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Corrente juvenil contra a corrupção e a venda de votos


Climaco Cezar de Souza
“Vender ou Trocar Voto é a Maior Fonte da Corrupção”
 
Invariavelmente, encontramos muitos adultos nas ruas, nos trabalhos e nos lares - homens e mulheres, ricos e pobres - reclamando muito contra políticos, contra corrupções, contra poluidores, contra agricultores, contra Governos, contra o País, contra tudo etc. Destarte as rabugices e as descrenças, até normais, também é esta mesma maioria que mais atua como corruptora, que mais polui, que pisa na grama intencionalmente, que estaciona em fila dupla, que briga contra “si” e contra amigos e contra todos nos restaurantes, clubes etc.. que não recolhe lixo, que entope as lixeiras e esgotos com cabelos, gorduras etc.. e que só sabe dar maus exemplos para os jovens e crianças (inclusive este, algumas vezes). Verdadeiros fariseus e telhados de vidros que nunca mudarão, que sempre defenderão algo errado e que sempre verão o cisco desde que apenas nos olhos dos outros. Fazemos parte de uma geração 50, 60, 70 e 80, feliz, mas comodista e ultrapassada, que já não acredita em mais nada e nem quer ceder espaços para os mais novos, até para pensarem e dizerem o que pensam.
 
Entre esses problemas e maus exemplos, talvez o pior seja de muitas das falsas ovelhas (não de todas) que atuam sempre como corruptores intensos, ao mesmo tempo que xingam e condenam os corruptos (sem duvidas, o maior câncer atual do Brasil e que desvia boa parte dos nossos poucos recursos públicos e de todas as esferas que deveriam ir para a saúde, educação, segurança etc.. para bolsos escusos e conhecidos, sobretudo via superfaturamentos e não-realizações de obras). Afinal, quem é o pior, o corrupto, que vem, mente, ilude os incautos, passa ou é preso (cada vez mais raro) ou o corruptor que sempre fica impune, que sempre quer criar novos corruptos e que dá maus exemplos? Qual de nós, adultos, que nunca participou de um jantar pago por um político, que nunca recebeu um presente de político, que nunca foi a um show ou a um evento gratuito pago por políticos ou seus investidores ou más empresas etc., que nunca procurou obter vantagens na chamada “Lei de Gerson” e que pode dizer aos seus filhos e netos que nunca vendeu seu voto ou pediu alguem para votar num corrupto?
 
No meio rural, e nas pequenas e médias cidades, a troca de votos por telhas, tijolos, cimento, festas, almoços, churrascos etc.. Ainda predomina em quase todos os finais de semana, em especial a cada 2 anos, quando sempre vêem os “santinhos” das cidades e capitais pedindo filiações a partidos desconhecidos (sem conteúdo e sem propostas reais e fundamentais) e de votos para quem não conhecemos e/ou não confiamos (e que depois sempre somem e nunca mais nos conhecem ou conhecem alguém). Sem duvidas, as participações e atuações políticas - honestas - seriam ou são fundamentais para os jovens e adultos, mas nunca das maneiras e formas que elas vêm sendo praticadas no Brasil. o interior é o alvo preferencial dos corruptos e de seus patrocinadores, pois as carências das pessoas e das famílias são bem maiores e fica muito mais fácil convencê-las a trocarem/venderem seus votos (e até dos que atuam com agentes de compras). Nos EUA e países da Europa, legalmente, permitem-se realizar jantares e eventos - com vendas de caríssimos ingressos para os que queiram participar - para arrecadar recursos para as campanhas eleitorais e seus candidatos, mas no Brasil...
 
Com nosso nível atual de corrupção excessiva, infelizmente em ampliação, dificilmente o Brasil, e seu povo, chegarão ao desenvolvimento socioeconômico e ambiental, plenos, que podemos e merecemos ter, em conjunto. Boa parte dos esforços coletivos brasileiros atuais (capital + trabalho), com tal nível de corrupção, vão apenas para algumas pessoas expertas e para suas empresas patrocinadoras, expertas e sem ética. Afinal, nossos concorrentes mundiais são bem mais disciplinados, mais sérios e menos corruptos (embora também com casos isolados). De nada adiantará termos bons solos, bons climas, alguns governantes sérios, bons trabalhadores, alegrias, diversidades e respeitos às individualidades e religiões etc.., se a corrupção crescente nos rouba todos estes direitos, qualidades, bem-aventuranças e resultados socioeconômicos conjuntos e transfere-os para apenas alguns e algumas empresas.
 
Nosso Brasil vai bem é verdade, mas nosso povo nem tanto, em especial no interior e na área rural, onde ainda há muita pobreza e miséria. Com tal nível crescente de corrupção, em todas as esferas (dinheiro de sangue), como cada brasileiro poderá evoluir sócio-financeiramente de um PIB “per capita” de apenas US$ 12.422 em 2010 para os US$ 67.245 da Suíça; US$ 47.283 dos EUA; US$ 47.172 da Holanda e US$ 41.018 da França. Assim, até quando continuaremos como muito pobres num país muito rico (já somos a 7ª economia do Mundo e devemos ser a 3ª ou a 4ª em 2050, segundo diversos autores). A nossa corrupção elevadíssima ao tempo que muito empobrece os mais pobres e, pior, não lhes dá condições de acessos corretos e dignos à educação, à saúde, à alimentação adequada, à segurança e aos esportes e, novamente pior, não permite o seu desenvolvimento, vez que boa parte do dinheiro para obras de infra-estrutura e outras fundamentais são desviados para alguns expertos, sem moral e sem deus. Bem que alguns Governos, sobretudo o Federal, liberam tais recursos, mas poucos chegam ao seu devido destino final de foram correta e suficiente, resultando em milhares de obras fundamentais inacabadas ou já destruídas/inoperantes.
 
Nossa grande, e única, esperança são 98% dos jovens e crianças atuais que são muito bem informados, social e politicamente (inclusive no interior e no meio rural), e que destestam corrupção e que odeiam políticos expertos e corruptos. ainda, estes jovens se comportam como grandes elefantes, sem más comparações, mas que não sabem do seu poder real, exatamente porque não há e nem confiam em seus lideres atuais e nem nas instituições que eles dizem representar. O último Movimento nacional em que os jovens mudaram o País foi há quase 20 anos, os “Cara-Pintadas” de 1992, pedindo o “impeachment” de Collor, um fenômeno eleitoral e de falsas promessas moralizadoras e exemplo de corrupções provadas, criado pelos adultos e pela mídia da Época (expertos). Nestes 20 anos, ou os jovens se cansaram ou os seus lideres foram cooptados.
 
Quando os jovens atuais se cansarem de só obervar nossos erros sequentes e piores, acordarem e passarem a se expressar mais e a exigirem muito mais - em especial nas bases eleitoras e no interior – certamente nosso brasil mudará muito para melhor, realmente para todos, muito mais justo e a partir do interior e do meio rural. Assim, nosso jovem atual realmente será o futuro de um novo pais, baseado em valores morais que nós adultos atuais, em sua maioria, já esquecemos e nem sabemos mais ensinar.
 
Viva o jovem brasileiro atual - calado e ainda inoperante -, mas incorrupto, incorruptor e incorruptivel.
 
Jovem: muito cuidado neste momento com as tais filiações partidárias, com as festas gratuitas e as promoções e que já começam a acontecer, visando apenas a grande eleição de 2012, a base de todas as eleições do país. É iniciando com civismo, honestidade e mudanças reais, agora, que mataremos este câncer, anormal e doentio de nossa sociedade. Precisamos de um bom começo de mudanças já em 2011.
 
É chegada a hora de criarmos em todo o País uma “corrente juvenil contra a corrupção e contra a venda/compra de votos”, com os jovens, em especial do interior, dando o exemplo e saindo as ruas para convencer seus colegas, seus professores, seus vizinhos e seus pais e parentes contra a corrupção e para que não vendam ou troquem seus votos em 2012 e ainda para banir seus falsos lideres e suas falsas entidades. Comecemos pelos grêmios estudantis, que ainda existem na maioria das escolas das pequenas e médias cidades e pelas instituições de jovens, inclusive religiosas, clubes de serviços, clubes de futebol, vôlei, basquete, artes marciais, academias, escotismos, comunidades da internet, redes sociais etc.. Quem sabe conseguiremos muitos “lideres do bem”, jovens reais, que queiram liderar, para o bem, em cada Estado. Quem se dispõe para tanto? Aliás, fica aqui igual apelo às mulheres e estudantes jovens, lembrando que as mulheres, quando querem, são as primeiras a liderarem e a mudarem a história.
 
É chegada a hora de construirmos um NOVO BRASIL, apoiado numa nova juventude bem mais ativa, conscientizada, politizada para boas escolhas, estudiosa, participativa e fiscalizadora, defensora de seus direitos e dos direitos dos mais fracos e, sobretudo, justa e contra a corrupção, contra os corruptos e contra os corruptores.
 
A depender do apoio dos jovens do país e do surgimento de novos lideres, compromissados e realmente interessados, será fácil fundar-se uma associação e um site, iniciando com uma divulgação ampla deste artigo via e-mails e nas redes sociais e redes de relacionamentos, se de teu interesse. Se quiseres, retires meu e-mail e insiras o teu. Só podemos contar, neste momento, com a internet e com o trabalho de alguns.

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