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COMBUSTÍVEIS: Preços no Brasil estão entre os menores do Mundo


Climaco Cezar de Souza
COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETROLEO - Nosso preço era um dos mais baixos do Mundo em junho/2014.
Comparado com as principais economias do mundo, o Brasil tem um dos menores preços na bomba de gasolina e o custo do diesel chega a ser o mais baixo de todos os países, segundo a Consultoria londrina UHY - especializada e presente em 87 países.
A Consultoria usou como comparação dos preços nos países o tanque da uma van “Transit” da Ford em junho/2014. Encher o tanque da Transit com gasolina no Brasil custava US$ 102,73, quase a metade do preço na Dinamarca. Se o combustível for o diesel, o custo para encher o tanque da Transit no Brasil era de US$ 89,60, representando menos de metade do custo no Reino Unido, País onde o preço do diesel é o mais elevado na Europa. 
Na Europa, os preços da gasolina e do diesel são bem mais elevados do que no Brasil, o que anula o efeito dos preços de carros bem mais baratos (na U.E. há poucos e baixos impostos incidentes, o que promove uma competição desleal e crescente de veículos importados da Ásia contra as fábricas locais, a maioria desempregando fortemente desde 1998, um verdadeiro suicídio socioeconômico setorial contra os trabalhadores europeus). 
Para analistas da UHY, o grande volume de petróleo produzido no Brasil já ajuda a manter os preços do combustível baixos e tende a ampliar progressivamente (a meu ver, desde que nos protejamos muito bem da chamada “doença holandesa”, aliás, como tem sido muito bem feito até o momento). 
Os especialistas da UHY também concluíram que o imposto dos combustíveis no Brasil é mais baixo do que em outros países. Reino Unido, França e Alemanha cobram impostos de pelo menos 60,0% na gasolina, enquanto no Brasil é 35,6%. Mesmo assim, os impostos no Brasil são altíssimos, o que leva a concluir que os preços internos mais baratos são resultado também de uma margem menor dos produtores e revendedores, ante as praticadas pelos cartéis europeus (pelas 7 grandes ?? e que lutam bravamente para comprar, interferir ou mesmo derrubar a PETROBRAS/IPIRANGA). 
Segundo o Estudo, a maioria das economias emergentes tem níveis consideravelmente mais baixos de tributação sobre o combustível do que as economias desenvolvidas. "As economias emergentes são muito mais focadas no crescimento e em prestar assistência às empresas, através de redução de impostos e subsídios onde se faz necessário”, explicou a UHY.  
Em muitos países, os altos impostos são usados para estimular o uso de combustíveis alternativos, que podem ser uma opção comercial ao petróleo e também para reduzir as emissões de poluentes. No caso do Brasil, sabidamente, os preços maiores pagos pela gasolina são para subsidiar e baixar os preços do óleo diesel com elevado uso na agricultura e nos transportes urbanos e ferroviários mais rodoviários, estes com bem maior alcance social. 
Porém, também para o GNV - Gás Natural Veicular, uma alternativa mais ecológica à gasolina e ao diesel, o imposto no Brasil é menor do que em outros países: 27,2%. 
Diesel – Comparativos de preços internacionais, de custos de produção/comercialização e de impostos incidentes até o varejo.
 
Gasolina - Comparativos de preços internacionais, de custos de produção/comercialização e de impostos incidentes até o varejo.

Gás Natural Veicular - Comparativos de preços internacionais, de custos de produção/comercialização e de impostos incidentes até o varejo.
CONFIRAS O ESTUDO COMPLETO EM: 
GASOLINA -  Segundo a poderosa Bloomberg, nosso preço em fevereiro/2013 era muito baixo ante o de muitos outros países (ao contrario da maioria dos países, o maior preço da gasolina é muito usado para subsidiar o preço do diesel para pleno uso na agricultura mais no justo transporte de operários e de estudantes).   
Comprovando os dados acima, a gigante e insuspeita Agência de Notícias Bloomberg publicou em 2013 os preços comparados da gasolina em 60 países, compilada usando dados da própria agência mais da Associates for International Research Inc. (AIRINC), do Europe Energy Portal, do Fundo Monetário Internacional e da Administração de Informação de Energia dos EUA. Além disso, a Agência buscou dados dos países no CIA World Factbook e na Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD, a sigla em inglês). Com esses dados, a Bloomberg montou uma classificação decrescente da gasolina mais cara para a mais barata (veja tabela adiante).  
Se você pensa e propaga que a gasolina brasileira é das mais caras do mundo, enganou-se. Em fevereiro/2013, a mais cara era a da Turquia por US$ 2,61/litro (igual a R$ 5,12 com o dólar médio do mês a R$ 1,96). O Brasil vinha em 39° lugar como País de gasolina mais cara, com US$ 1,43/litro (igual a R$ 2,80/litro). Nos EUA (51° lugar) era de US$ 0,87/litro e nos demais do BRICS tínhamos a China (45° lugar) com US$ 1,25/litro; a Rússia (50° lugar) com US$ 0,92/litro; a Índia (42° lugar) com US$ 1,32/litro e a África do Sul (41° lugar) com US$ 1,34/litro. 
TODOS OS PAISES DA EUROPA TINHAM PREÇOS DA GASOLINA EM US$/LITRO BEM SUPERIOR AO DO BRASIL, TAMBÉM ANULANDO A COMPETIVIDADE DE TEREM VEICULOS BEM MAIS BARATOS, COMO DEMONSTRADO ACIMA. 
NA AMÉRICA LATINA, APENAS A VENEZUELA, COLOMBIA E ARGENTINA TINHAM PREÇOS UM POUCO MENORES DO QUE NO BRASIL (MUITO MENORES, NO CASO DA VENEZUELA). 
Já a gasolina mais barata entre os principais países pesquisados, adivinha? Era o da SOCIALISTA Venezuela por apenas  US$ 0,02/litro (igual a R$ 0,03/litro! Três centavos de real!). Lá, encher um tanque de 60 litros saia por apenas R$ 1,80. Lá e nos países do Oriente Médio não existia “coloque tantos litros”, mas sempre “enchas o tanque”. 
Os dados levantados pela Bloomberg também serviram para a Agência calcular qual porcentagem do salário diário de uma pessoa que ela precisava gastar para comprar um litro de gasolina. Os números são incríveis e estão na tabela abaixo. Foram considerados países com um mínimo de US$ 3,50 de ganho diário por pessoa. Os preços, em dólar por galão, se referem à gasolina comum e sem chumbo. Como o número de octanas varia bastante entre países, foi usado o preço da gasolina de menor preço. 
Como resultado comparado, o menor poder de compra de gasolina em fev./2013 estava no Paquistão e na vizinha Índia, sendo que em ambos uma pessoa gastava 29% do seu salário de 01 dia para comprar apenas 01 litro de gasolina comum. No Brasil, o poder de compra era bom e em torno da média com custo de apenas 4,2% do salário médio diário. Nos EUA, obviamente, com apenas 0,6% de gasto, só era maior do que na Venezuela e em alguns países árabes. Nos demais do BRICS, tínhamos 6,9% na China (também mostrando que o salário médio está ampliando rapidamente – e assim, seus custos totais -, vez que o preço médio era alto e de US$ 1,25/litro); 2,2% na Rússia; 29,1% na Índia e 6,3% na África do Sul. 
Por outro lado, na Venezuela, para comprar 1 litro de gasolina em fev./2013, uma pessoa gastava apenas 0,1 % do seu ganho diário salarial. 
COMPARATIVO DE PREÇOS PAGOS PELA GASOLINA EM DIVERSOS PAISES E DO PODER DE COMPRA DO SALARIO DIÁRIO EM US$ EXPRESSO EM % PARA COMPRAR 01 LITRO
Clique na imagem para visualizar os dados. 



 

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