Prosseguimos relatando os seis desafios do agronegócio, extraídos da excelente palestra do Eng. Agr. Dr. Xico Graziano, na Expolondrina:
4. Segurança jurídica. Xico lembrou que, em 1850, houve a primeira Lei de Terras no Brasil, estabelecendo a propriedade privada no país. Segundo ele, está na hora de nova Lei, que regularize e ordene a propriedade do campo. Grande parte da área agrícola nacional não possui segurança quanto à titularidade dos imóveis; há glebas devolutas, que não conseguem registro em cartório. Além dessa fraqueza fundiária, surgiram conflitos pela posse da terra, protagonizados por indígenas, quilombolas, fora as invasões de terras que, num piscar de olhos, roubam a fazenda herdada dos avós. A reforma agrária já realizada no país atinge 86 milhões de hectares, e a maioria dos beneficiários não detém o título. Apenas uma grande ação corajosa para resolver este problema, apaziguaria o campo.
5. Logística e infraestrutura. Esta é uma enorme âncora no pescoço do agronegócio, impedindo que o mesmo expresse seu potencial. Ferrovias inexistentes, hidrovias no papel, estradas esburacadas, fretes caríssimos, portos entupidos, arcaicos, caros e ineficientes, burocracia exagerada, telecomunicações lerdas, tudo conspira contra a produção rural, especialmente nas distantes fronteiras do Centro-Oeste. Deficiências banais no armazenamento e no transporte de cargas roubam a competitividade do agronegócio. Que tal reconhecer a incapacidade governamental e apostar na iniciativa privada (PPPs) para solucionar a questão?
6. Imagem na sociedade. Ainda não caiu a ficha do povo urbano, que pensa que alimento aparece por mágica no supermercado. Entre tantos desafios, este rebaixa a autoestima do agricultor. Influenciada pela imagem trazida do passado escravocrata e latifundiário, a sociedade brasileira pouco valoriza seus agricultores. Na Europa, ao contrário, eles representam o esteio antepassado; nos EUA, orgulhosamente, são tratados como pioneiros. Aqui, viraram ruralistas, sinônimo de palavrão.
Um mote para refletir: o que aconteceria com você se agricultores entrassem em greve, e os alimentos desaparecessem?
O autor é Engenheiro Agrônomo, pesquisador da Embrapa Soja.
4. Segurança jurídica. Xico lembrou que, em 1850, houve a primeira Lei de Terras no Brasil, estabelecendo a propriedade privada no país. Segundo ele, está na hora de nova Lei, que regularize e ordene a propriedade do campo. Grande parte da área agrícola nacional não possui segurança quanto à titularidade dos imóveis; há glebas devolutas, que não conseguem registro em cartório. Além dessa fraqueza fundiária, surgiram conflitos pela posse da terra, protagonizados por indígenas, quilombolas, fora as invasões de terras que, num piscar de olhos, roubam a fazenda herdada dos avós. A reforma agrária já realizada no país atinge 86 milhões de hectares, e a maioria dos beneficiários não detém o título. Apenas uma grande ação corajosa para resolver este problema, apaziguaria o campo.
5. Logística e infraestrutura. Esta é uma enorme âncora no pescoço do agronegócio, impedindo que o mesmo expresse seu potencial. Ferrovias inexistentes, hidrovias no papel, estradas esburacadas, fretes caríssimos, portos entupidos, arcaicos, caros e ineficientes, burocracia exagerada, telecomunicações lerdas, tudo conspira contra a produção rural, especialmente nas distantes fronteiras do Centro-Oeste. Deficiências banais no armazenamento e no transporte de cargas roubam a competitividade do agronegócio. Que tal reconhecer a incapacidade governamental e apostar na iniciativa privada (PPPs) para solucionar a questão?
6. Imagem na sociedade. Ainda não caiu a ficha do povo urbano, que pensa que alimento aparece por mágica no supermercado. Entre tantos desafios, este rebaixa a autoestima do agricultor. Influenciada pela imagem trazida do passado escravocrata e latifundiário, a sociedade brasileira pouco valoriza seus agricultores. Na Europa, ao contrário, eles representam o esteio antepassado; nos EUA, orgulhosamente, são tratados como pioneiros. Aqui, viraram ruralistas, sinônimo de palavrão.
Um mote para refletir: o que aconteceria com você se agricultores entrassem em greve, e os alimentos desaparecessem?
O autor é Engenheiro Agrônomo, pesquisador da Embrapa Soja.
