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HORTIFRUTIGRANJEIROS – “Situação é boa, mas pode melhorar muito com novas técnicas redutoras de riscos”


Climaco Cezar de Souza
Mesmo que dispondo de poucos estudos, dados e fontes seguras, o acompanhamento diuturno dos hortifrutigranjeiros faz parte dos modernos princípios da elevada geração de renda e de emprego locais pela agricultura familiar em regiões muito pobres, como pelo seu elevado componente de riscos para a inflação diária de alimentos. 
Infelizmente, tais produções no Brasil ainda têm um elevado componente de risco climático e de pragas e doenças, sobretudo em períodos muito chuvosos, o que, também pesarosamente, sempre colaboram para sustos gigantes na inflação diária de alimentos, ou seja, se comportando como o “patinho feio” do agronegócio = “necessário, mas perigoso”, O QUE NÃO É VERDADE. O mais interessante é que o Governo criou em 2013 um excelente programa para REDUÇÃO DOS RISCOS pela construção de estufas, estufins, produções hidropônicas e outras irrigações e, possivelmente, compras de máquinas especiais para colheita etc..(INOV AGRO) em especial nas áreas vizinhas às capitais e grandes cidades, mas há baixo interesse, pouca divulgação e as verbas sobram (correndo-se o risco de voltarmos a não-priorizações). Vide: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,inova-agro-tera-3-linhas-de-incentivo-a-tecnologia,155475,0.htm .
 O não uso de tecnologias redutoras de riscos precisa ser muito bem repensado pelos agricultores e dinamizado pelos órgãos de Assistência Técnica e Extensão Rural dos Governos e das Agroindústrias. Temos um amplo mercado interno e importador a explorar e gerar muito mais divisas, empregos internos e desenvolvimentos no interior e nas áreas Peri-urbanas. No Japão, Holanda, Espanha, Itália boa parte das produções ocorre de forma quase continua e sob estufas com até 150 hectares contíguos por unidade, tudo com alta produtividade e renda, elevada geração de empregos, exportações, bom abastecimento interno, sem sustos inflacionários e, praticamente, sem riscos. 
No Brasil, mesmo sem desempregar, há que se utilizar muito mais tais técnicas protetoras e alavancadoras de grandes produtividades e rendas, inclusive colheitas por máquinas desenvolvidas/melhoradas no Brasil como as colhedoras de tomate (inclusive estaqueado), batata e outros - Vide: http://www.portalmaquinasagricolas.com.br/eficiencia-na-coleta-de-tomates/ E AINDA http://poscolheita.cnpdia.embrapa.br/colheita .
Recente, o Programa Globo Rural apresentou uma excelente reportagem sobre uma empresa de Araguari (Trebeschi) que produz tomates especiais para exportações somente sob 17 estufas modernas com 1.200 hectares cultivados em 3 estados para a industria própria e que processa 300 toneladas por dia em suas três fabricas em MG, SP e SC. Vide:http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2013/08/empresa-aposta-em-tecnologia-para-producao-de-tomates-especiais.html .
Concluindo: este diagnostico curto mostra que as produções horticulas estão reduzindo ou, PRATICAMENTE, estacionadas em cultivos familiares estratégicos PARA O PLENO ABASTECIMENTO como na BATATA INGLESA, CEBOLA, TOMATE. Em alguns casos houve até redução das áreas plantadas em locais tradicionais/estratégicos por questões climáticas/desânimos/não-alavancagens/importações excessivas e totalmente liberadas e em outros as produtividades não ampliam como necessárias.
O mesmo ocorre com outros produtos agrícolas com MENOR COMPONENTE INFLACIONÁRIO HISTÓRICO, MAS fundamentais para a geração de renda e emprego familiar regionaL e também nos setores de distribuição das grandes cidades. Assim, as produções TAMBÉM estão quase que PARALIZADAS ou reduzindo EM LOCAIS TRADICIONAIS OU ESTRATÉGICOS COMO no caso do ABACAXI, MANGA, MAMÃO, MELANCIA e UVAS, SEJA POR PROBLEMAS DE DIMINUIÇÕES DAS ÁREAS PELOS MENORES PREÇOS/DESÂNIMOS OU PELAS REDUÇÕES DAS PRODUTIVIDADES (OCORRÊNCIA DE DOENÇAS DE DIFICIL E CARO CONTROLE).
No Alho, na Banana e na Castanha de Caju, as produções estão em recuperação, isto se o clima continuar colaborando (chuvas normais no Nordeste e não-excessivas do Centro-Sul e Centro-Oeste), isto após fortes quedas anteriores, mas as rendas e os empregos regionais ainda estão muito prejudicados.

http://www.agrolink.com.br/upload/colunas/hortifrutigranjeiros.pdf

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