Entigris CI

Geral
Nome Técnico:
Alfa-cipermetrina; Dinotefuram
Registro MAPA:
22420
Empresa Registrante:
Basf
Composição
Ingrediente Ativo Concentração
Alfa-Cipermetrina 220 g/kg
Dinotefuram 140 g/kg
Classificação
Técnica de Aplicação:
Terrestre/Aérea
Classe Agronômica:
Inseticida
Toxicológica:
3 - Produto Moderadamente Tóxico
Ambiental:
I - Produto extremamente perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Granulado Dispersível (WG)
Modo de Ação:
Contato, Ingestão

Indicações de Uso

Tipo: Balde
Material: Plástico/Metálico (revestido ou não)
Capacidade: 10 kg

Tipo: Bombona
Material: Plástico
Capacidade: 25 kg

Tipo: Frasco
Material: Plástico
Capacidade: 1,5 kg

Tipo: Saco
Material: Fibra celulósica revestida com Plástico/Fibra celulósica revestida com Plástico e alumínio ou ráfia/Plástico aluminizado/Plástico metalizado/Plástico/Fibra celulósica
Capacidade: Sachê

Tipo: Hidrossolúvel
Material: 1 kg
Capacidade: Tambor.

INSTRUÇÕES DE USO

O produto Entigris® possui modo de ação sistêmico de contato e ingestão, na junção de seus ingredientes ativos, onde a Alfa-cipermetrina é um piretróide com efeito de contato e ingestão, que atua sobre os canais de sódio na membrana das células do sistema nervoso dos insetos acarretando perda do controle muscular, paralisação alimentar e posteriormente a morte e o Dinotefuram é um inseticida neonicotinóide com efeito de contato e ingestão, que age na sinapse da célula (sistema nervoso) como transmissor químico lentamente desdobrável pela acetil-colinesterase, causando uma transmissão contínua de estímulos nervosos, levando o sistema nervoso dos insetos ao colapso.

NÚMERO, ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO

Aplique o produto Entigris® conforme as recomendações de bula, utilizando as menores doses sob condições de menor infestação da praga e as maiores doses em casos de alta infestação da praga ou para conseguir um maior período de controle.

Amendoim

Iniciar as aplicações no início da infestação das pragas e repetir sempre que houver necessidade, não ultrapassando o máximo de aplicações recomendados e respeitando o intervalo de 10 dias entre as aplicações. Respeitar o período de carência, as distâncias de bordadura entre a cultura tratada e as áreas adjacentes e os tamanhos de gota recomendados (vide modo de aplicação).

Arroz

Iniciar as aplicações no início da infestação da praga, em aplicação única, respeitando-se o período de carência, as distâncias de bordadura entre a cultura tratada e as áreas adjacentes e os tamanhos de gota recomendados (vide modo de aplicação).

Batata

Iniciar as aplicações no início da infestação das pragas e repetir sempre que houver necessidade, não ultrapassando o máximo de aplicações recomendados e respeitando o intervalo de 10 dias entre as aplicações. Respeitar o período de carência, as distâncias de bordadura entre a cultura tratada e as áreas adjacentes e os tamanhos de gota recomendados (vide modo de aplicação).

Cana-de-açúcar

Iniciar as aplicações foliares (base da touceira), em aplicação única, seguindo um ângulo de aplicação preferencialmente na proporção 70:30 (palhada: base da touceira) no início da infestação da praga, respeitando o período de carência, as distâncias de bordadura entre a cultura tratada e as áreas adjacentes e os tamanhos de gota recomendados (vide modo de aplicação).

Feijão

Iniciar as aplicações no início da infestação das pragas e repetir sempre que houver necessidade, não ultrapassando o máximo de aplicações recomendados e respeitando o intervalo de 10 dias entre as aplicações. Respeitar o período de carência, as distâncias de bordadura entre a cultura tratada e as áreas adjacentes e os tamanhos de gota recomendados (vide modo de aplicação).

Soja
Para o controle de percevejos iniciar a aplicação quando forem atingidos os níveis de 2 (dois) percevejos adultos ou ninfas (a partir do terceiro instar) por pano-de-batida (em 1 m de fileira) para lavouras de grãos e 1 (um) percevejo por pano-de-batida para campos de produção de sementes. Inspecionar periodicamente a lavoura com batida de pano após o estádio de florescimento.
Para o controle de mosca branca, iniciar as aplicações foliares no início da infestação da praga. Caso seja necessário, devido à reinfestação da praga, realizar no máximo 3 aplicações com intervalo de 10 dias entre elas, respeitando-se o período de carência, as distâncias de bordadura entre a cultura tratada e as áreas adjacentes e os tamanhos de gota recomendados (vide modo de aplicação).

MODO DE APLICAÇÃO

Preparo da calda

Oresponsável pela preparação da calda deve usar Equipamento de Proteção Individual (EPI) indicado para esse fim. Colocar água limpa no tanque do pulverizador (pelo menos 3/4 de sua capacidade) ou de tal forma que atinja a altura do agitador (ou retorno) e, com a agitação acionada, adicionar a quantidade recomendada do produto. Também manter a calda sob agitação constante durante a pulverização. A aplicação deve ser realizada no mesmo dia da preparação da calda. Informações sobre os equipamentos de aplicação a serem usados:

APLICAÇÃO TERRESTRE

Seguir as recomendações abaixo para uma correta aplicação:
- Equipamento de aplicação: Utilizar equipamento de pulverização provido de barras apropriadas. Ao aplicar o produto, seguir sempre as recomendações da bula. Proceder a regulagem do equipamento de aplicação para assegurar uma distribuição uniforme da calda e boa cobertura do alvo desejado. Evitar a sobreposição ou falha entre as faixas de aplicação utilizando tecnologia apropriada.

- Seleção de pontas de pulverização: A seleção correta da ponta é um dos parâmetros mais importantes para boa cobertura do alvo e redução da deriva. Pontas que produzem gotas finas apresentam maior risco de deriva e de perdas por evaporação (vide CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS). Dentro deste critério, usar pontas que possibilitem boa cobertura das plantas hospedeiras das pragas-alvo e que produzam gotas médias (=236 a 340 µm). Em caso de dúvida quanto à seleção das pontas, pressão de trabalho e tamanho de gotas gerado, consultar a recomendação do fabricante da ponta (bico).

- Velocidade do equipamento: Selecionar uma velocidade adequada às condições do terreno, do equipamento e da cultura. Observar o volume de aplicação e a pressão de trabalho desejada. A aplicação efetuada em velocidades mais baixas, geralmente resulta em uma melhor cobertura e deposição da calda na área alvo.

- Pressão de trabalho: Observar sempre a recomendação do fabricante e trabalhar dentro da pressão recomendada para a ponta, considerando o volume de aplicação e o tamanho de gota desejado. Para muitos tipos de pontas, menores pressões de trabalho produzem gotas maiores. Quando for necessário elevar o volume de aplicação, optar por pontas que permitam maior vazão (maior orifício) ao invés do aumento da pressão de trabalho. Caso o equipamento possua sistema de controle de aplicação, assegurar que os parâmetros de aplicação atendam a recomendação de uso.

- Altura de barras de pulverização: A barra deverá estar posicionada em distância adequada do alvo, conforme recomendação do fabricante do equipamento e pontas, de acordo com o ângulo de abertura do jato. Quanto maior a distância entre a barra de pulverização e o alvo a ser atingido, maior a exposição das gotas às condições ambientais adversas, acarretando perdas por evaporação e transporte pelo vento.

Aplicação com equipamento costal: para aplicações costais, manter constante a velocidade de trabalho e altura da lança, evitando variações no padrão de deposição da calda nos alvos, bem como a sobreposição entre as faixas de aplicação. Respeitar as distâncias de bordadura entre a cultura tratada e as áreas adjacentes, observando as recomendações da tabela abaixo:

Cultura: Amendoim, arroz, feijão, soja
Aplicação terrestre (distância de bordadura): 6 metros

Cultura: Batata
Aplicação terrestre (distância de bordadura): 5 metros

Cultura: Cana-de-açúcar
Aplicação terrestre (distância de bordadura): 20 metros

APLICAÇÃO AÉREA

É recomendado a APLICAÇÂO AÉREA desse produto para a cultura da soja, seguindo as seguintes recomendações:

- Equipamento de aplicação: Utilizar aeronaves providas de barras apropriadas. Ao aplicar o produto, seguir sempre as recomendações da bula. Proceder a regulagem do equipamento de aplicação para assegurar uma distribuição uniforme da calda e boa cobertura do alvo desejado. Evitar a sobreposição ou falha entre as faixas de aplicação utilizando tecnologia apropriada.

- Volume de calda por hectare (taxa de aplicação): Recomenda-se o volume de calda entre 30 a 50 L/ha ou 10 a 30 L/ha, quando utilizados bicos centrífugos (atomizadores rotativos)

- Seleção de pontas de pulverização: A seleção correta da ponta é um dos parâmetros mais importantes para boa cobertura do alvo e redução da deriva. Pontas que produzem gotas finas apresentam maior risco de deriva e de perdas por evaporação. Dentro deste critério, usar pontas que possibilitem cobertura adequada das plantas hospedeiras e produzam gotas médias (=236 a 340 µm). Bicos centrífugos produzem gotas menores, podendo favorecer as perdas por evaporação e/ou deriva das gotas (vide CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS). Em caso de dúvida quanto à seleção das pontas, pressão de trabalho e tamanho de gotas gerado, consultar a recomendação do fabricante da ponta (bico). Quando for necessário elevar o volume de aplicação, optar por pontas que permitam maior vazão (maior orifício) ao invés do aumento da pressão de trabalho.

- Altura de voo e faixa de aplicação: Altura de voo deverá ser de 3 a 6 metros do alvo a ser atingido, atentando à segurança da operação e à cobertura adequada do alvo. Evitar a sobreposição ou falha entre as faixas de aplicação utilizando tecnologia apropriada. O uso de marcadores humanos de faixa não é recomendado, pois trata-se de situação potencialmente perigosa devido à exposição direta destes marcadores aos agroquímicos. Atentar à legislação vigente quanto às faixas de segurança, distância de áreas urbanas e de preservação ambiental. A aplicação deve ser interrompida, imediatamente, caso qualquer pessoa, área, vegetação, animais ou propriedades não envolvidos na operação sejam expostos ao produto. O aplicador do produto deve considerar todos estes fatores para uma adequada utilização, evitando atingir áreas não alvo. Todos os equipamentos de aplicação devem ser corretamente calibrados e o responsável pela aplicação deve estar familiarizado com todos os fatores que interferem na ocorrência da deriva, minimizando assim o risco de contaminação de áreas adjacentes. Respeitar as distâncias de bordadura entre a cultura tratada e as áreas adjacentes, observando as recomendações da tabela abaixo:

Cultura: Soja
Aplicação Área (distância de bordadura): 100 metros

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

- Velocidade do vento: A velocidade do vento adequada para pulverização deve estar entre 05 e 10 Km/h dependendo da configuração do sistema de aplicação. A ausência de vento pode indicar situação de inversão térmica, que deve ser evitada. A topografia do terreno pode influenciar os padrões de vento e o aplicador deve estar familiarizado com estes padrões. Ventos e rajadas acima destas velocidades favorecem a deriva e contaminação das áreas adjacentes. Deixar uma faixa de bordadura adequada para aplicação quando houver culturas sensíveis na direção do vento.

- Temperatura e umidade: Aplicar apenas em condições ambientais favoráveis. Baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas aumentam o risco de evaporação da calda de pulverização, reduzindo a eficácia do produto e aumentando o potencial de deriva. Evitar aplicações em condições de baixa umidade relativa do ar (menores que 60%) e altas temperaturas (maiores que 30ºC). Não aplicar o produto em temperaturas muito baixas ou com previsão de geadas.

- Período de chuvas: A ocorrência de chuvas dentro de um período de quatro (4) horas após a aplicação pode afetar o desempenho do produto. Não aplicar logo após a ocorrência de chuva ou em condições de orvalho. As condições de aplicação poderão ser alteradas a critério do engenheiro agrônomo da região. O potencial de deriva é determinado pela interação de fatores relativos ao equipamento de pulverização e ao clima (velocidade do vento, umidade e temperatura). Adotar práticas que reduzam a deriva é responsabilidade do aplicador.

LIMPEZA DE TANQUE

Logo após o uso, limpar completamente o equipamento de aplicação (tanque, barra, pontas e filtros) realizando a tríplice lavagem antes de utilizá-lo na aplicação de outros produtos / culturas. Recomenda-se a limpeza de todo o sistema de pulverização após cada dia de trabalho, observando as recomendações abaixo:
Antes da primeira lavagem, assegurar-se de esgotar ao máximo a calda presente no tanque. Lavar com água limpa, circulando a água por todo o sistema e deixando esgotar pela barra através das pontas utilizadas.
A quantidade de água deve ser a mínima necessária para permitir o correto funcionamento da bomba, agitadores e retornos/aspersores internos do tanque.
Para pulverizadores terrestres, a água de enxague deve ser descartada na própria área aplicada. Para aeronaves, efetuar a limpeza e descarte em local adequado.
Encher novamente o tanque com água limpa e manter o sistema de agitação acionado por no mínimo 15 minutos.
Proceder o esgotamento do conteúdo do tanque pela barra pulverizadora à pressão de trabalho.
Retirar as pontas, filtros, capas e filtros de linha quando existentes e colocá-los em recipiente com água limpa.
Realizar a terceira lavagem com água limpa e deixando esgotar pela barra.
Todas as condições descritas acima para aplicações terrestres e aéreas poderão ser alteradas a critério do Engenheiro Agrônomo da região, observando-se as indicações de bula. Observar também as orientações técnicas dos programas de manejo integrado e de resistência de pragas.

INTERVALO DE SEGURANÇA

Amendoim, feijão: 15 dias
Arroz: 14 dias
Batata: 3 dias
Cana-de-açúcar: 189 dias
Soja: 21 dias

INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS

Recomenda-se aguardar 24 horas para reentrada na lavoura ou após a secagem completa da calda. Caso haja necessidade de entrar na área tratada antes da secagem total da calda aplicada, utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) indicados para uso durante a aplicação.

LIMITAÇÕES DE USO

• O uso dos produtos está restrito aos indicados no rótulo e bula.
• Quando este produto for utilizado nas doses recomendadas, não causará danos às culturas indicadas.
• Não aplicar em presença de ventos fortes. Não misturar com produtos de reação fortemente alcalina bem como com qualquer outro agrotóxico.

De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.

De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.

Incluir outros métodos de controle de pragas (ex. controle cultural, biológico, etc.) dentro do programa do Manejo Integrado de Pragas (MIP) quando disponíveis e apropriados.

GRUPO 3A INSETICIDA
GRUPO 4A INSETICIDA

A resistência de pragas a agrotóxicos ou qualquer outro agente de controle pode tornar-se um problema econômico, ou seja, fracassos no controle da praga podem ser observados devido à resistência. O inseticida Entigris® pertence ao grupo 3A dos moduladores de canais de sódio e ao grupo 4ª dos moduladores competitivos de receptores nicotínicos de aceticolina e o uso repetido destes inseticidas ou de outros produtos dos mesmos grupos podem aumentar o risco de desenvolvimento de populações resistentes em algumas culturas. Para manter a eficácia e longevidade do Entigris® como uma ferramenta útil de manejo de pragas agrícolas, é necessário adotar as seguintes estratégias que podem prevenir, retardar ou reverter a evolução da resistência. Seguir as práticas de manejo a inseticidas, tais como:
• Rotacionar produtos com mecanismo de ação distinto dos Grupos 3A e 4A. Sempre rotacionar com produtos de mecanismo de ação efetivos para a praga alvo.
• Usar Entigris® ou outro produto do mesmo grupo químico somente dentro de um “intervalo de aplicação” (janelas) de cerca de 30 dias.
• Aplicações sucessivas de Entigris® podem ser feitas desde que o período residual total do “intervalo de aplicações” não exceda o período de uma geração da praga-alvo.
• Seguir as recomendações de bula quanto ao número máximo de aplicações permitidas. No caso específico do Entigris®, o período total de exposição (número de dias) a inseticidas dos grupos químicos dos Piretroides e Piretrinas assim como dos Neonicotinoides não devem exceder 50% do ciclo da cultura ou 50% do número total de aplicações recomendadas na bula.
• Respeitar o intervalo de aplicação para a reutilização do Entigris® ou outros produtos dos Grupos 3A e 4A quando for necessário;
• Sempre que possível, realizar as aplicações direcionadas às fases mais suscetíveis das pragas a serem controladas;
• Adotar outras táticas de controle, previstas no Manejo Integrado de Pragas (MIP) como rotação de culturas, controle biológico, controle por comportamento etc., sempre que disponível e apropriado;
• Utilizar as recomendações e da modalidade de aplicação de acordo com a bula do produto;
• Sempre consultar um Engenheiro Agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo de resistência e para a orientação técnica na aplicação de inseticidas;
• Informações sobre possíveis casos de resistência em insetos e ácaros devem ser encaminhados para o IRAC-BR (www.irac-br.org.br), ou para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (www.agricultura.gov.br).

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