CI

BALANÇO SEMANAL — 14 a 18/07/2014



Conselho Nac. do Café - CNC
Repasses do Funcafé chegam a R$ 2,189 bilhões na safra 2014.
REPASSES DO FUNCAFÉ — Na quinta-feira, 17 de julho, o Governo Federal autorizou o repasse de mais R$ 363 milhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para o Banco Fibra e para o Rabobank. Dessa maneira, o montante total liberado chegou a R$ 2,189 bilhões aos agentes que manifestaram interesse e firmaram contratos para operar com os recursos na safra 2014.
Do volume integral transferido, R$ 909 milhões foram para a linha de Estocagem, R$ 609 milhões para Custeio, R$ 459 milhões para Aquisição de Café (FAC), R$ 134 milhões à linha de Capital de Giro para Cooperativas de Produção, R$ 42 milhões para Indústrias de Solúvel e R$ 36 milhões para as de Torrefação. O Funcafé conta com um orçamento total de R$ 3,825 bilhões neste ano. Veja tabela detalhada abaixo.

ATUALIZAÇÃO EM CAFEICULTURA — A Fundação Procafé realizará, nos dias 13 e 14 de agosto, em Varginha (MG), a 12ª edição de seu Curso de Atualização em Cafeicultura. Com o tema “Manejo Tecnológico da Lavoura Cafeeira”, esta é uma excelente oportunidade para que os profissionais da cafeicultura se reciclem e tomem ciência das novidades da cultura, podendo buscar as melhores saídas para sua atividade.
O CNC apoia iniciativas como esta, pois reconhece a importância que o conhecimento e a pesquisa têm na cafeicultura para que sejam aplicados tratos culturais adequados e se alcancem resultados que gerem plantas mais resistentes a adversidades climáticas, pragas e doenças e com produtividades melhores, possibilitando que o Brasil permaneça honrando seus compromissos com consumo e exportação sem ampliar o seu parque cafeeiro. As inscrições podem ser feitas no site da Procafé (www.fundacaoprocafe.com.br).
MERCADO — O mercado do café arábica continuou operando de forma retraída nesta semana, com ausência de novidades em relação aos seus fundamentos. O Brasil, maior produtor mundial, está focado nas operações de colheita, enquanto os maiores consumidores seguem no período de férias de verão, desaquecendo a demanda.
De maneira geral, as condições climáticas permanecem favoráveis aos trabalhos de cata da safra brasileira. A Somar Meteorologia prevê que a aproximação de uma frente fria trará chuvas ao norte do Paraná e ao sudeste de São Paulo, porém com pequena probabilidade de precipitações fracas no nordeste paulista e no sul de Minas Gerais.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento setembro do contrato C foi cotado, ontem, a US$ 1,6385, com discreta valorização de 245 pontos na semana. Os preços futuros do robusta negociados na Liffe também apresentaram pouca alteração em relação ao final da semana passada, com alta de US$ 2 até o fechamento de ontem, que se deu a US$ 1.999 por tonelada.
Relatórios dos bancos Bradesco e Rabobank estimam tendência altista para as cotações do café, estimulada principalmente por fatores climáticos. Além dos impactos do veranico no Brasil sobre as safras atual e futura, o Bradesco também ressalta os efeitos negativos do El Niño sobre as produções de Vietnã, Indonésia e América Central. Porém, alerta que as altas não deverão ser significativas, uma vez que a quebra da safra nacional já foi precificada.
O mercado doméstico brasileiro seguiu retraído, dada a divergência entre os valores ofertados e demandados pelas sacas de café. Os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 375,37/saca e a R$ 240,06/saca, respectivamente, com variação de 3% e 0,9% no acumulado da semana.
Em relação à evolução dos custos de produção nacionais, relatório divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estimou aumento de 0,7% no Custo Operacional Total das lavouras de arábica no segundo trimestre de 2014. O estudo, realizado em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), aponta que lavouras não mecanizadas tiveram resultado financeiro negativo em todas as regiões estudadas. Esse fato reforça a necessidade de incentivos governamentais para promover a inovação tecnológica no campo.
O dólar comercial apresentou tendência de alta até o fechamento de ontem, que se deu a R$ 2,2588. Dados positivos sobre o mercado de trabalho norte-americano, o aumento da percepção de risco no mercado financeiro internacional – resultante das sanções do Ocidente contra a Rússia – e a decisão do Banco Central do Brasil de manter a taxa básica de juros da economia em 11% ao ano influenciaram a valorização cambial de 1,7% registrada na semana.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.