérea e raízes sendo que os maiores prejuízos são observados em raízes de Vitis vinifera cultivada como pé-franco. O dano nas folhas é importante em viveiros, quando o ataque ocorre nos ramos utilizados como porta-enxertos, resistentes à forma radícola, provocando galhas nas folhas que prejudicam o desenvolvimento de brotações, reduz a taxa fotossintética e a planta pode não desenvolver-se adequadamente. Quando o ataque ocorre na raiz, provoca nodosidade como resultado do intumescimento dos tecidos das radicelas. Durante a alimentação, o inseto acaba injetando toxinas nas raízes, que prejudicam absorção de nutrientes e pode servir de porta de entrada para podridões de raízes.
Controle:
A melhor forma de controle da praga é através da utilização de porta-enxertos que são resistentes ao ataque. Para o controle químico, recomenda-se o uso de produtos registrados para as culturas.