CI

BALANÇO SEMANAL — 04 a 08/08/2014



Conselho Nac. do Café - CNC
NOVO DIRETOR NO DCAF — Na quarta-feira, 6 de agosto, foi publicada, no Diário Oficial da União, a nomeação de Rodolfo Osório de Oliveira para exercer a função de diretor do Departamento do Café, da Secretaria de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O novo titular do Dcaf é engenheiro agrônomo formado na ESALQ/USP e possui mestrado em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp.
Funcionário de carreira da Embrapa, Oliveira possui significativos trabalhos prestados à agropecuária brasileira em sua passagem pelas Federações de Agricultura de São Paulo e Minas Gerais, além de vasta experiência internacional, tendo atuado como consultor da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), no Escritório Regional para América Latina e Caribe, e desempenhado a função de coordenador geral das áreas Internacional e Inteligência de Mercado no Departamento de Cooperativismo e Associativismo (Denacoop) do próprio Mapa.
Essa nomeação vem ao encontro da solicitação do Conselho Nacional do Café e da Comissão Nacional do Café da CNA, haja vista o conhecimento que temos a respeito do trabalho e da competência profissional do novo diretor. Aproveitamos a oportunidade para agradecer e enaltecer o trabalho da secretária de Produção e Agroenergia, Cleide Laia, do secretário executivo, Gerardo Fontelles, e do ministro da Agricultura, Neri Geller, para a concretização da nomeação de Rodolfo Oliveira.
Temos a certeza que se trata de uma pessoa muito bem indicada para desempenhar a função e que favorecerá o desempenho governamental nos pontos condizentes à cafeicultura nacional. Com a reformulação do Dcaf, certamente poderemos – setor privado e Governo Federal – realizar um trabalho conjunto e pró-ativo para a cadeia café do Brasil, em especial para os produtores.
LIBERAÇÕES DO FUNCAFÉ — Na segunda-feira, dia 4, o Ministério da Agricultura assinou dois novos contratos com agentes financeiros para repasses de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) no valor de R$ 404 milhões, elevando o montante total para R$ 2,796 bilhões.
Do volume integral autorizado, R$ 1,049 bilhão foram para a linha de Estocagem, R$ 718 milhões para Custeio, R$ 578 milhões para Aquisição de Café (FAC), R$ 220 milhões à linha de Capital de Giro para Cooperativas de Produção, R$ 123 milhões para Indústrias Torrefação e R$ 108 milhões para as de Solúvel.
Desse total contratado, foi liberado aos agentes financeiros o valor de R$ 779,5 milhões. Para a safra 2014, o Funcafé conta com um orçamento total de R$ 3,825 bilhões. Veja tabela detalhada abaixo.

SAFRA 2014 — Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou a safra 2014 de café do Brasil em 45,5 milhões de sacas de 60 kg, volume que entendemos como fora da realidade do ciclo atual. O CNC, há tempos, critica a divulgação de estudos, mesmo de órgãos federais, pouco acurados, os quais emergem para gerar especulações no volátil mercado cafeeiro.
Contestamos veementemente esse número prognosticado pelo IBGE e solicitamos que, se não for possível uma apuração verídica das reais condições de nossas lavouras cafeeiras, que não se realize o levantamento. Se a ideia for manter tal anúncio, pedimos que façam de maneira mais esmerada, realizando contato com os profissionais que vivem a realidade da cafeicultura brasileira, como os técnicos de nossas cooperativas e os pesquisadores de instituições como a Fundação Procafé.
Frente ao número tornado público, a respeito do qual reiteramos nossa contrariedade, o CNC salienta que a safra brasileira se situará de fato dentro do intervalo apurado, in loco, pela Fundação Procafé, sendo muito provável que se situe no piso de 40 milhões de sacas, haja vista o baixo rendimento dos grãos em boa parte do parque cafeeiro nacional. Também em função do veranico do início do ano, esse volume deverá ser repetido na colheita da safra 2015, uma vez que o desenvolvimento das plantas foi impactado.
MERCADO — O mercado climático, com especulações sobre frio intenso no sul de Minas Gerais e movimentos de realização de lucros, influenciou o comportamento dos preços futuros do café nesta semana. A quebra da safra brasileira devido ao veranico do primeiro bimestre continua conferindo suporte às cotações do arábica.
A Somar Meteorologia informou que as temperaturas no Sul e Sudeste do País cairiam fortemente nesta semana, devido a uma massa de ar polar. A madrugada de quinta-feira foi a mais fria do ano no sul de Minas Gerais, porém não houve geada nas áreas de café, desencadeando forte movimento de realização de lucros na Bolsa de Nova York.
Na ICE Futures US, o vencimento setembro do contrato C negociado na bolsa norte-americana acumulou queda de 835 pontos na semana, encerrando o pregão de ontem a US$ 1,84 por libra-peso.
Os preços futuros do robusta negociados na Liffe também acumularam queda, de US$ 129, até a quinta-feira. O fechamento do vencimento setembro do Contrato 409, na Bolsa de Londres, deu-se a US$ 1.968 por tonelada.
No mercado doméstico brasileiro, os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 433,60/saca e a R$ 246,86/saca, respectivamente, acumulando queda de 6,7% e 3,5% desde a última sexta-feira. Com o nível mais baixo de preços nesta semana, vendedores apresentaram forte retração.
Influenciado pelo cenário internacional, o dólar voltou a valorizar-se nesta semana, com alta de 1,6% em relação ao real desde a última sexta-feira. Ontem, a moeda norte-americana foi cotada a R$ 2,2959.
Enquanto no Brasil a moeda nacional segue com tendência de desvalorização, na Colômbia os cafeicultores reclamam do câmbio valorizado, que têm limitado seus ganhos com a alta internacional dos preços do café. Desde março, quando o banco de investimentos JPMorgan Chase & Co. anunciou planos de aumentar a participação da Colômbia em dois de seus índices de dívidas de mercados emergentes, o peso colombiano já se valorizou 8%.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.