· produção de bens respaldada em conhecimento ténico-científico atualizado e com utilização de recursos humanos capacitados, constituem atributos para torná-los mais competitivos;
· políticas de desenvolvimento com integração de esforços sócio-econômicos dentro dos mercados nacionais, regionais e globais;
· disponibilidade de um expressivo volume e facilidade de acesso à informação técnico-científica através das modernas técnicas de comunicação global existentes;
· redução do tempo médio para transformação da ciência em tecnologia;
· priorização da condição de sustentabilidade nos projetos de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D)
· adoção de prioridades de P&D para atender às crescentes demandas de alimentos provocadas pelo crescente aumento populacional, dentro dos princípios de conservação e qualidade ambiental de interesse para as próximas gerações;
· reforma do Estado com maior participação da sociedade nos processos decisórios e na competição por recursos públicos;
· participação do setor privado no financiamento de projetos de Ciência & Tecnologia (C&T)
A adoção de uma estratégia de desenvolvimento sócio-econômico da Amazônia, alicerçada no desenvolvimento sustentável, tem sido sinalizada pela Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA)). Neste modelo, a interação inovadora entre os processos produtivos e a organização social em relação à natureza deve provocar uma profunda alteração da estrutura produtiva da região e, consequentemente, em uma reorientação tecnológica e organizacional dos segmentos tradicionais do setor produtivo. Como condição para viabilizar este modelo, três linhas prioritárias e complementares, voltadas para a reestruturação do setor produtivo, foram identificadas: 1. renovação tecnológica das atividades econômicas de reconhecido impacto ambiental; 2. modernização e dinamização das atividades tradicionais ecologicamente sustentáveis; e, 3. desenvolvimento e implantação de novos ramos e atividades com potencial econômico e de sustentabilidade.
A programação institucional adotada pela Embrapa para sustentar as políticas e programas governamentais para o desenvolvimento rural sustentável está fundamentada na interação de três políticas fundamentais: 1. política de P&D destinada a gerar e assegurar a qualidade de suas tecnologias, seja na forma de produtos, práticas, processos e serviços; 2. política de vendas ou distribuição destinada a garantir à sociedade o adequado acesso às tecnologias disponíveis; e, 3. política de comunicação empresarial destinada a garantir à sociedade o conhecimento das ações institucionais que vem realizando e, ao mesmo tempo, manter a instituição bem informada sobre as demandas dos diferentes segmentos da sociedade.
Na administração destas políticas a Embrapa recomenda que todas as ações institucionais sejam pautadas sobre um conjunto de princípios estratégicos: 1. parceria como mecanismo de interação e fortalecimento institucional; 2. enfoque sistêmico de modo a estabelecer uma visão global e holística do setor, das cadeias produtivas, dos sistemas de produção e dos sistemas biológicos no estabelecimento de suas ações; 3. P&D como compromisso de não apenas gerar conhecimento científico (ciência) mas, principalmente, de transformá-lo em produtos, práticas, processos e serviços que possam ser apropriados pela sociedade (tecnologia); 4. demanda, de maneira que as ações de P&D sejam voltadas para o mercado; 5. cadeia produtiva para ter como referencial de análise não apenas o sistema de produção dentro de uma propriedade rural, mas a conformação e as tendências de toda a cadeia produtiva; 6. sustentabilidade para que as soluções desenvolvidas tenham como objetivo final o desenvolvimento rural sustentável nas suas dimensões econômica, ecológica, social e biológica; 7. qualidade total, em especial na organização do trabalho, fundamentado na gerência de processos para otimizar os recursos utilizados com maior flexibilidade organizacional e garantir resultados mais satisfatórios para os clientes e/ou usuários.
Para a consecução de melhores níveis de sustentabilidade do desenvolvimento agropecuário e florestal da Amazônia, o cenário desejável deve contemplar:
- desenvolvimento agropecuário e florestal com o máximo possível de conservação de recursos naturais;
- redução dos desmatamentos com utilização das áreas já alteradas
- agregação de valor ambiental nas atividades agropecuárias e florestais
- aumento da intensificação do uso da terra
- aumento da agrodiversidade para o aproveitamento da biodiversidade e das vantagens comparativas ecológicas, sócio-econômicas e culturais
- aumento da eficiência do uso da terra e da mão-de-obra
- desenvolvimento da agroindústria e da bioindústria
- verticalização do desenvolvimento agropecuário e florestal
- melhor distribuição de renda
Newton de Lucena Costa - Chefe Geral da Embrapa Amapá