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Novos investimentos


Decio Luiz Gazzoni
Enquanto o prezado leitor lê esta coluna, participo de uma reunião na Cidade do México, na qual grandes investidores mundiais (os denominados big-shots corporativos) buscam informações detalhadas sobre o agronegócio de diversos países, para melhor balizarem seus investimentos, seja a montante, como na produção de insumos; no próprio sistema produtivo; ou a jusante, nas áreas de transformação, produção de alimentos, agregação de valor, armazenagem, transporte ou exportação. Para tanto, lideranças do agronegócio de países selecionados foram convidadas a demonstrar porque investir em seus países.

            A lógica de minha apresentação passa, em primeiro lugar, pelo excelente currículo do passado recente do agronegócio brasileiro que, em 35 anos, se transmutou de importador de alimentos para um dos maiores exportadores de produtos agrícolas do mundo. Entretanto, apenas o passado não garante a continuidade de bons negócios. Por isto, faço um retrato da situação atual de nosso agronegócio, de sua pujança, do crescimento que se destaca em relação aos concorrentes, de sua produtividade e competitividade. E das ameaças, que se tornam boas oportunidades de investimento, como a infraestrutura de armazenagem, transporte e exportação.
            Porém, uma vez mais, apenas o presente não indica que o futuro do país garanta o pay back de investimentos, que pode se estender por uma década. Por esta razão, alinhavo as principais vantagens competitivas do país, entre as quais se destaca o estoque de solo arável, a recuperação de áreas degradadas, a boa oferta climática na média do país, o estoque de água, agricultores empresariais de primeira linha e um sistema de geração e transferência de tecnologia único nas regiões tropicais do planeta. Para tanto, contamos com instituições de renome internacional como a Embrapa, o IAPAR ou o Agronômico de Campinas, além de excelências como a Emater Paraná, que cito nominalmente.

Espero haver sido convincente na sensibilização dos investidores, de forma a canalizarem seus investimentos para o Brasil, e me sentiria particularmente recompensado se alguns deles vierem especificamente para Londrina, que tanto necessita de novos e pujantes empreendimentos no agronegócio.
 
O autor é Engenheiro Agrônomo.
 

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