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Embrapa, uma história


Decio Luiz Gazzoni
Embora seus estatutos tenham sido aprovados pelo Decreto 72.020 (28/3/73), convencionou-se ser a data da posse da primeira diretoria aquela da sua efetiva criação. A Embrapa surge no bojo de um audacioso projeto de visão de futuro para o Brasil, para transformar o país de importador em exportador de alimentos. Até meados da década de 1970 o Brasil era um grande importador agrícola, incluindo o pão (trigo) e o leite nosso de cada dia. Petróleo e trigo representavam uma sangria nas contas externas brasileiras. A leitura correta dos governantes da época foi de que, sem investimentos em ciências agrárias, o País não conseguiria reduzir o fosso crescente entre a demanda e a oferta de alimentos e fibras.

                Não menos importante que o desenvolvimento de tecnologia, fazia-se mister que esta fosse intrinsecamente sustentável, revertendo os impactos ambientais negativos de uma agricultura atrasada, itinerante e pouco rentável, que era o paradigma da época. Após quase 4 décadas, da Embrapa só não se pode dizer que cumpriu sua missão, porque o desafio continuará existindo nas décadas vindouras. Porém, a meta de inverter a condição de importador de alimentos foi atingida já na década de 1990. De lá para cá, o Brasil se firma como o maior exportador líquido de produtos agrícolas do mundo pois, embora EUA e UE sejam os maiores exportadores, também são os maiores importadores. O Brasil ocupa a liderança mundial na produção de açúcar, café e suco de laranja e é o segundo maior produtor de soja, carne bovina e de frango, bioetanol e biodiesel. Com exceção do biodiesel, nosso país é o maior exportador de todos estes produtos.
                O Plano Brasil 2022, conjunto de metas da Presidência da República, prevê que, em 2025, adicionalmente seremos o primeiro produtor de soja, carnes, bioetanol, biodiesel, e também o maior exportador de biodiesel, além de ocupar a segunda posição na produção e exportação de milho e de produtos florestais. O senso comum indica que nada disto teria sido ou será possível sem intenso e continuado apoio à inovação tecnológica sustentável. E você é parte desta história, pois o dinheiro dos seus impostos financia a maior parte dos investimentos da Embrapa.

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