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Gestão personalizada e tecnologia são ferramentas vitais para a mitigação de riscos climáticos no agribusiness


Opinião Livre
Estima-se que a agricultura tenha tido suas origens em 8.500 A.C., em uma região que permeia o Egito e o Iraque. Desde aqueles tempos, a compreensão dos ciclos de chuvas e secas da região foi fundamental para que a técnica ancestral pudesse se aprimorar ao longo dos séculos e evoluir até os dias atuais. Hoje, porém, com as constantes disfunções climáticas, essas tendências são ainda mais difíceis de serem previstas. As consequências desses distúrbios têm impactado profundamente todos os degraus que compõem a cadeia do agronegócio e corroem a rentabilidade em todo o negócio. 
De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fenômenos como o El Niño e a La Niña, que alteram o fluxo de chuvas em todo o planeta, colaboraram para que o país reduzisse em 1,3 milhão de toneladas a sua safra total de grãos em relação ao que foi divulgado no início do ano. Em meio a este cenário incerto, qualquer grau de previsibilidade para essas reações é fundamental para a tomada de decisão e até mesmo a continuidade dos negócios.
Para minimizar esses danos ao máximo, os produtores têm investido cada vez mais no gerenciamento desses riscos, conseguindo, através de modernas técnicas de análise e comparação, identificar os diversos perigos que podem danificar o volume de colheita e aumentar o custo de seus processos ou serviços. 
Essas ferramentas, que comportam robustos bancos de dados com décadas de informações e pesquisas, podem simular diversos cenários meteorológicos, como a elevação e queda de temperatura, precipitação de vento e umidade, incidência de luz solar e expectativas de intempéries, além de contar com uma completa visão sobre a variação de preços e demandas sobre as commodities em todo o mundo. 
Toda essa gama de informações, porém, ainda não é suficiente para proteger financeiramente a empresa se não houver uma compreensão específica das condições únicas sobre a comercialização do que se pretende produzir. É imprescindível adotar uma visão holística sobre o tema, observando aspectos econômicos e logísticos e suas consequências sobre a saúde dos negócios.   
Nesse sentido, a Marsh realiza um serviço de referência no mercado, oferecendo soluções personalizadas para reduzir as exposições das empresas às condições climáticas que possam impactar seus rendimentos financeiros, proporcionando vantagens como, por exemplo, a mitigação do risco de crédito e a volatilidade de preço das commodities. Estas práticas de transferência de risco são valorizadas pelos investidores e mercados financeiros uma vez que o lucro fica protegido e a utilização do capital próprio fica mais eficiente. 
* Eduardo Martins é Líder da prática de Agribusiness da Marsh Brasil 

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