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ECOS DA EXPOINTER/2004


Mario Hamilton Villela

Mario Hamilton Villela* 

 

Antes da realização da EXPOINTER dizia, numa análise sobre as perspectivas para essa festa maior da agropecuária  da América Latina, entre outras considerações, que “aguardava-se que esse conclave magno da agropecuária e, muito especialmente, do “agribusiness”, o maior espetáculo de trabalho da classe rural e agroindustrial, fosse um “habitat” de quem trabalha no campo, hoje, com novas idéias, com muito mais profissionalismo  e visão empresarial.”.

Agora, passada a sua realização tecemos algumas reflexões  sobre o que foi a EXPOINTER/2004. Sem dúvida, a maior e melhor de todas  as épocas. Desenvolveu-se num clima de muito otimismo, solidariedade, com a mais alta confraternização e dentro de um ambiente de paz  Os negócios foram  bons. A beleza do Parque era invejável, a organização fantástica, a infra-estrutura de todas as dependências impecável. Foi, indiscutivelmente, a grande vitrine do agronegócio  gaúcho. Essa vigésima sétima edição da EXPOINTER colocou em destaque nacional a pujança do campo e do segmento agroindustrial gaúcho. No tocante a visitações, ultrapassou a anterior; segundo registros oficiais, esteve, este ano, no Parque Assis Brasil, 720 mil pessoas. Realmente um número  altamente significativo.

Quanto à comercialização de animais, só em pista, sem contar os eventuais negócios fora do local de remate, foram vendidos 1.512 animais. Os ovinos foram os que alavancaram  essas vendas, reapresentando, no total,  quase 31% da comercialização, tendo como carro chefe  à raça de corte Texel.

            Os negócios com máquinas agrícolas  e equipamentos  alcançou R$ 218 milhões. Neste ponto, convém destacar que o Ro Grande do Sul  é  o responsável por 60% da produção nacional de máquinas agrícolas.

            Os financiamentos  proporcionaram e facilitaram a comercialização em geral, mais especificamente, o setor de máquinas e implementos agrícolas. Destacaram-se os empréstimos fornecidos aos médios e pequenos  produtores rurais,  ultrapassando toda e qualquer expectativa. O Banco do Brasil, por exemplo, esperava operar com valores iguais aos do ano passado, levando em conta aspectos como frustrações de safra em função da estiagem, ultrapassou em mais de 5% o valor financiado  no evento do ano passado (dados estes extras oficiais). Registre-se que o maior número desses financiamentos  foi utilizado para a aquisição de máquinas de pequeno porte, plantadeiras e pulverizadores. O BANRISUL também financiou valores ao redor de 6,5% superiores aos registrados no ano passado. O SICREDI também esteve presente oferecendo recursos financeiros. Os programas mais utilizados foram o MODERFROTA  e PRODEAGRO.

            Em suma, a EXPOINTER, este ano, indiscutivelmente, foi a mais promissora de todas, a de melhor astral, a mais organizada e de melhor ambiência. Proporcionou, com  segurança e tranqüilidade, a melhor desenvoltura  para  todos que a visitaram e  às transações comerciais.

            O nosso dedicado Governador do Estado, Germano Rigotto, que a vivenciou intensamente, permanecendo todos os dias, quase que em tempo integral, foi juntamente com sua equipe de trabalho, o grande artífice desse novo tempo. E,  no recinto do Parque ao encerrar os trabalhos da EXPOINTER/2004, entre outras afirmativas positivas, destacou o Governador: “já estamos nos preparando para 2005, que será ainda melhor, com novas trasformações  no parque, deixando-o ainda mais isntrumentalizado para o agronegócio, tornando a EXPOINTER uma referência para todo o Brasil e América Latina”       

Concluo, portanto, registrando o que enfatizei no texto de mês passado: essa             EXPOINTER seria - e foi - a festa da retomada do agronegócio gaúcho, livre completamente dos ranços de um passado recente. Criou-se ali o clima que homem do campo precisa para o bom desencadeamento de seu processo produtivo, garantindo, assim,  o sustentáculo econômico  e social do desenvolvimento nacional.

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* Engº Agrônomo e Prof. Me. da PUCRS.

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