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Homenagem ao agronegócio


Decio Luiz Gazzoni
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) anunciou que o Brasil será a sede das celebrações globais do Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado anualmente em 5 de junho. O PNUMA ressaltou a sustentabilidade da agropecuária brasileira, e os avanços do Brasil em áreas como os biocombustíveis e a redução do desmatamento, contribuindo para a redução da emissão de gases do efeito estufa. Segundo o documento
Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza (unep.org/greeneconomy), o Brasil tem tido uma posição de destaque na construção de uma economia que inclui a reciclagem, a energia renovável e a geração de empregos verdes. Além de destacar a indústria da reciclagem, o relatório também ressalta a liderança brasileira na produção sustentável de etanol como combustível de veículos. Depois de tantas críticas infundadas, é salutar que o agronegócio brasileiro receba uma homenagem da ONU.
A expectativa do PNUMA é que esses exemplos reflitam na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável que ocorre no Rio de Janeiro três semanas após o Dia Mundial do Meio Ambiente, do qual o Brasil também foi sede em 1992, durante a Conferencia Rio-92.

O PNUMA define economia verde como aquela que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz riscos ambientais e escassez ecológica. Dito de outra forma, uma economia verde pode ser considerada como tendo baixa emissão de carbono, é eficiente em seu uso de recursos e socialmente inclusiva. Em uma economia verde, o crescimento de renda e emprego deve ser impulsionado por investimentos públicos e privados que reduzam as emissões de carbono e poluição. Que aumentam a eficiência do uso da energia e de outros recursos. Que previnam perdas de biodiversidade e de serviços ecossistêmicos. Esses investimentos precisam ser gerados e apoiados por gastos públicos específicos. O caminho do desenvolvimento deve manter, aprimorar e, quando possível, reconstruir capital natural como um bem econômico crítico e como uma fonte de benefícios públicos, principalmente para a população carente cujo sustento e segurança dependem da natureza.
 
O autor é Engenheiro Agrônomo, pesquisador da Embrapa Soja.

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