Não fez, ainda, dois anos que um alto comissário das Nações Unidas declarou que o Brasil caminha para ser o futuro grande provedor de alimentos da humanidade. Pouco tempo depois, durante a realização da VII Conferência Mundial de Pesquisa de Soja, ocorrida em março de 2004, em Foz do Iguaçu, Brasil, o Dr. Harold Kauffmann, professor emérito da Universidade de Illinois, EUA, declarou que o Brasil será no século XXI, o que foram os EUA no século XX, período durante o qual eles reinaram absolutos no mercado internacional da soja.
Corroborando tais manifestações, mais recentemente, um alto dirigente da FAO acrescentou “o Brasil poderá se tornar o maior beneficiário do comércio mundial de produtos agrícolas nos próximos dez anos”, para o que, um alto representante da OCDE, baseado em estudo realizado conjuntamente com a FAO, emendou: “o Brasil continuará a crescer, mesmo com os subsídios praticados pelos países desenvolvidos, que distorcem o comércio internacional”. Agora, em 23 de Junho, o mais prestigiado jornal econômico europeu, o inglês Financial Times, estampou em suas páginas: “o Brasil está para a agricultura, assim como a China está para os manufaturados: é uma potência agrícola a cujo tamanho e eficiência poucos competidores são capazes de igualar. Apesar de enfrentar uma das mais altas tarifas agrícolas do Ocidente (média de 30% sobre suas exportações), o país é o maior ou o segundo maior produtor de açúcar, soja, suco de laranja, café, tabaco e carne bovina e está ocupando rapidamente posições fortes na produção de algodão, frango e carne suína”.
Mas quem são, onde estão e como se sentem os protagonistas desse espetáculo que tem atraído tanta atenção da imprensa e de organismos internacionais?!
São os produtores rurais, que em 28 de julho comemoraram o seu dia calados e apreensivos: o Brasil vai bem, mas eles vão mal. Os custos de produção subiram, os preços pagos pela produção caíram e as dívidas se acumularam. De que servem os elogios que vêem do exterior?! Certamente seria melhor o reconhecimento interno, traduzido em desenvolvimentos na propriedade e materializado em máquinas novas, cerca concertada, filho na escola, dívidas saldadas e crédito na praça.
Bem que esses heróis anônimos mereciam uma mala de dinheiro. Nem precisava ser mensalão, serviria um semestralão. Um pelas boas colheitas das culturas de inverno e outro pelas boas colheitas dos cultivos de verão. Pelo menos isto, para quem não pode fazer greve, porque ela seria contra eles próprios, já que, embora marginalizados, são patrões e o máximo de mobilização que conseguem é um tratoraço, de vez em quando.
Agricultor, não desista. A persistência é o caminho do êxito. O campo é mais importante que a cidade: “se as cidades forem destruídas e os campos permanecerem ativos, aquelas se reconstruirão. Mas se os campos forem destruídos, aquelas fenecerão” (Abrahan Lincoln).
Corroborando tais manifestações, mais recentemente, um alto dirigente da FAO acrescentou “o Brasil poderá se tornar o maior beneficiário do comércio mundial de produtos agrícolas nos próximos dez anos”, para o que, um alto representante da OCDE, baseado em estudo realizado conjuntamente com a FAO, emendou: “o Brasil continuará a crescer, mesmo com os subsídios praticados pelos países desenvolvidos, que distorcem o comércio internacional”. Agora, em 23 de Junho, o mais prestigiado jornal econômico europeu, o inglês Financial Times, estampou em suas páginas: “o Brasil está para a agricultura, assim como a China está para os manufaturados: é uma potência agrícola a cujo tamanho e eficiência poucos competidores são capazes de igualar. Apesar de enfrentar uma das mais altas tarifas agrícolas do Ocidente (média de 30% sobre suas exportações), o país é o maior ou o segundo maior produtor de açúcar, soja, suco de laranja, café, tabaco e carne bovina e está ocupando rapidamente posições fortes na produção de algodão, frango e carne suína”.
Mas quem são, onde estão e como se sentem os protagonistas desse espetáculo que tem atraído tanta atenção da imprensa e de organismos internacionais?!
São os produtores rurais, que em 28 de julho comemoraram o seu dia calados e apreensivos: o Brasil vai bem, mas eles vão mal. Os custos de produção subiram, os preços pagos pela produção caíram e as dívidas se acumularam. De que servem os elogios que vêem do exterior?! Certamente seria melhor o reconhecimento interno, traduzido em desenvolvimentos na propriedade e materializado em máquinas novas, cerca concertada, filho na escola, dívidas saldadas e crédito na praça.
Bem que esses heróis anônimos mereciam uma mala de dinheiro. Nem precisava ser mensalão, serviria um semestralão. Um pelas boas colheitas das culturas de inverno e outro pelas boas colheitas dos cultivos de verão. Pelo menos isto, para quem não pode fazer greve, porque ela seria contra eles próprios, já que, embora marginalizados, são patrões e o máximo de mobilização que conseguem é um tratoraço, de vez em quando.
Agricultor, não desista. A persistência é o caminho do êxito. O campo é mais importante que a cidade: “se as cidades forem destruídas e os campos permanecerem ativos, aquelas se reconstruirão. Mas se os campos forem destruídos, aquelas fenecerão” (Abrahan Lincoln).