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“Agronegócios: ainda temos muito que aprender com os EUA; U.E, China e outros paises”


Climaco Cezar de Souza

ANALISE DA EVOLUÇÃO E DOS RESULTADOS DA POLITICA AGRICOLA NOS EUA, U.E., CHINA, JAPÃO E  OUTROS PAÍSES, COMPARADAS COM A DO BRASIL -

Introdução e parametrização

Inicialmente é preciso dizer que todos os paises, altamente desenvolvidos hoje, tiveram suas raízes na agricultura, hoje convertida em agronegocios, e todos tudo fazem para protegê-la, ajudá-la e alavanca-la. Mesmo gigantes como EUA, China, Alemanha, França e Austrália não negligenciam  seus elevados apoios ao agronegócio e à população rural.

Obviamente, comparar a agricultura do Brasil com a de países como os EUA, U.E e China é um grande desafio, pois são grandezas bastante diferentes em todos os sentidos (e até divergentes) e como comparar ainda anões com gigantes (dói muito, mas é a verdade e sem nenhum demérito ao nosso esforço continuado e já com altíssimo sucesso). Contudo, além das enormes diferenças de visão negocial e de proteção, explicitadas a seguir no capitulo sobre Seguro de Renda, vou tentar estabelecer algumas comparações, de forma a demonstrar algumas verdades: “que nós ainda estamos engatinhando; que somos bem pequenos e que eles são muito mais profissionais do que nós”, até por terem muito mais recursos e vontade política, bem maior e continuada, para, realmente, priorizarem a agricultura, em especial, a dos pequenos e médios produtores. Infelizmente, no Brasil, como critica construtiva, acho que são tantas as carências e dificuldades que os principais órgãos agrícolas passam boa parte de seu tempo, literalmente, “apagando incêndios” e resolvendo problemas, havendo, ainda, pouco planejamento e pouca coragem para mudar/melhorar, mesmo que só copiando ou adaptando. Também, culturalmente, aqui quase não há união, esforço coletivo e continuidade em muitas propostas e ações muito boas. CONTUDO, TEMOS A GRANDE E IMENSA VANTAGEM DE SERMOS MUITO JOVENS, DE TERMOS MUITA TERRA BOA AINDA A RECONVERTER, DE APRENDERMOS RAPIDO E DE ESTARMOS CONSERTANDO RAPIDAMENTE ALGUNS ERROS SEGUIDOS DE MUITOS ANOS AGRICOLAS QUASE QUE INTEIRAMENTE PERDIDOS. TECNICAMENTE (SOU APOLITICO), PROFESSO A TODOS - PUBLICAMENTE E EM MEUS ARTIGOS - QUE COM AS GRANDES OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA E LOGISTICA, QUASE SIGILOSAS, EM ANDAMENTO ATÉ RAPIDO, A PRESIDENTE DILMA SERÁ CONSIDERADA EM MAIS 10 ANOS COMO A SEGUNDA MELHOR PRESIDENTE DA REPUBLICA, SOMENTE SUPERADA POR JK.

Nos EUA, para muitos, a agricultura moderna data de 1833, quando da fundação da Bolsa de Chicago e já com propósitos de proteções de preços agrícolas e, na U.E. em 1850, data da fundação da Bolsa da Suíça. Na China, a agricultura moderna pode-se dizer que começou em 1978, com o inicio da agricultura de mercado nas ex-comunas da antiga reforma agrária (vide antes), sendo que a BMD – Bolsa de Mercadorias de Dalian data apenas de 1993. No Brasil, pode-se dizer que a agricultura real (não de subsistência) começou em 1975 com a criação do programa POLOCENTRO - Programa de Desenvolvimento dos Cerrados e que deu inicio ao desbravamento dos cerrados, com a migração de milhares de famílias de gaúchos e depois de paranaense e de outros Estados para as regiões de cerrados de MT, MS, GO e MG. A nossa atual BVMF foi criada em 1985, mas até hoje menos de 5% são de operações rurais e a liquidez agrícola (negócios efetivos diários) ainda é considerada muito baixa, segundo os padrões internacionais. É lógico que os paises concorrentes acima podem ser exemplos para nós em muitas áreas, mas nós somos exemplos comprovados para muitos paises mais pobres e famintos, sobretudo nos tópicos desenvolvimento da agricultura familiar e Programas de distribuição de alimentos. 

Nos paises concorrentes acima, os agricultores são tão profissionais, tecnicamente falando, que embora seus campos fiquem debaixo de neve ou de gelo por até 6 meses por ano, eles conseguem replantar ou recuperar tudo rapidamente em cada safra, inclusive pastagens e capineiras, e ainda obterem as melhores produtividades e produções médias mundiais (vide ao final).
 
Contudo, a diferença fundamental entre a agricultura dos EUA, U.E, Japão, Austrália, Canadá e até, de forma mais recente, da China e da Índia e a brasileira é que eles são muito mais voltados para os mercados e às comercializações, quase tudo de forma privada, cooperativa ou mista e, nós, muito mais voltados, erroneamente, para produções e alavancadas mais de forma publica. 

Também é fundamental explicar que, a seguir-se os parâmetros da FAO para a agricultura familiar (até 4 módulos fiscais e mais outras exigências), a maior parte da agricultura daqueles paises seria considerada familiar (as áreas médias são pequenas e há poucos empregados externos - vide LEI Nº 11.326, DE 24 DE JULHO DE 2006, revisada), mas só que com Rendas brutas e liquidas muito mais elevadas do que a nossa e, melhor, inteira segurança para produzir em longo prazo.

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