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A evolução do agronegócio


Vinícius André de Oliveira

              No final da década de 1980, surgiu uma revolução técnico-científica na agropecuária do Brasil chamada de Revolução Verde, a qual consistia na disseminação de novas práticas, permitindo um enorme aumento da produção agrícola. Essas novas práticas utilizavam-se de sementes modificadas, bem como de insumos industriais. Além disso, melhoravam-se os recursos de irrigação e na mecanização do trabalho.

           Outro fator facilitador do aumento da produção agrícola foi a política de crédito acessível e de preço mínimo. Esse fato gerou a multiplicação de agências governamentais de tecnologia agrícola como: Emater, Embrapa e outras.

          Com esse desenvolvimento a ampliação da produção foi imensa em espécies como soja, milho e algodão. Esse desenvolvimento e essa nova tecnologia atingiram também o setor de pecuária de corte e avicultura.

         Nos tempos atuais, o avanço da biotecnologia ainda causa certo desconforto entre os produtores, principalmente no estado do Paraná, onde o governo adota uma política anti-transgênicos. Entretanto, pessoas influentes no meio agrícola e até mesmo o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, atestam que é inevitável o avanço dos produtos transgênicos no Brasil e no mundo. Segundo a FAO, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, a produção de transgênicos poderá frear o aumento do problema da fome, já que a estimativa de ampliação da população é de 2 bilhões de habitantes nos próximos 25 anos.

Em países como Estados Unidos, China e Argentina, a produção de transgênicos é extremamente elevada. A soja, nos Estados Unidos, tem sua composição total formada com 87% de transgênicos. Para o algodão, essa porcentagem é de 79% e para o milho, 52%. Argentina e EUA responderam por 80% da área de transgênicos cultivados no mundo, em 2004, enquanto o Brasil participa com somente 6% do total.

         Em todos os países, calcula-se que o consumo de produtos geneticamente modificados tenha ultrapassado 350 milhões de toneladas e, desde 1994, não foram registrados problemas de saúde oriundos desses alimentos.

         Portanto, ainda resta muito espaço para avançar na produtividade das diversas espécies de grãos e leguminosas, mas o principal avanço deve ocorrer na cultura e na mudança de paradigmas do produtor brasileiro.

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