O meu amigo Francisco Aragão, pesquisador da Embrapa, está desenvolvendo uma alface diferente: ela é rica em vitamina B9, conhecida como ácido fólico. E por que ele se dedicou ao tema? O ácido fólico é efetivo no tratamento de anemias; auxilia a manter espermatozoides saudáveis; reduz o risco do mal de Alzheimer e de ocorrência de doenças cardíacas e de AVC; e combate a depressão, entre outros benefícios.
Mas, o que motivou o cientista a produzir uma alface transgênica com alto teor de ácido fólico foi a perspectiva de redução do risco de fetos anencéfalos. A ingestão adequada de ácido fólico, antes da concepção e durante a gravidez, pode reduzir o risco de anencefalia em até 50%. A notícia é alvissareira, pois a taxa de fetos anecéfalos tem aumentado no Brasil, atingindo 0,16% dos bebês nascidos vivos, um índice muito alto.
A alface produz, naturalmente, pequenas quantidades de vitamina B9. Com a introdução de genes apropriados, o pesquisador obteve variedades com teores até 15 vezes superiores, mas acredita que pode chegar a tipos de alface com 30 vezes mais ácido fólico que as tradicionais. Uma pessoa adulta necessita ingerir 0,4 miligrama da vitamina, por dia. Pelas contas do Dr. Aragão, três folhas da alface transgênica conteriam já seriam suficientes.
Os testes iniciais, em laboratório, usaram ratos como cobaias. Todos os estudos foram bem sucedidos, pois os ratos alimentados com a alface transgênica não manifestaram qualquer sintoma adverso. Ao contrário, poucos dias após a ingestão o teor da vitamina no seu organismo já se elevava.
A Embrapa obteve as licenças necessárias da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para começar os testes fora do laboratório. De imediato, as variedades enriquecidas serão testadas no campo e em estufas apropriadas, para analisar as suas características agronômicas, nutritivas e de palatabilidade. Cumprida a etapa de testes, a Embrapa necessita obter a aprovação da CTNBio para a produção comercial das novas variedades. Vencidas estas etapas, a alface enriquecida chegará ao mercado. De alguma forma, é um legítimo presente de Natal aos que desejarem consumir um alimento funcional: aquele que alia nutrição com saúde.
O autor é Engenheiro Agrônomo, pesquisador da Embrapa. www.gazzoni.eng.br
Mas, o que motivou o cientista a produzir uma alface transgênica com alto teor de ácido fólico foi a perspectiva de redução do risco de fetos anencéfalos. A ingestão adequada de ácido fólico, antes da concepção e durante a gravidez, pode reduzir o risco de anencefalia em até 50%. A notícia é alvissareira, pois a taxa de fetos anecéfalos tem aumentado no Brasil, atingindo 0,16% dos bebês nascidos vivos, um índice muito alto.
A alface produz, naturalmente, pequenas quantidades de vitamina B9. Com a introdução de genes apropriados, o pesquisador obteve variedades com teores até 15 vezes superiores, mas acredita que pode chegar a tipos de alface com 30 vezes mais ácido fólico que as tradicionais. Uma pessoa adulta necessita ingerir 0,4 miligrama da vitamina, por dia. Pelas contas do Dr. Aragão, três folhas da alface transgênica conteriam já seriam suficientes.
Os testes iniciais, em laboratório, usaram ratos como cobaias. Todos os estudos foram bem sucedidos, pois os ratos alimentados com a alface transgênica não manifestaram qualquer sintoma adverso. Ao contrário, poucos dias após a ingestão o teor da vitamina no seu organismo já se elevava.
A Embrapa obteve as licenças necessárias da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para começar os testes fora do laboratório. De imediato, as variedades enriquecidas serão testadas no campo e em estufas apropriadas, para analisar as suas características agronômicas, nutritivas e de palatabilidade. Cumprida a etapa de testes, a Embrapa necessita obter a aprovação da CTNBio para a produção comercial das novas variedades. Vencidas estas etapas, a alface enriquecida chegará ao mercado. De alguma forma, é um legítimo presente de Natal aos que desejarem consumir um alimento funcional: aquele que alia nutrição com saúde.
O autor é Engenheiro Agrônomo, pesquisador da Embrapa. www.gazzoni.eng.br
