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Apoiemos mais peq indústria e menos comércio e agrempresário


Climaco Cezar de Souza

Apoiemos mais peq indústria e menos comércio e agrempresário

RESUMO-

"Neste momento, é fundamental para o País que, realmente, se apoiem/priorizem bem mais as mais micro/pequenas e as medias indústrias locais/microrregionais, isoladas ou coletivas) e um pouco menos os comércios e os agroempresários, como é a praxe estratégica errônea, mas adotada há uns 30 anos no Brasil". Aqui “o número de empresas industriais totais chegou a 476,2 mil, segundo a CNI e com base na RAIS, em 2021, mas, apenas um ppouco mais de 5,0 mil possuíam mais de 250 empregados e, por outro lado, 405,8 mil tinham menos de 20 empregados. Pior é que houve queda acumulada de 8,5% no numero desde 2013. Essas empresas ocupavam 7,6 milhões de pessoas em 2013, contingente que já vinha recuando há 06 anos, acumulando queda de 15,6%, com menos 1,4 milhão de trabalhadores, desde 2013. Assim, são importantes, fundamentais e estratégicos prestar-lhes apoios reais e urgentes no  Brasil (em especial para as mais simples/humildes das micro e pequenas industrias isoladas/familiares, sejam rurais ou situadas nas áreas periurbanas mais nos bairros pobres), incentivos esses ainda pouco existentes, exceto nas propagandas. O ideal é seguir modelos de países que já as incentivam há anos, e crescentemente, como nas novas China, Índia, Croácia e em outros países. São países até com bons climas (itens em que o Brasil é muito beneficiário e imbatível. e muito mais competitivo, na média), mas, sobretudo, com mão-de-obra - abundante, um pouco ociosa precisando trabalhar, e até facilmente treinável - e já muito consumidora (naqueles países), sobretudo de alimentos minimamente processados/industrializados ou mesmo “in natura” (bem embalados/sanitizados); mais também com muitas matérias-primas locais a agregar/processar basicamente e em elevadas, constantes e confiáveis ofertas  (agrícolas, pecuárias, florestais, extrativismos, turismo rural etc..) mais com diversos e muitos volumes de minérios, pedras preciosas e semipreciosas etc.., tudo a processar, mesmo que minimamente, e/ou  agregar valor localmente, estes como itens básicos ou até estratégicos". "Na internet há diversos vídeos - até surpreendentes - e exemplos estratégicos acerca, até para se debater ou se copiar, mostrando e demonstrando como funcionam e são incentivadas naqueles e em outros países, de onde até importamos muito – diária e crescentemente (poderiam serem perfeitamente fabricados por aqui) -, tanto milhares de muitas maquinas, motores e equipamentos/ferramentas básicas, como até chips veiculares, auto-peças e até muitos veículos, desde motos até automóveis com 02 a 04 lugares e até mini e pequenos caminhões para pequenas ou médias cargas e até eletricos (mesmo que humildes,  baratos e com pouca potencia, ou seja, talvez até bem mais adequados para nossas condições de estradas e asfaltos e aos nossos padrões de consumo e de confortos)".

INTRODUÇÃO –

Neste artigo - para debates - muito questiono (como analista de tendencias generalista e não-focado) o modelo errôneo, adotado há mais de 20 anos no País pelos últimos Governos (Federal, Estadual e Municipal) e seus muitos Órgãos protetores, que apoiam ou priorizam bem mais ações e empresas COMERCIAIS e AGROEMPRESARIOS, bem ao contrário DAS PEQUENAS E MEDIAS INDUSTRIAS - locais e/ou micro regionais -, como ocorrem há mais de 20 anos na China e na Índia, por exemplos.

O chamado Empreendedorismo Nacional (modelos SEBRAE, EMATER e similares), quase sempre, prioriza ações e treinamentos bem mais voltados para vendas pela internet e/ou de produtos importados. Na pratica diária quase todos querem mesmo é praticar somente o Comercio e, quando possível, pelas chamadas “Lei de Gerson” ou do “Toma-Lá-dá-Cá” ou do “Quanto Menor o Esforço Melhor” ou “Detesto Lidar com Gentes, mas Adoro Lidar Com Altos, Rápidos” – se possíveis via pix - e Fáceis Lucros”. Assim, ocorre preferencialmente com quase todos tais Empreendedores Digitais ou tais Criadores de Conteúdos/”Influencers”, pagando o mínimo de impostos ou até sonegando muito e empregando quase nada. A maioria - verdadeira e muito apoiadamente por muitos Governos, Órgãos e Entidades (que na verdade não estão nem aí para gerar empregos nem rendas nem tributos nem paz social nem desenvolvimentos etc., mas sempre reclamam de tudo, em especial de algumas reformas), somente querem intermediar muito; faturar o máximo e pouco se esforçando; mais “encher o saco dos consumidores o tempo todo” e, pior, enganando “a si”, aos seus maus Apoiadores/Incentivadores/Criadores e ao Pais (com estes bem atabalhoados; desinformados sobre o que ocorre, ou já aconteceu, no exterior, em especial na China, na Índia e em outros países com milhões de pequenas industrias caseiras ou locais; ou seja, dando mesmos “tiros nos pés”).

Por outro lado, em complemento, e bem ao contrario dos agroempresariais - com suasa formas, cultivos e volumes de produções e destinos ainda bem diferentes (pouco geradores de empregos, rendas e tributos no Brasil), talvez por falhas de nossas agroindustrias e/ou cooperativas de médio e grande portes -, a nossa chamada Agricultura Familiar, em média, já é boa Agregadora Local de Valor - mesmo que minimos ou são muitos boas selecionadoras/higienizadoras/embaladoras "in natura" para feiras, supermercados, merendas, restaurante populares, prisões etc.. e/ou com suas pequenas-médias Associações ou Cooperativas, a maioria já agroindustrializando local/regionamente, mesmo que minimamente, tudo isto, para, em conjunto, bem aliementar nosso povo com alimentos saudáveis, suficientes e baratos - idem flores, artesanatos etc.. - e quase nada para exportar principalmente se ainda "in natura".

Também  - sem demeritos e apenas como  criticas realmente construtivas pelos seus baixos entrosamentos/uniões reais, inclusive organizacionais/cooperativos reais (ainda com elevadissimas e até explicáveis dependencias externas) - os chamados agroempresarios pouco ou quase nada industrializam local/regionalmente, pois vendem/exportam muito mais “in natura” e muito trocando e/ou vendendo barato/entregando – quase que “goela abaixo” - para as tradings (das quais também compraram seus insumos fundamentais e seus transportes até os imóveis rurais). Também fazem igual para Cooperativas ainda pouco agregadoras - pois, ainda sem querer acessarem diretamente os varejos internos ou externos nas suas compras e vendas – assim, comportando-se bem mais como espécies de “balcões de vendas/intermediações” das multis/tradings etc. e tudo para exportarem sem industrializar e sem agregar valor no Brasil, gerando empregos e rendas bem mais no exterior e, pior, muitas expeculações nas bolsas internacionais – altamente lucrativas e para poucos que realmente trabalham -, tudo contra o agronegócio realmente brasileiro.Também - embora no momento muito capitalizados por diversos motivos (pandemia, crise dos transportes/combustiveis etc.), tais agro empresariais sabem que enganam muito “a si” e ao Pais, pois há diversos estudos que comprovam que estes somente ficam com 10% a 20% da renda liquida final posta no seu imóveis, além de terem que arcar com 100% dos valores das compras das terras mais dos investimentos necessários nos imóveis e, pior, com os elevados riscos climáticos, atinentes a todas as atividades rurais (hoje, riscos cada vez mais tb assumidos pelo Governo Federal, ou seja, pelo povo, e quase nada pelas tais trading, multis, cooperativas mais pelas suas Bolsas e Seguradoras etc..). Como não poderia deixar de ocorrer, tais produções somadas acima – sem agregar um mínimo de valor; sem industrializar o suficiente; altamente escaláveis e sempre à procura de recordes produtivos (para tentarem ampliar a participação na renda liquida final, mesmo que tb aumentando muito seus custos e, então os já elevados lucros dos fornecedores, que também são os que lhes compram) e, assim, muito incentivadas pelas tradings, multis, bancos, Governos, Centros de Pesquisas etc. – somente ampliam, a qualquer momento, as degradações e os abandonos locais de seus antigos imóveis (que, segundo a EMBRAPA, já somam quase 150,0 milhoes de hectares, ante cerca de 100,0 milhoes plantados com todos os cultivo, e diante de um potencial total de 350,0 milhões de hectares cultiváveis no Pais, ou seja, ainda faltam cerca de 100,0 milhoes de hectares a abrir e a explorar - fora das florestas, áreas protegidas, reservas etc. -. - O que pode ser mais um erro gigante se no mesmo modelo atual, e como num bom Programa de Reforma Agraria ao contrário’).

DIRETO AOS PONTOS, AUTOEXPLICATIVOS E, INTEIRAMENTE, PARTICIPATIVOS (A MUITAS MÃOS) -

Primeiramente, e já participando deste meu artigo, preciso de algumas tuas respostas, como a seguir:

  1. Sinceramente, você está satisfeito com as centenas de bombardeios midiáticos diários, que recebe pela internet e/ou pela TV (inclusive já bem pagando previamente por ambos), tentando, insistentemente, te vender produtos que você não quer nem precisa comprar, ou seja, somente intermediando espertamente?
  1. Você aceita facilmente trocar seus poucos momentos de lazer ou de paz familiar, ouvindo uma boa música ou vendo um bom filme pela TV ou internet - todos com acessos já bem pagos antes -, mas ainda tendo que a cada 3-10 minutos acionar a tecla para encerrarem cada anuncio?
  1. Qual o teu nível de stress diário, antes e depois, quando ocorre (m) o (s) contrario (s)? Dá vontade de xingar os vendedores e seus COMERCIANTES-FABRICANTES DESPREPARADOS e/ou de jogar o celular na parede?
  1. Você toma muito tempo diário acessando ou fechando muitos e-mails, que toda hora chegam as dezenas somente para te ofertar algo que você não pediu nem vai pedir (apenas abriu rapidamente por curiosidade), tudo obedecendo aos comandos dos sistemas de algoritmos das espertas e caríssimas áreas de TI das grandes empresas (sempre operantes e sentados nos banquinhos apertadíssimos e confortáveis, como verdadeiros “extraterrestres” e engordurando o coração), todas já com lucros gigantes e com pouquíssimos empregos gerados em qualquer país?
  1. Quanto de espaços na memória do teu celular ou do teu e-mail ou da tua TV smart ou do teu tablet tomam diariamente tais ofertas que você abomina e que não pediu e que depois você também terá que gastar momentos preciosos para limpar?
  1. Quantas vezes por dia, você é interrompido numa fala importante ao celular, pois tais propagandas que você não quer ouvir?
  1. Será que tais empresas acima querem que você, também faça com elas, um bom curso sobre como comprar delas ou como se livrar delas ou como lidar, com teu celular ou tablet, cada vez mais complicados ou pouco acessíveis:
  1. Será que tais empresas insistentes acima percebem ou lembram que quem tem dinheiro para comprar seus itens são adultos ou idosos e que não gostam ou pouco suportam informática (somente o necessário) e os jovens que bem e muito mais acessam, pouco ou nada compram de real nem convencem seus pais e outros adultos acerca?
  1. Porque você mesmo colocando tais anúncios acima nas caixas de “spam” ou de itens que você não quer ver, os gestores e operadores de TI de tais empresas - já bastante conhecidas, sobretudo de telefonias e redes - insistem para que tal anuncio volte a te ofertar quase que imediatamente?
  1. Você acha que as operações de TI, inclusive de vendas pela internet (“Market place”) e de atendimentos via remota (“call center”) geram mais empregos do que anulam ou impedem?
  1. Quantos vizinhos ou amigos ou empresas locais que você conhece APENAS VENDEM OU ENCHEM O SACO DE TODOS PELA INTERNET?
  1. Tuas demandas apresentadas pela internet aos Órgãos dos Governo, Estatais etc.  mais para “Call Center” ou SAC de Empresas Privadas e seus Órgãos representativos e incentivadores etc. VÊM SENDO, REALMENTE, ATENDIDAS e/OU SOLUCIONADAS?
  1. Como você se sente ao ter sua demanda COMERCIAL nunca atendida nem solucionada por tais Órgãos e/ou Empresas acima no tempo que você precisa e não no do que eles providenciam, quando isto realmente ocorre?
  1. Por outro lado, você já conhece muitos casos de bairros e cidades (antes pouco ou nada vocacionados para tanto e até sem matérias-primas) e que hoje são altamente produtivas isoladas ou conjuntas (chamadas de “cluster” já até exportando e muito pelo chamado comercio justo internacional = “fair trade”), sobretudo de itens como lingeries, calçados, alimentos preparados etc.?
  1. Você gostaria de fazer parte ou de iniciar um “cluster” como acima, lembrando que a união - não a concorrência local deletéria – é que faz a força mais que dá renome e que atrai muitos mais consumidores?
  1. Já parastes para pensar na famosa teoria das ruas das farmácias ou das ruas de lojas de materiais de construção ou das ruas com bem mais barzinhos etc..; ou seja, com todos vizinhos ou na mesma rua (assim, tb formando bons “cluster”) e que competem entre “si “pela qualidade; atendimento; produto diferenciado e preços finais, mas que todos vendem, empregam e lucram muito mais?
  1. Quantos empregos você gerou internamente na família ou externamente com tais fabricações?
  1. Você já conhece o novo formato de empresas individuais “EIRELLI”, uma evolução ante o conceito anterior de MEI?
  1. Quantas pequenas indústrias fabricantes de pequenos e médios itens existem na tua vizinhança ou na tua cidade?
  1. Você acha que com os Governos e Órgãos, incentivando e apoiando SOMENTE tais pequenas industrias – boa parte para vendas pela internet -, seriam gerados muito mais empregos locais?
  1. Na tua cidade, o que o Prefeito, Câmara de Vereadores, Clubes de Serviços, Igrejas, Políticos, Órgãos de apoio e Empresas de grande porte (algumas que terceirizam localmente parte de suas fabricações necessárias de pequenos itens) ESTÃO FAZENDO DE REAL PARA APOIAREM TAIS PEQUENAS INDUSTRIAS LOCAIS, FAMILIARES E/OU COLETIVAS, UMA TENDENCIA MUNDIAL E JÁ MUITO EMPREGADA/APOIADA NA CHINA E NA ÍNDIA, POR EXEMPLO?
  1. Idem pelas autoridades e órgãos estaduais?
  1. Idem pelas autoridades e órgãos federais?
  1. Quantas vezes você já fez um pedido de um item - com certeza agora fabricado numa pequena fábrica do interior e, agora, vendido por uma gigante de entregas nacional (Correios, Mercado Livre, Amazon, Casas Bahia, Magazine Luiza, Loja do Mecânico, Buscapé etc.) e não foi bem atendido na forma, no tempo previsto e na qualidade pleiteada?
  1. Você sabia que tais entregadoras rápidas acima conseguem entregar em quaisquer locais do Brasil e mesmo do exterior (você pode até ter um catalogo internacional em inglês para exportar)?
  1. Notas que, com as facilidades das entregadoras - facilitadoras acima, mais teus bons acessos pela internet local, você consegue comprar - até previamente e bem mais barato - quaisquer itens e de quaisquer locais e de quaisquer ofertantes, mesmo que não se disponham deles - sobretudo de forma suficiente e barata – em tua cidade ou região?  
  1. Você já pensou ou parou para pensar que fabricar pequenos e médios itens e depois vender tudo pela internet pode ser a tua salvação financeiras mais de tua família mais de teu bairro mais de tua cidade e do teu País|?
  1. O que você ou alguém da tua família ou vizinhos já fabricou ou vendeu e/ou entregou no tempo, formas e qualidade correta, via as entregadoras-facilitadoras acima?
  1. Percebes que, além dos Correios, a maioria das empresas entregadoras-facilitadoras acima tem ou contratam pequenas transportadoras microrregionais ou locais para tais entregas rápidas ao seu consumidor final (ou para captar tua mercadoria ainda a transportar), até podendo ser teu vizinho ou teu parente e atuando como teu motoqueiro entregador em outro local?
  1. Sabes que alguns das vendedoras/transportadoras/importadoras/exportadoras acima (“e-commerce”) já tem aviões próprios e que até já estão montando diversos gigantes Centros de Distribuições (CD), próximos das grandes capitais e cidades, tudo para acelerar as entregas do que bem vendestes/exportastes e/ou de tuas compras e importações?
  1. Entendes também que podes anunciar teus produtos, por mais simples e baratos que sejam, diretamente nos sites daqueles gigantes (comercio direto chamado de “market place”), o que, contudo, exigem alta especialização e preparo teu, pois se houver problemas com tuas fabricações e não entregas adequadas, você é que passara a ser o maior problema deles (são imensamente seletivos quanto a isto, pois têm que garantir as entregas, senão perdem mercados e/ou são punidos)?
  1. Também, percebes que se você precisar importar qualquer item como matéria-prima poderás recorrer a eles, mesmo havendo certas limitações de tempo e de tamanho dos pacotes, em especial se via Correios, este hoje bem mais e já quase que totalmente confiável e muito ágil (sendo no máximo com 1,0 m de comprimento ou largura neste caso)?
  1. Você sabia que ao comprar/importar ou ao vender/exportar você recebe na hora, e por pacote, um código de rastreamento temporal e local “on line” para você enviar para teu comprador interno ou externo ou para acompanhar tua compra/importação?
  1. Entendes que com tais níveis de atendimento, eles conseguem pegar os pequenos produtos acabados para remessas na tua porta, por mais humilde que seja o teu produto, vez que o consumidor final é o que precisa do teu item no teu preço e qualidade e que se propõe ou que aceita pagar por isto?
  1. Você acha ou acredita que a prevista gigante e rápida expansão das pequenas industrias familiares e locais poderá reduzir muito o comercio físico e seus empregos nas pequenas cidades (em geral, vendendo bem mais caros, por tantas intermediações e seguidos transportes caros, o que a maioria dos consumidores já percebeu), ou que pode ser um forte aliado delas, pelas grandes reduções de custos, desde que priorizem os locais)?

FIM

Grato pela Leitura, Analises e Compartilhamentos.

Brasília (DF), 06 de março de 2023

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