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Alguns “micos” e erros” levando a morte de empresas


Climaco Cezar de Souza
Alguns “micos e erros” tecno/comerciais, levando a mortes de empresas – passado, presente e futuro
 
Vejamos algumas evoluções tecnológicas/industriais/comerciais positivas, ou muito negativas com mortes das empresas, sobretudo das de médio e grande portes, por erros de planejamento estratégico e pelas não mudanças e não revisões/correções tempestivas dos rumos.

Trata-se de uma pequena coletânea de alguns micos e erros que já mataram muitas empresas NO PASSADO por absoluta falta de bons planejamentos estratégicos e de revisões de ações; podem estar matando outras teimosas que não reconvertendo NO PRESENTE e, possivelmente, podem prejudicar ou mesmo matar muitas empresas NO FUTURO.

Obviamente, pode haver erros e omissões, pois não somos “donos das verdades”. Contudo, são estas as principais analises e tendências, à vista das conjunturas e das informações disponíveis atuais. O essencial é despertar nas empresas/órgãos/entidades a importância da criação/dinamização do fundamental Setor de Inteligência Competitiva para as revisões/readequações constantes e tempestivas dos Planejamentos Estratégicos e sem medo de errar. È fundamental também lembrar que muitas mudanças e tendências, não detectadas e não corrigidas a tempo, são ameaças latentes para a sobrevivência de muitas empresas, mas, ao mesmo tempo, ótimas oportunidades para outras.

Este artigo é um complemento ao http://www.agrolink.com.br/colunistas/ColunaDetalhe.aspx?CodColuna=4507. E QUE PRECISARIA SER BEM LIDO ANTES.

Para facilitar o entendimento e analises, separamos por fase de ocorrência real, ou possível, e por principais segmentos. Quando houver ameaças reais ou possíveis substitutos/complementos, progressivos ou com tendências, em cada item, destacamos e analisamos entre parênteses. Lembro que nada estamos afirmando, mas informando, analisando e alertando.

PASSADO DE ERROS E DE MORTES EMPRESARIAIS PARA QUEM NÃO MUDOU A TEMPO - ALGUNS MICOS E ERROS RECENTES

· Alimentos, Bebidas e produtos “in natura”: 1) Sal comestível para humanos, exceto para animais e produção de PVC; 2) algumas especiarias, idem; 3) banha de porco alimentícia; 4) carnes congeladas, sobretudo de aves, com alto teor de água para ganhar peso, tb. pela ilegalidade etc.; 5) leite em embalagem de vidro; 6) tecidos somente em cortes (roupas prontas dominaram o mercado), exceto em algumas demandas especiais;

· Energias e Mineração: 1) Querosene caseira; 2) Gasogênio; 3) Mica; 4) Prata; 5) Chumbo;

· Eletro-eletrônicos, Máquinas e Equipamentos: 1) videocassetes (em especial os betamax); 2) máquinas datilográficas; 3) máquinas fotográficas mecânicas; 4) filmes celulósicos; 4) polaroides; 5) mimeógrafos/xerox caseiros; 6) rádios portáteis não-tablets; 7) BIP; 8) N-Gage; 9) monitores de TV e Notebook não-telas planas; 10) computadores portáteis IBM; 11) computadores portáteis Macintosh; 12) Windows Millenium; 13) Windows Vista; 14) Formula 1 Tyrrel de 6 rodas; 15) Formula 1 Coopersucar etc..; 16) faróis bi-iodo; 17) faróis de milha Cibié e outros.

PRESENTE DE POSSIVEIS ERROS E QUE JÁ EXIGEM CARAS RECONVERSÕES PARA NÃO MORRER - ALGUNS MICOS E ERROS EM ANDAMENTO

· Alimentos, Bebidas e produtos “in natura”: 1) Sementes diversas não-transgênicas; 2) Soja somente para óleo (substituível/complementável para farelo e biodiesel); 3) Milho somente para ração (substituível/complementável para etanol); 4) carnes e alimentos não-rastreáveis (futuramente também para grãos, hortifrutis, açucar/etanol, roupas etc..); 5) produções agricolas ecológica e socialmente incorretas/agressivas; 6) enlatados e embutidos com conservantes químicos perigosos/danosos, sobretudo margarina; 7) carnes de qualquer tipo com ossos (substituível pelo padrão “shawarma” “boneless”), exceto cortes especiais de interesse do cliente (num frango inteiro, os ossos e cartilagens correspondem até a 25% do peso e com mais até 20% de água legal chega-se a 45% de perdas financeiras do consumidor no varejo); 8) linhas tradicionais de abate, processamento, embalagem de carnes e outros alimentos (substituíveis intensivamente pela padronização + robótica + nanometria); 9) refrigerantes artificiais açucarados; 10) sardinhas somente enlatadas; 11) mandioca somente para farinha (exceto para fécula, bioplásticos e etanol); 12) feijão isolado (exceto processável ou em alimentos estruturados); 13) arroz isolado (conversão das cascas e palhas em energia elétrica ou bioetanol); 14) leite comum em embalagem plástica (“barriga mole”) e leite longa vida em caras embalagens cartonadas/pesadas para quem não consegue reciclar (interessante é que muitas empresas e cooperativas reconverteram recente para esta embalagem já superada. A tendência são para embalagens finas/laminadas e para bioplásticos rígidos, finos, lacrados e tb. sem refrigerar); 15) frutas e hortaliças de mesa com casca fina e intensivas em agrotóxicos;

· Energias e Mineração: 1) Energia nuclear; 2) Energias não-renováveis, sobretudo a partir de óleo diesel, óleo combustível e gasolina (substituível/complementável progressivamente pelos renováveis como etanol de cana mais biomassas, inclusive florestas e lixo; biodiesel de algas ou de gorduras animais/vegetais; energia solar, energia eólica, marés etc..); 3) etanol simples (substituível/complementável pelo etanol de bagaço de cana, de biomassa florestal, de gramíneas e de lixo, tudo a partir de algas mais enzimas especiais); 4) biodiesel simples principalmente de leguminosas comestíveis (substituível/complementável pelo bio-óleo de algas comedoras de C02, de esgoto); 5) habitações cobertas por telhas ou lajes ((substituível/complementável por coberturas com células solares + torres eólicas ou cultivos especiais);

· Máquinas, Equipamentos e Eletro-eletrônicos: 1) tração traseira em automóveis, exceto de corrida (substituível pelas 4wd); 2) motores simples (substituível/complementável por motores híbridos/semi-elétricos/solares); 3) motores traseiros em automóveis (substituível por pequenos motores elétricos independentes nas rodas – vide drive-by-wire da Siemens); 4) motores refrigerados a ar, exceto de pequenas motos/veículos; 5) ônibus, trens e metrôs com carrocerias metálicas e plásticas (substituível/complementável por carrocerias com células solares. Na China já há muitos); 8) baterias de chumbo; 9) oleo lubrificante não-sintético; 10) pneus recauchutados/remontados; 11) arados, grades agrícolas e plantadeiras-adubadeiras convencionais (substituível/complementável por máquinas para plantio direto na palha); 12) Projetores e canhões para exibição.

FUTURO POSSIVELMENTE PERIGOSO E A ACOMPANHAR DIUTURNAMENTE PARA RECONVERTER A TEMPO – TENDÊNCIAS E POSSIVEIS MICOS E ERROS

· Alimentos, Bebidas e produtos “in natura”: 1) Alimentos crus ou para cozinhar demoradamente (alimentos pré-cozidos ou prontos para rápida cocção/descongelamento em micro-ondas); 2) Alimentos isolados e frituras (alimentos estruturados/misturados como pizzas e massas prontas; carnes estruturadas/”fusion meat” com 2 ou mais tipos de carnes de qualidade, exceto raspas e CMS, ou + alimentos, unidos e com sabores/textura/aromas programáveis, como chikenitos, nuggets etc..); 3) Sementes ainda não encapsuladas (substituível/complementável por sementes encapsuladas, tb. contendo hidrogel + inoculantes inclusive para milho + fungicidas etc.); 4) mudas diversas convencionais (substituível/complementável por mudas com hidrogel + fungicidas + inoculantes, inclusive para cana, café, florestas plantadas etc..); 5) madeiras de Lei inclusive cultivadas (substituíveis/complementáveis pelo grafeno + bioplásticos + bioresinas); 6) florestas para papel, celulose e mobiliário (no caso do papel, pelo alto nível de reciclagem e comunicação eletrônica e no caso dos moveis pela elevada substituição por grafeno, bioplasticos/bioresinas e laminados finíssimos. Contudo, tais florestas serão substituíveis/complementáveis para produção de bioetanol e/ou termoelétricas da biomassa desde que com baixa emissão); 7) cultivo de mamona para produção de biodiesel e lubrificantes espaciais/aeronáuticos (substituível/complementável para produção de resinas, bioresinas especiais e biopolimeros com mais resistência e bem maior alongamento – como as teias de aranha -, com altíssima demanda aeroespacial e para embalagens especiais);

· Energias e Mineração: 1) Amianto; Alumínio (com alta reciclagem, elevada demanda elétrica e substituível pelo grafeno- vide ao final); 2) aço automotivo (substituível em grande parte pelo grafeno - vide ao final - e bioresinas); 3) petroquímicas, química fina e outras para plásticos e termoplásticos (substituíveis progressivamente pelo grafeno, bioplásticos e bioresinas a partir de cana e outros); hidroelétricas de grande porte (substituíveis pelas PCH em linha; termoelétricas de biomassa e energia solar/eólica); termoelétricas a óleo combustível/diesel;

· Máquinas, Equipamentos e Transportes: 1) Fogão a gás ou elétrico não-microondas (substituível/complementável por micro-ondas ou fornos elétricos para descongelamento e cocção rápidas); 2) Tratores, Plantadeiras/adubadeiras para plantio direto de grãos e mudas normais (substituível/complementável por máquinas para plantios encapsulados); 3) transportes oceânicos/ferroviários/hidro/rodoviários na forma de carga geral ou graneis, exceto alguns minérios (substituível/complementável por cargas conteinerizadas, inclusive grãos, açúcar, carnes, alguns minérios etc..); 4) Venda/compra de soluções de transportes isoladas (substituível/complementável por soluções completas pelo Sistema “TRSRT = truck+rail+ship+rail+truck”) e “TPT = truck+plane+truck”); 5) Logística direta ou mais reversa do tipo bate-volta cronometradas (substituível/complementável por logísticas completas/consórcios, inclusive em caminhões/armazéns especiais com energia solar e foco também funcional/descansos rigorosos); 6) Rodovias mal cuidadas e perigosas e poucas ferrovias ((substituível/complementável por rodovias bem cuidadas/conservadas, mas com bem maiores custos com pedágios; intensiva concorrência com as ferrovias); 7) Ferrovias bloqueadas, lentas com média de 25 km/hora, com elevadíssimo headway, não-competitivas, mal cuidadas e com bitolas única (substituível/complementável por ferrovias com transito livre, rápidas com até 120 km/hora, todas computadorizadas e com baixo headway e com bitolas mista obrigatória = 3 trilhos); 8) Contêineres perdidos nos navios, trens e caminhões ((substituível/complementável por contêineres com GPS/chipados/filmados); 9) transportes coletivos de todos os tipos por veículos apenas a motor mecânico ou elétrico (substituível/complementável por transportes especiais mistos, principalmente urbanos, semi elétricos e com coletores solar mais baterias especiais); 10) Iluminação comum e muito cara de fábrica, pátios, armazéns, costados de navios, estádios, parques, avenidas, fazendas etc.. (substituível/complementável por iluminação computadorizada muito mais barata, com base em LED mais postes captadores/armazenadores autossuficientes de energia solar/eólica e sem cabos/fios); 11) ainda uso intensivo de máquinas, equipamentos, insumos e técnicas, consideradas ultrapassadas, lentas e pouco seguras, em obras de construção civil e de infraestrutura, inclusive em portos/ferrovias/rodovias, retardando e encarecendo os resultados socioeconômicos necessários (substituível/complementável por sistemas robotizados/computacionais/nanométricos como em uso no Japão, China, Coreia e outros, muito mais rápidos e seguros);

· Eletro-eletrônicos: 1) Estocagem de dados em cartões ou GPS (substituível/complementável por chips implantados nos humanos, inclusive com GPS, para leituras, cargas/recargas por máquinas especiais, 2) celulares e tablets convencionais (substituível/complementável por aparelhos com GPS obrigatório); 3) Lâmpadas convencionais inclusive fluorescentes (substituível/complementável por lâmpadas LED, OLED e AMOLED); 4) celulares e tablets convencionais (substituível/complementável por aparelhos com GPS obrigatório); 5) TV e Notebook de plasma e até de LED (substituíveis rapidamente pelas AMOLED); 6) Estocagem de dados simples em HD ou Estações de Trabalho (estocagens e computação em nuvens); 6) Telefones, celulares, smarthphone, tabletes, com áudio e internet (substituível/complementável por telefones, celulares, smarthphone, tabletes futuros, completos, inclusive com reconhecimento de voz e imagens para vídeo-chamadas/conferências);

· Finanças, Gestão, Organizacionais e Funcionais: 1) Compras indiretas de atacadistas/distribuidores/representantes/vendedores (substituível/complementável por compras diretas e eletrônicas por “SCM = Supply Chain Management”); 2) Decisões gerenciais por Comitês gestores (substituível/complementável por decisões com base em pontos do VAR = “Value at Risk”, BSC Balance Score Card, Credit Scoring, Innovation Scoring, Scoring Systems & Procedures, Green Scoring, “Valuation” diversos tipos e objetivos, “benchmarking”, “ABM - Activity Based Management”, ERP - Enterprises Resources Planning; KPO - knowledge process outsourcing, BPO - Business Process Outsourcing, ITO - Information technology outsourcing, marketplace, Service Desk etc.., todos como ferramentas da IC Inteligência Competitiva); 3) Analises apenas com base em balanços, relatórios de auditoria/inspeção (substituível/complementável por analises baseadas em “due diligencie” completas); 4) Admissões de técnicos/gerentes de quem se espera resultados imediatos, portanto caros, com base apenas em curriculuns, indicações e sem comprovação de experiência ou de diplomas (substituível/complementável por admissões com base em títulos e testes prévios, principalmente de idiomas; 5) Admissões de funcionários de base, não técnicos/gerenciais prontos (substituível/complementável por admissões/fidelizações de estagiários após a metade do curso superior, acompanháveis e sem vinculo empregatício ou de trainees já formados, mas com baixa experiência e em fase de experiência legal, desde que com conhecimento mínimo de pelo menos 01 idioma externo, muita garra e vontade de mudar/aperfeiçoar); 6) Progressão e remuneração funcional com base em indicações (substituível/complementável com base apenas em avaliações semestrais, mensurando ganhos grupais e individuais de produtividade, de atingimento de metas, níveis de relacionamentos externos/internos, de comportamento na sociedade, idem de interesse/comprometimento, idem de inovação/criação); 7) cursos internos/externos simples (substituível/complementável por reciclagens funcionais anuais/imersionais/externas/intensivas/focadas em deficiências ou desafios); 8) Atuações produtivas isoladas, por demanda, sem inovação e até negligenciadas quanto a segurança de dados e sigilo quanto a novos produtos/técnicas/formas e locais de venda/embalagens/promoções etc.. (substituível/complementável por vigilância, espionagem e contra espionagem severa das atuações dos concorrentes, mais dos produtos atuais e dos novos produtos próprios e dos concorrentes); 9) Vigilância funcional interna severa por câmeras estratégicas/vídeo acessos e sem invadir privacidades ou como assédio moral.

O GRAFENO

A descoberta recente do grafeno - com fabricação simples à base de grafite moído mais nanotécnicas – muito revolucionará diversas atividades e setores do Mundo, barateando e melhorando ainda mais as condições de vida humana e reduzindo os prejuízos e as pressões ambientais, sobretudo sobre as florestas.

Tal descoberta deu o premio Nobel de física de 2010 a dois cientistas da Universidade de Sidney (Austrália), mas com boa parte das pesquisas realizada também na UFMG no Brasil.

Ele é simplesmente 10 vezes mais forte, 13 vezes mais rígido à flexão, 5 vezes menos denso, 2 vezes mais duro e 6 vezes mais leve do que o aço (à base de minério de ferro mais carvão mineral e/ou florestal). Além disso, é fino como papel; reciclável; totalmente flexível; com alta condutibilidade elétrica e que não esquenta/funde/explode.

O Brasil tem 28% das reservas mundiais de grafite, mas a China produz 68% do total mundial.

Sobre a maravilha e o potencial do Grafeno, vide ainda:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Grafeno

http://www.academus.com.br/forum/topics/aprenda-um-pouco-sobre-o-grafeno

http://lqes.iqm.unicamp.br/canal_cientifico/lqes_news/lqes_news_cit/lqes_news_2012/lqes_news_novidades_1582.html

http://www.ibram.org.br/sites/700/784/00000939.pdf.

Concluindo, são estas as principais analises e tendências, à vista das conjunturas e das informações disponíveis atuais.

Espero ter ajudado. BOAS FESTAS PARA TODOS NOSSOS LEITORES, SUAS FAMILIAS E UM ÓTIMO 2013 PARA TODOS E PARA O POVO BRASILEIRO, EM ESPECIAL OS PEQUENOS AGRICULTORES E AS PEQUENAS EMPRESAS E COOPERATIVAS.

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