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O superávit do agronegócio brasileiro


Amélio Dall’Agnol
Muitos patrícios, por razões que desconhecemos, vivem a criticar o agronegócio, sem saber exatamente que bicho é este. Ou saberiam e por razões que também desconhecemos, se esforçam para induzir a massa desinformada a acreditar que agronegócio é coisa do capeta, sinônimo de destruição ambiental e de contaminação alimentar?


Afinal, porque brasileiros haveriam de criticar o segmento da economia que salvou e continua a salvar do negativo a balança comercial do país, ademais de colocar na mesa das famílias brasileiras mais alimento e por menos dinheiro! Para quem trabalham esses cidadãos? Seriam, por acaso, agentes de países concorrentes, pagos para prejudicar os interesses do Brasil?

Os críticos do campo desconhecem ou fazem de conta que não sabem, mas a responsabilidade maior pelo salto de desenvolvimento ocorrido no Brasil no correr das últimas décadas tem nome: agronegócio. Seu espetacular crescimento deu-se, não tanto pela incorporação de novas áreas de cultivo via derrubada de florestas, mas pelo aumento da produtividade nos campos já cultivados, via uso intensivo de mais tecnologia. Exemplifico: em 1991, o Brasil produziu 58 milhões de toneladas de grãos, em 38 milhões de hectares. Na safra 2012/13, a produção saltou para inacreditáveis 185 milhões de toneladas, em 52 milhões de hectares. Crescimento de 37% na área e 219% na produção. Um avanço digno de registro, que só não vê quem não quer.

O agronegócio brasileiro é um caso de sucesso e orgulha o nosso país, dispensando as críticas inconsequentes. Diferentemente de como muitos percebem o agronegócio, ele não representa apenas a produção agrícola dentro das porteiras da propriedade, mas de toda a cadeia agroindustrial que antecede (máquinas, equipamentos e insumos agrícolas), assim como a que sucede a produção na fazenda (transporte, armazenagem e processamento).


Se para o Brasil está sendo possível pagar o Bolsa Família para mais de 13 milhões de famílias pobres e bancar os custos de outros programas sociais caros ao governo, é porque o campo gerou superávit comercial para isso. Compare os números: nos últimos 12 anos o agronegócio gerou um superávit de US$ 595,3 bilhões, muito superior ao superávit do próprio Brasil (US$ 392,0), visto que, além de gerar a totalidade do saldo comercial do país no período, o agronegócio bancou o déficit de US$ 203,3 bilhões dos demais segmentos da economia.

Parabéns agroindustriais brasileiros, do campo e da cidade, vocês orgulham o Brasil.

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