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Energia renovável


Decio Luiz Gazzoni
O International Council for Science, que congrega as Academias de Ciências do mundo, realiza sua reunião anual em abril, na Cidade do México. Terei a honra de presidir esta reunião, a qual tem como objetivo integrar os esforços científicos globais para o desenvolvimento tecnológico de fontes renováveis de energia. A reunião congregará cientistas de todos os continentes, especialistas em energia de biomassa (bioeletricidade e biocombustíveis), solar (aquecimento e fotovoltaica), eólica, geotérmica e de marés. Como presidente, compete-me abrir o evento, apresentando um panorama atual da energia no mundo e prospectar os seus cenários tecnológicos e de demanda, até 2050.

    O evento será dividido em quatro sessões plenárias e quatro sessões de grupos, buscando sintetizar o estado da arte tecnológico e identificando os paradigmas que deverão impor-se no futuro próximo. Igualmente, o evento busca identificar as vantagens comparativas de cada continente e de seus países, para promover a cooperação e a assistência técnica internacional, tornando mais equitativo e sustentável o desenvolvimento de regiões com maior carência de uso de energia renovável – caso do Sudeste Asiático, África e alguns países da América Latina e Caribe. No último dia do evento, presido a reunião de representantes do evento, cuja missão será elaborar um plano de trabalho que operacionalize as propostas aprovadas na plenária científica.
    A apresentação que farei mostrará que, há pouco mais de um século, a matriz energética era muito mais sustentável que a atual, que está lastreada em fontes fósseis (85%). Entretanto, essas fontes de energia suja, que nos trouxeram até o presente, não nos levarão a um futuro que contemple desenvolvimento sustentável e qualidade de vida. Entendo que o uso mais intenso de energia renovável somente ocorrerá com a confluência de um tripé com foco no desenvolvimento sustentável: consciência cívica, políticas públicas de suporte à mudança, e novas tecnologias, técnica e economicamente factíveis. Mudar radicalmente a matriz energética global, no médio prazo, é um desafio global, ao qual se associam os cientistas, razão pela qual este é o tema da nossa reunião anual em 2013.


www.gazzoni.eng.br

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