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Ceasa Campinas, 40 anos de responsabilidade, abastecimento e compromisso social


Opinião Livre
A Ceasa Campinas completa em março 4 décadas de existência, uma trajetória que começou antes da sua fundação em 1975 com a distribuição de hortifrutigranjeiros improvisada, com produtos espalhados pelo chão, em caminhões, embaixo de lonas ou ainda em locais que não comportavam um volume atacadista.
Ao longo deste tempo, a Central inovou, modernizou mas nunca se distanciou do seu objetivo: qualidade, compromisso social e ambiental. Ao contrário, aperfeiçoou e ampliou suas instalações, transformando-se hoje em referência na comercialização de Hortifrutigranjeiros, Flores e Plantas Ornamentais.
Durante estes 40 anos, a Ceasa desenvolveu importantes ações sociais e de segurança alimentar, e chega a esta data esbanjando vitalidade e modernidade. Uma vanguarda no comércio atacadista reconhecida nacionalmente. São quatro décadas de esforço, dedicação e empenho marcados em sua história.
Desde 1975, uma busca pela melhora no abastecimento
As Ceasas foram criadas na década de 70 pela necessidade de organização e aperfeiçoamento na distribuição de produtos hortigranjeiros. Isso aconteceu porque a população nas cidades cresceu muito após a forte industrialização do país a partir dos anos 50.
No começo, elas eram integradas e formavam o Sistema Nacional de Centrais de Abastecimento (SINAC), da Companhia Brasileira de Abastecimento (COBAL), que hoje se chama CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento. Na década de 80 o Sistema foi descentralizado e o controle acionário de algumas Ceasas foi transferido aos estados e municípios.
A história da Centralização do abastecimento em Campinas teve seu começo muito antes da inauguração da Ceasa em 10 de março de 1975. É um Mercado marcado por momentos fascinantes, pessoas extraordinárias e amizades sinceras.
A herança histórica do entreposto faz referência ao Mercado Municipal da Cidade, o Mercadão, Mercado Velho ou Mercadão Velho. Foi o primeiro centro de comercialização organizado em Campinas, que no dia 12 de abril de 2008, completou um século de existência.
Tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico do estado de São Paulo – CONDEPHAAT em 1982 e, em 1995 pelo conselho de Defesa do Patrimônio Artístico de Campinas – CONDEPACC, o Mercado Municipal funciona até hoje na rua Benjamin Constant, no Centro de Campinas, com 143 lojas, sendo 98 no prédio central e 45 bancas vendendo desde hortaliças e frutas até produtos como temperos, fumos, etc; atendendo aproximadamente 10 mil pessoas diariamente. (Prefeitura Municipal de Campinas).
Em 1905, quando o Mercadão foi projetado, sua localização foi estrategicamente planejada: deveria estar nunca região de fácil acesso aos produtores vindos dos sítios e regiões mais distantes; daí o fato de ter sido construído numa área que delimitava o perímetro urbano e rural, tornando-se importante ponto de encontro dos moradores da cidade e do campo, principalmente aos domingos. O Mercado Municipal marcou, seguramente, uma nova etapa na vida econômica da cidade, no início do século XX, cuja população consistia em pouco mais de 30 mil habitantes (Prefeitura Municipal de Campinas).
Em 1971 foi instalado no Jardim do Lago o Centro de Abastecimento provisório- CEAB (conhecido como Ceasinha), que reunia condições físicas mais favoráveis ao trabalho dos comerciantes e produtores, pois diferentemente do Mercado Municipal, dispunha de uma área maior e galpão aberto.
 
Em 1972 o decreto nº 70.502 fundou a Ceasa Campinas e a empresa começou a operar em 1975.
A Inauguração da Ceasa Campinas se deu em 10 de março de 1975, quando todos os comerciantes, vindos do Mercadão e Jardim do Lago, puderam se instalar no novo local.
Quando se mudaram para a Ceasa, nem todos os comerciantes encontraram seu espaço (pedra de comercialização) pronto. Só existiam os Galpões Permanentes 1 e 2, onde se localizavam os boxes; o Mercado Livre Central ainda estava em construção.
A experiência de chagada a Central de Abastecimento variou de permissionário a permissionário, exceto por um aspecto: todos pareciam exultantes, esperançosos com as possibilidades de expansão que o novo local lhes prometia.
O Mercado Permanente de Flores e Plantas Ornamentais foi criado em 21de julho de 1993, a partir da fundação da Associação dos produtores e Comerciantes do Mercado de Flores de Campinas – APROCCAMP.
Produtores que já comercializavam seus produtos na CEAGESP, em São Paulo, liderados pelo proprietário da Mac Flora, importante comerciante e produtor de mudas e plantas da região, foram os precursores da ideia.
No início, os permissionários utilizaram o estacionamento da Central, debaixo das árvores, onde vendiam os seus produtos – flores, folhagens, mudas, etc. Posteriormente foram transferidos para os galpões do mercado de hortifrútis (Gps). Até que por fim, custearam as novas instalações do referido mercado.
Estas novas instalações foram inauguradas em fevereiro de 1995 numa área de 18.872 m².
Com a ampliação ocorrida em 10 de julho de 2000, o mercado alcançou a área de 29.900 m², com infraestrutura adequada aos usuários e clientes: sanitários, restaurantes, lanchonetes, telefones públicos, etc.
Em dois anos de comando, Central amplia seus horizontes: é a Ceasa Transformadora
Durante os dois anos a frente da Centrais de Abastecimento de Campinas, pautamos as ações na responsabilidade e preocupação social, além de inovar na busca de tecnologia e excelência no nosso ramo de atuação.
É o legado de uma gestão que está focada na ampliação dos horizontes e de um governo que preza a modernidade e a ampliação dos serviços públicos para cuidar melhor dos cidadãos, oferecendo mais oportunidades e qualidade de vida.
Em 2014, foram realizados cursos semestrais de informática para carregadores, palestras, debates de temas atuais em parceria com outras instituições, com o objetivo de garantir a inclusão social, informação e esclarecimentos aos colaboradores e frequentadores da Central.
Recebemos 43 visitas monitoradas com o intuito de abrir as portas da empresa para que escolas, colégios, universidade e visitantes estrangeiros pudessem conhecer a infraestrutura local, bem como a logística de distribuição e a diversidade de produtos hortifrutigranjeiros e de flores e plantas ornamentais comercializadas.
Revitalizamos pontos importantes da cidade de Campinas, como o Complexo Viário Miguel Vicente Cury e o Ouro Verde, conjunto comercial na região sudoeste da cidade, que é administrado pela Ceasa. Além de melhorar o ambiente, a obra trouxe mais conforto aos comerciantes e clientes do espaço.
Participamos de Congressos Internacionais e Feiras como a APAS, a WUWM além de estreitar diálogo com todos os integrantes da cadeia produtiva do setor do agronegócio, buscando inovação tecnológica para contribuir com o desenvolvimento do país.
Como aparato tecnológico, criamos um site, semelhante a uma vitrine virtual, para exibição dos produtos comercializados pelos permissionários. O projeto é uma iniciativa do entreposto na busca de novas tecnologias para auxiliar na alavancagem de novos negócios, ampliando o mix de alternativas de divulgação.
Paralelamente, o Mercado de Flores e Plantas Ornamentais, um dos maiores da América Latina, realizou o 1º Encontro de Jardineiros e Paisagistas da Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa), nas dependências do Mercado de Flores. O evento reuniu produtores, pesquisadores, profissionais e empresas afins. O conteúdo programático focou em tendências, evolução, pesquisas e as inovações necessárias ao desenvolvimento de todo o segmento fazendo da cidade de Campinas referência no setor.
Ações de incentivo a uma prática de alimentação saudável, como a criação de novos Varejões, e apoio a agricultura familiar, destinando pedras de comercialização para ocupação pelos produtores, foram algumas das preocupações que nortearam nosso trabalho.
A meta, daqui para frente, é continuar Transformadora, visionária e com espírito inovador. Este será um ano especial. Além dos 40 anos, sediaremos, em setembro, o Congresso da União Mundial de Mercados Atacadistas (WUWM).
Nossa única exigência e expectativa é seguir em frente buscando: a criação de novos mercados; alianças multiorganizacionais; mudanças através da sustentabilidade; cooperação internacional; transparência total, ética e cidadania a serviço do bem coletivo.
 *Mário Dino Gadioli, diretor-presidente Ceasa Campinas

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