CI

Projeto Agrovision Nova Amazonia 2030: Ameaças e oportunidades


Climaco Cezar de Souza
No SEMINÁRIO PANAMAZONIA 2013, realizado na semana anterior em Manaus, tive a honra de realizar a palestra do link abaixo, também contando com presenças e palestras da ilustre ex-presidente do Equador, do Comandante Militar da Amazônia, do Comandante Naval da Amazônia, do Secretario de Meio-Ambiente do MT e de outros Professores e Empresários locais/regionais de alto mérito e renome internacional. A organização foi dos diretores da ONG Panamazônia (vide:
https://www.facebook.com/PanAmazonia?fref=ts) e capitaneados pelo prof. Belizário Arce, um incansável batalhador pelos ideais amazônicos, com pós-graduação no Japão e elevada experiência em negócios internacionais.
Diante das muitas mudanças rápidas em curso no Brasil, no tocante às novas logísticas ferroviária-hidroviária-naval-rodoviária; novos portos (inclusive novos 27 TUP-Terminal de Uso Privado já em fase de liberação para a Amazônia) e novas hidroelétricas gigantes e próximas, a Amazônia, seus Governos e seus empresários responsáveis e arrojados (sobretudo da SUFRAMA mais de Belém, Santarém, Macapá, Boa Vista, Rio Branco, Porto Velho e norte do MT) TÊM O DEVER COM SEUS POVOS E NEGOCIOS (extra políticos e extra interesses pessoais) DE PROMOVEREM, EM CONJUNTO, MUDANÇAS DE PORTE E IMEDIATAS, DE FORMA A NÃO PERDEREM, MAS, POR OUTRO LADO, GANHAREM AINDA MAIOR COMPETITIVIDADE INTERNA E EXTERNA.
Podem-se perceber, claramente, as três seguintes ameaças principais em médio e longo prazo:
1) Ampliação do novo Canal do Panamá para navios com até 120 mil t (ou cerca de 6 mil contêineres) e já a inaugurar em 2014, lembrando que lá já fica a Zona Franca de Colon (a segunda maior do Mundo, só menor que a de Hong Kong) e com chances de estabelecimento de novas ZF, principalmente em parcerias com médias/grandes empresas chinesas, interessadas em trazer muita mão-de-obra própria e em acessar, de forma bem mais barata e próxima, as ricas Costa Leste atlântica dos EUA, da América do Sul, da Europa e também a Costa pacifica da UNASUL e o Caribe;
2) Inicio da construção pelos chineses de novo Canal a concluir em 11 anos, com 280 km e 23 metros de profundidade na Nicarágua (com capacidade para navios handy size e cape size com até 250 mil t. ou 16 mil contêineres);
3) Ainda certas desinformações, desuniões e até possíveis desinteresses dos Governos e Empresários locais em estabelecerem medidas, reais, que ampliem os negócios e a competitividade da Região Norte, da ZFM e das futuras ZPE (sobretudo diante dos novos canais acima e das grandes empresas chinesas que por lá se instalarão).
Por outro lado, também há três principais oportunidades competitivas locais/regionais, a bem explorar/implantar para ampliar muito a competitividade da Amazônia (sem prejudicar a Floresta e seus povos, pelo contrário):
1) Conclusão em 2016 da nova ferrovia Trans-Asian Railway com 14 mil km e que ligará Istambul mais os portos minerais/siderurgicos e profundos de Iskenderun e Mersin na Turquia a toda Ásia, sobretudo à Bangkok e à China (junto com as novas rodovias, tal ferrovia atenderá Região já com 26% co PIB mundial; 3,9 bilhões de pessoas; 30% das exportações mundiais e 12 das 20 maiores cidades do Mundo). O bom é que tais portos da Turquia (que permitem receber navios de médio e grande portes - inclusive graneleiros, biocombustíveis, refrigerados e minerais - e em berços com até 18 metros de profundidade) FICAM QUASE EM LINHA RETA COM OS PORTOS DO NORTE E NORDESTE DO BRASIL, VIA GIBRALTAR, ECONOMIZANDO CERCA DE 4 mil a 6 mil km de percurso - até o interior e em rápido desenvolvimento e alta demanda da Turquia, China, Índia, Tailândia etc.. - ante os portos do Pacifico (e cerca de 10 mil pelo Atlântico), ou seja, com fretes bem mais baratos, mais rápidos e para grandes volumes;

2) Futura ferrovia já anunciada e integrante do novo PIL Plano de Investimentos em Logística (portanto, privada e com construção rápida) a ser construída entre Açailândia/Ferrovia Norte-Sul até SP e RS/Ferrovia Transnordestina e o Porto de Vila do Conde-Espadarte/Curuçá, um dos mais profundos do País (25 metros), assim como conclusão da Rodovia Cuiabá-Santarém em 2014 mais do porto fluvial para barcaças em Miritituba-PA (sem problemas ambientais, a 30 km da TransAmazonia e a apenas 900 km das áreas de grãos do norte do MT) e ainda do porto fluvial de Santarém;
3) Inicio de estudos para determinar profundidades e canais de passagens no Rio Amazonas, de forma a permitir construir e instalar rapidamente um possível porto fluvial profundo off-shore com 32 metros - necessários pelo desnível de 10 metros na estação da seca - (para navios com até 250 mil t ou 16 mil contêineres) nas proximidades de Manaus, lembrando que no meio da nova ponte a profundidade chega a 70 metros. Somente com tal Porto conseguir-se-ia competir, em igualdade de condições e pela maior proximidade, com os novos canais acima, em especial da Nicarágua. Contudo, tudo depende do real interesse imediato do Governo estadual, dos empresários locais e das Entidades, pois já há investidores interessados, em especial o Ewin Group dos EUA. VIDE: http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2012/10/empresa-norte-americana-podera-construir-novo-porto-em-manaus.html
Confira aqui o Projeto Inteligência Competitiva NOVA AMAZONIA 2030

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.