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Instituto Gênesis: Santo de casa que faz milagres


Amélio Dall’Agnol
Quando, em 2004, a Embrapa Soja elegeu a cidade de Londrina para sediar, em junho de 2006, a 4ª edição do Congresso Brasileiro de Soja (IV CBS), almejava organizar um evento que abordasse temas aderentes ao momento atual dos agro negócios nacional e mundial, particularmente os relacionados com o complexo agroindustrial da soja.

Dentre as mudanças importantes a considerar no competitivo e globalizado mercado de produtos agrícolas, está a exigência pela qualidade do alimento e do processo no qual é produzido. Os mercados mais exigentes estão dispostos a pagar mais por um alimento, mas querem saber onde ele foi produzido, que tratamentos recebeu ao longo do processo produtivo e se respeitou o meio ambiente e os direitos dos cidadãos envolvidos na sua produção. Em outras palavras, exigem rastreabilidade dos produtos que compram.
Pois bem, atendendo essa demanda de mercado, o tema rastreabilidade e certificação de alimentos foi selecionado para integrar o programa do IV CBS e, de imediato, passou-se a buscar instituições capazes de indicar um palestrante para abordar esse novo conceito de qualidade que, supúnhamos, seriam européias ou norte americanas. Mas, dentre os potenciais candidatos surgiu o nome do IGCert (Instituto Gênesis de Certificação), que não é, nem europeu e nem americano; é brasileiro mesmo. Melhor ainda, é de Londrina. Constitui-se numa entidade que nada deve em organização, tamanho e qualidade às melhores instituições mundiais do gênero. No Brasil, ela é a maior. Conta com staff de 50 servidores fixos e mais de 800 técnicos e auditores atuando em 14 estados. Começou com a certificação de carnes, mas hoje atua, também, na certificação de grãos, frutas, flores, café, entre outros produtos agrícolas.

O IGCert adquiriu tamanha credibilidade que, hoje, certifica produtos para a EurepGap (representa os principais varejistas europeus no setor de alimentos), SISBOV (sistema brasileiro de identificação e certificação de origem bovina e bubalina), Orgainvent (sistema europeu de rastreabilidade e implementação de rotulagem em toda a cadeia de produção de carne bovina e outros produtos alimentícios), Selo Non-OGM (certifica ausência de Organismos Geneticamente Modificados), Creditos de Carbono (primeira certificadora do mundo a formalizar projetos de certificação de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo-MDL, no marco do Protocolo de Kioto).
 O IGCert estará no IV CBS com uma palestra do seu Diretor Executivo, Marcelo Holmo, sobre rastreabilidade e certificação de alimentos.
A propósito, é necessário que a sociedade valorize mais o que é seu, para evitar que ícones locais como o IGCert sejam reconhecidos mundo afora, mas ignorados no Brasil.
Dizer que santo de casa não faz milagres, é falso. Parabéns ao IGCert e ao seu idealizador, Henrique Victorelli Neto, atual Presidente.

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