A pesquisa agropecuária em Rondônia teve início, oficialmente, através da instalação, em 1971, da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), a quem compete a pesquisa, extensão e ensino nos agroecossistemas onde predominam a cultura do cacau. A partir de novembro de 1975, foi criada a Unidade de Execução de Pesquisa de Âmbito Territorial de Porto Velho (UEPAT de Porto Velho), com sede na capital do Território, com o objetivo de gerar e/ou adaptar tecnologias adequadas às condições ecológicas regionais. As UEPAT's dentro do sistema Embrapa, foram criadas e definidas como instituições transitórias, a fim de permitir aos Estados a possibilidade de desenvolverem sistemas próprios de pesquisa. Entretanto, apesar da importância que a pesquisa agropecuária representa para o desenvolvimento agropecuário e florestal, alguns estados não tiveram condições de implantar suas próprias empresas e, aqueles que lograram, atualmente demonstram sérias dificuldades em mantê-las.
Com a criação do estado de Rondônia, a Unidade passou a assumir uma nova identidade, Unidade de Execução de Pesquisa de Âmbito Estadual (UEPAE de Porto Velho), que em 1990, foi transformada em Centro de Pesquisa Agroflorestal de Rondônia (CPAF Rondônia), visando proporcionar o fortalecimento das ações de pesquisa, voltadas para a geração de conhecimentos básicos e tecnológicas, que propiciem o desenvolvimento sustentado de Rondônia, através de uma política harmoniosa de utilização e conservação dos recursos naturais. Além disto, pode desempenhar um papel estratégico muito importante, no que se refere ao relacionamento do Brasil com os países fronteiriços, localizados na bacia Amazônica.
Segundo seu novo Plano Diretor, a Embrapa Rondônia tem por missão viabilizar soluções tecnológicas para o desenvolvimento sustentável do agronegócio da Amazônia, com foco em Rondônia, por meio da geração, adaptação e transferência de conhecimentos e tecnologias, em benefício da sociedade. Deste modo, são objetivos do Centro:
Objetivo Global 1 - Viabilizar soluções tecnológicas para promoção da competitividade das cadeias produtivas dos produtos de Rondônia, com ênfase em café e grãos para a Amazônia.
- Dominar plenamente o estado da arte do café e definir as contribuições da tecnologia regional;
- Definir o perfil e o espaço do café marca Amazônia;
- Implementar o zoneamento dos pólos potenciais da Amazônia para o desenvolvimento ancorado na cafeicultura;
- Dominar plenamente o estado da arte do cultivo de grãos e definir as contribuições da tecnologia regional;
- Viabilizar soluções tecnológicas para as regiões com vantagens relativas para a produção tecnificada de grãos na Amazônia;
- Dominar plenamente o estado da arte da pecuária de corte e leite no estado e identificar demandas e oportunidades de parceria para projetos de P&D; e
- Definir contribuições da tecnologia regional para otimização das vantagens relativas da pecuária rondoniense.
Objetivo Global 2 - Viabilizar soluções tecnológicas para a promoção da sustentabilidade econômica e ambiental dos sistemas produtivos agrossilvopastoris
- Ampliar as alternativas de sistemas agroflorestais de maior sustentabilidade agronômica, econômica e ambiental;
- Dominar plenamente o estado da arte de arranjos e manejo de culturas em sistemas agroflorestais;
- Dominar plenamente o estado da arte do manejo de florestas tropicais e definição de contribuições da tecnologia regional;
- Viabilizar soluções para definição do negócio da madeira em Rondônia visando os aspectos de racionalização e perenização da atividade;
- Viabilizar a utilização racional da floresta de reserva legal das propriedades valorizando seu potencial como recurso ambiental; e
- Definir alternativas e tecnologias para o reflorestamento.
Objetivo Global 3 - Viabilizar soluções tecnológicas que contribuam para a diminuição dos desequilíbrios sociais, com ênfase na promoção sócio-econômica das comunidades dos assentamentos da reforma agrária.
- Identificar e validar roteiros de sucesso para o desenvolvimento sócio econômico nas comunidades de agricultura familiar;
- Adequar tecnologias de sistemas de produção visando maior valor agregado aos produtos e sua inserção no mercado; e
- Viabilizar o aproveitamento das vantagens relativas do ambiente florestal nas comunidades de agricultura familiar;
Objetivo Global 4 - Viabilizar soluções tecnológicas para promoção da melhoria na nutrição da população.
- Apoiar a estratégia de melhoria da sanidade dos rebanhos.
- Soluções para o comprometimento da rede agro-industrial com o desenvolvimento da atividade leiteira, calcado na melhoria do retorno da adoção de tecnologias;
- Definir ajustes tecnológicos à produção de leite em pequena escala nos rebanhos de aptidão mista, visando a competitividade do pequeno produtor de leite;
- Estabelecer roteiros de sucesso para a produção de grãos na estrutura de agricultura familiar, como instrumento de segurança alimentar e renda;
Newton de Lucena Costa - Chefe Geral da Embrapa Amapá