Realiza-se amanhã, no IAPAR, a Conferência Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário. Um nome pomposo para captar subsídios destinados a elaborar um Plano Nacional para o setor. Terei a honra de proferir a palestra de abertura, balizando as discussões que se seguirão. É a oportunidade de revisitar o Plano Estratégico que preparei, a pedido do Prefeito Alexandre Kireeff, para o espaço rural de Londrina, realidade não muito diferente da maioria dos municípios.
Dois problemas centrais da agricultura de Londrina: importamos 60% dos produtos agrícolas aqui consumidos; e a população rural, hoje em 5%, diminui a cada ano. Sua solução passa por constatações como a vocação regional para a pequena e média propriedade, a falta de escala para competir no mercado de grãos, produtores descapitalizados e sem capacidade de investimento, a falta de mão-de-obra. Para não desaparecerem do cenário rural brasileiro, esses agricultores dependem umbilicalmente de uma decisão radical da sociedade: agricultores não podem desaparecer! Seja para não engrossarem as periferias das cidades ou para não se transmutarem de produtor em consumidor, afinal alguém tem que produzir no campo para que se alimentem as cidades.
A decisão social precisa ser transformada em políticas públicas de apoio. Não basta exará-las, é necessário operacionaliza-las. Morador do espaço rural também precisa de saúde, educação, lazer, esporte, transporte - tal e qual o da urbe. Precisa de emprego e renda para não migrar. A disponibilidade de estradas rurais perfeitamente trafegáveis 365 dias por ano é um exemplo do dever não cumprido pelas prefeituras municipais, como na de Londrina, nos últimos anos. Mas isto não basta, agricultor precisa de assistência técnica, crédito, cooperativas, processos de agregação de valor, acesso a mercados, certificação, rastreabilidade. Sozinhos, pequenos e médios agricultores não conseguem reunir todas estas condições, em um negócio de alto risco como a agricultura. Sem o apoio da sociedade, por meio de políticas públicas e ações decididas dos governantes, apenas vamos agravar os problemas de segurança alimentar, com os impactos sociais e ambientais negativos decorrentes do descaso com o produtor agrícola.
Dois problemas centrais da agricultura de Londrina: importamos 60% dos produtos agrícolas aqui consumidos; e a população rural, hoje em 5%, diminui a cada ano. Sua solução passa por constatações como a vocação regional para a pequena e média propriedade, a falta de escala para competir no mercado de grãos, produtores descapitalizados e sem capacidade de investimento, a falta de mão-de-obra. Para não desaparecerem do cenário rural brasileiro, esses agricultores dependem umbilicalmente de uma decisão radical da sociedade: agricultores não podem desaparecer! Seja para não engrossarem as periferias das cidades ou para não se transmutarem de produtor em consumidor, afinal alguém tem que produzir no campo para que se alimentem as cidades.
A decisão social precisa ser transformada em políticas públicas de apoio. Não basta exará-las, é necessário operacionaliza-las. Morador do espaço rural também precisa de saúde, educação, lazer, esporte, transporte - tal e qual o da urbe. Precisa de emprego e renda para não migrar. A disponibilidade de estradas rurais perfeitamente trafegáveis 365 dias por ano é um exemplo do dever não cumprido pelas prefeituras municipais, como na de Londrina, nos últimos anos. Mas isto não basta, agricultor precisa de assistência técnica, crédito, cooperativas, processos de agregação de valor, acesso a mercados, certificação, rastreabilidade. Sozinhos, pequenos e médios agricultores não conseguem reunir todas estas condições, em um negócio de alto risco como a agricultura. Sem o apoio da sociedade, por meio de políticas públicas e ações decididas dos governantes, apenas vamos agravar os problemas de segurança alimentar, com os impactos sociais e ambientais negativos decorrentes do descaso com o produtor agrícola.
