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Agronegócio, precisamos falar sobre os jovens urbanos


Opinião Livre
* Nestor Tipa Júnior
Velocidade. Esta tem sido a tônica quando falamos de mudanças na forma de se comunicar. A tecnologia nos surpreende com novidades praticamente todos os dias. Da internet passamos para as redes sociais e nomes como Snapchat, Pinterest, Periscope, entre outros, já começam a entrar em um cotidiano como já estão os populares Twitter, Facebook e WhatsApp.
O agronegócio pouco tem acompanhado estas transformações. O lado bom é que talvez seja o último segmento da sociedade que vá deixar os tradicionais meios, especialmente pelas dificuldades que ainda existem com telefonia, banda larga, e outras tecnologias que ainda não chegam com tanta força lá no campo. No entanto, se circularmos pelas redes sociais mais populares, já é perceptível que existem grandes comunidades interligadas e trocando conhecimentos e experiências por elas.
Ainda há um tabu muito grande sobre o uso das redes sociais por empresas e entidades do setor, o que gera certa desconfiança em relação ao investimento nas novas formas de comunicação. A versão mais ouvida é de que o produtor não acessa com frequência estes meios. Mesmo que seja uma verdade, ainda falta lembrar que é preciso também se comunicar com o fora da porteira, e aí reside a grande dificuldade do meio rural.
É importante lembrar que as novas gerações, chamadas de Y e Z, estão entrando com força como formadores de opinião e de conceitos na atual sociedade e ainda há resistências no que diz respeito à imagem da atividade agropecuária, muitas vezes desenhada nas redes como uma força do mal, que polui, destrói e causa danos para o nosso planeta enquanto temos muitos exemplos positivos de que o jogo é outro, mas falta dizer isso em alto e bom tom.
Repetindo algo dito no início deste artigo, o agronegócio talvez seja o último segmento da sociedade que vai permanecer com os meios tradicionais, tanto pelas dificuldades de comunicação existentes no campo quanto pela formação de seu público. É imprescindível colar o informativo no mural da cooperativa ou associação, mas é preciso também se conectar com as novas realidades de comunicação, especialmente para falar com o urbano e as novas gerações.
Cabe a todos os gestores e responsáveis pela comunicação do setor fazer esta leitura e se reciclar a todo o momento para entender este fenômeno e utilizar todas as formas para todos os públicos. Precisamos sair do lugar comum e sermos mais amplos e que atinja a maioria, quebrando preconceitos e evoluindo na forma de se comunicar assim como a nossa agropecuária evolui constantemente.
* Jornalista, especialista em Marketing em Agribusiness. Sócio-fundador e diretor de Planejamento da AgroEffective Projetos Para o Agronegócio

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