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A inveja é o mau hálito da alma


Amélio Dall’Agnol
A autoria da frase que dá título a este artigo é de Roberto Campos, ex Ministro de Planejamento do Brasil e sinaliza o tema sobre o qual gostaríamos de tecer algumas considerações.

Um dos desafios que certamente todos enfrentamos ao longo de nossas vidas é saber como lidar com o sucesso dos amigos, visto que ter despeito pelo êxito deles é uma clara indicação de que reconhecemos o próprio fracasso. A tentativa de explicar o sucesso alheio à pura sorte e o próprio fracasso ao azar de sempre, é estratégia recorrente, equivocada e desacreditada. Pior ainda, é acreditar na sorte para explicar o sucesso dos desafetos.

E qual será a razão para que indivíduos saídos do mesmo meio e usufruindo das mesmas oportunidades, trilharem caminhos completamente diversos: enquanto uns seguem pela trilha do sucesso e conquistam o topo da pirâmide social, outros acumulam derrotas e perambulam pela base dessa mesma pirâmide. Fracassados e envergonhados, não raro essas pessoas se convertem num poço de mágoas.

Sem pretender reinventar a roda, eu me arriscaria afirmar que o sucesso ou insucesso na vida de uma pessoa depende muito das suas atitudes frente aos desafios da convivência social, onde, certamente têm mais êxito aqueles indivíduos comprometidos com valores apreciados pela sociedade como a ética, a moral, a justiça, a solidariedade, a honestidade, a sinceridade e a tolerância, do que pessoas identificadas com valores que contrariam estes mesmos princípios.

Uma das potenciais causas de insucesso na vida de uma pessoa é não saber escutar. Quem muito fala, ensina a sabedoria popular, perde a oportunidade de aprender ouvindo. Não sei quem foi, mas alguém escreveu que “os gênios calam, os inteligentes falam e  os ignorantes gritam”.

Quando falares, ensina um provérbio oriental, cuida para que as tuas palavras sejam melhores do que o teu silêncio, ao que Abrahan Lincoln acrescentou: “é melhor calar-se e deixar os outros pensando que somos tolos, do que falar e acabar com essa dúvida”. O maior prazer de um homem inteligente escreveu Confúcio (filósofo chinês), é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente.

Dependendo das atitudes que um cidadão tiver no meio onde vive, ele poderá ser um líder, um chefe ou apenas mais um na multidão. O líder é amado e seguido; o chefe é apenas obedecido. Por isso, há muitos chefes, mas poucos líderes. Líderes, segundo um provérbio oriental, são como águias, não são encontrados em bandos. Chefes, por sua vez, são como nuvens, o dia fica lindo quando eles vão embora.

Seja um líder e viva a vida, que é o que interessa. O resto não tem pressa. Saiba, no entanto, que “viver não é apenas existir” (Oscar Wilde, escritor irlandês).    

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