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Sucessão como estratégia para a perpetuação de empresas



Gabriel Colle

Sucessão como estratégia para a perpetuação de empresas familiares rurais

Na tentativa de explicar o que motiva os pais a implantarem um processo sucessório, ou seja, repassar os bens para a próxima geração, três teorias são fundamentais. A primeira é chamada de teoria altruísta, onde os pais transferem grande parte da participação societária da empresa familiar rural  aos herdeiros que possuem menos patrimônio, para que haja um equilíbrio entre todos os sucessores (BECKER, 1974).

A segunda teoria, é descrita por Cox (1987) como teoria do intercâmbio, e relata que os pais devem favorecer o filho mais útil. Esse se caracteriza por ser o que mais prestou serviços dentro da propriedade, independentemente do tipo de serviço que foi realizado ao longo do tempo (COX, 1987).

A terceira teoria, também proposta por Cox (2006), é a chamada teoria evolutiva, onde o patrimônio será destinado para o filho que tiver as melhores condições de perpetuar o ácido desoxirribonucleico (DNA) da família, em outras palavras, o seu sobrenome. Na direção  dessa teoria, o serviço prestado na lavoura é infinitamente mais relevante que os serviços domésticos. Dessa forma, as mulheres acabam sendo menos favorecidas, pois em sua grande maioria passam uma vida inteira se dedicando aos afazeres domésticos dentro da empresa familiar rural (COX, 2006).

A sucessão entre pais e filhos tem importantes motivadores, sendo um dos mais destacados o altruísmo dos pais, que acreditando ter o poder de organizar a vida de todos os seus filhos, repassam de forma igual os bens e atividades entre todos (LANGE et al., 2013). A sucessão ganha ainda mais força como estratégia de perpetuação da empresa familiar rural, quando se leva em consideração o fato do rápido envelhecimento da população do meio rural (KAPLAN et al., 2009).

Para que seja possível garantir a perpetuação da empresa familiar, obrigatoriamente se faz necessário que ocorra a sucessão, ou seja, a transferência dos bens e também do comando das atividades para a próxima geração (GASSON; ERRINGTON, 1993).

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