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AGRICULTURA SUSTENTÁVEL


Amélio Dall’Agnol

Está na moda falar de sustentabilidade ou desenvolvimento sustentável, embora poucos saibam, com propriedade, do que estão a referir-se. Desenvolvimento sustentável é um termo relativamente novo, tendo surgido em 1987, nas propostas contidas no histórico documento “Nosso Futuro Comum”, também conhecido como “Informe Brundtland”, elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no contexto da primeira Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nesse documento, desenvolvimento sustentável é definido como sendo aquele que permite satisfazer as necessidades do mundo presente, sem comprometer a sobrevivência das gerações futuras.

A sustentabilidade da vida sobre a Terra não é um tema estritamente tecnológico. Passa, também, pela desigual distribuição das riquezas dentro e entre países e pela erradicação da miséria nos países subdesenvolvidos.

A miséria rural e urbana, que caminha de mãos dadas com a ignorância e a violência, é uma ameaça, não apenas ao meio ambiente, mas, também, à própria humanidade. Somam mais de um bilhão os homens, mulheres e crianças do Terceiro Mundo que passam fome e, que, pela desnutrição, estão física e mentalmente incapacitados para exercer uma atividade produtiva. Sofrem eles e as economias dos seus países, privados dessa mão de obra desqualificada.

O que importa a essa gente a sustentabilidade dos recursos naturais, que busca preservar a vida de futuras gerações, se a sua própria geração não consegue sobreviver? A preocupação por necessidades futuras só faz sentido quando estiverem satisfeitas as necessidades do momento atual.

Para obter-se um desenvolvimento que, ademais de ecologicamente sustentável, seja economicamente rentável, e socialmente justo, tem-se que buscar o equilíbrio entre as necessidades de preservação e de exploração dos recursos naturais, de forma que os pobres que sobrevivem da exploração desses recursos não sejam esquecidos.

O camponês pobre destroi a natureza sem sabê-lo e o faz no afã de buscar a sua própria sobrevivência e a de seus familiares. Sua condição de miséria não lhe permite acesso à tecnologia, ferramenta indispensável para o êxito no novo paradigma de desenvolvimento, que busca a produção com preservação dos meios de produção, que são finitos e vulneráveis. Neste contexto, apela-se para a sensibilidade dos países ricos, senhores, não só da riqueza, mas também responsáveis pela maior parcela da destruição ambiental, que, se não devidamente estancada, afetará a nossa própria sobrevivência.

Com a palavra Mr Bush, que comanda 5% dos cidadãos do Planeta, responsáveis por 25% da sujeira global e que se nega a assinar o Protocolo de Kioto “porque prejudicaria a sua indústria”. Ah bom, se é assim está certo

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