Dipel
Geral | ||
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Nome Técnico:
Bacillus thuringiensis, var. Kurstaki, linhagem HD-1
Registro MAPA:
291
Empresa Registrante:
Sumitomo Chemical do Brasil Rep. Ltda |
Composição | ||
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Ingrediente Ativo | Concentração | |
Bacillus thuringiensis var. kurstaki cepa HD-1 | 33,6 g/L |
Classificação | ||
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Técnica de Aplicação:
Terrestre/Aérea
Classe Agronômica:
Inseticida biológico
Toxicológica:
Não Classificado
Ambiental:
IV - Produto pouco perigoso ao meio ambiente
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Suspensão Concentrada (SC)
Modo de Ação:
Ingestão |
Indicações de Uso
Frascos plásticos de 1,0 L. Bombonas plásticas de 5,0 e 10 L.
INSTRUÇÕES DE USO
DIPEL é um inseticida biológico que atua por ingestão, causando ruptura na membrana do sistema digestivo (mesêntero) das larvas (lagartas) de lepidópteros. Após a ingestão de DIPEL, as larvas cessam a atividade de alimentação em algumas horas, interrompendo os danos na cultura. Devido à ação por ingestão, é de fundamental importância que a tecnologia de aplicação permita uma boa cobertura das plantas.
NÚMERO, ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO
Para uma maior eficiência no controle de pragas com DIPEL, deve-se sincronizar a aplicação com o momento de máxima atividade e suscetibilidade das lagartas, o qual ocorre nos primeiros estágios larvais (primeiro ao terceiro instares). Deve-se efetuar constante monitoramento de pragas na lavoura, iniciando as aplicações quando se atinjam os níveis de controle para cada alvo nas culturas recomendadas. Duas aplicações sequenciais com intervalo de 7 dias proporcionam melhores resultados de controle. Recomenda-se a adição de adjuvante à calda de pulverização.
A paralisação da alimentação das larvas ocorre algumas horas após a ingestão do DIPEL. No entanto, a morte das larvas ocorre entre 24 a 48 horas após a ingestão de DIPEL. Desse modo, as avaliações de controle devem ser feitas 48 horas após aplicação do produto.
Novas aplicações são recomendadas em caso de reinfestação de lagartas em intervalos suficientes que permitam um controle adequado da praga, dependendo do nível de dano econômico, desenvolvimento da cultura, condições climáticas e postura de ovos. O número de aplicações por ciclo da cultura deve respeitar os preceitos do Manejo Integrado de Pragas (MIP) e do Manejo da Resistência a Inseticidas Bts preconizados pelo Comitê de Ação à Resistência a Inseticidas (IRAC-BR; https://www.irac-br.org/). Deve-se observar a rotação de modos de ação de inseticidas para reduzir o risco do surgimento de pragas resistentes. DIPEL pode ser aplicado em culturas transgênicas Bts, mas não deve ser aplicado nas áreas de refúgio.
MODO DE APLICAÇÃO
A performance de DIPEL no controle de lagartas está relacionada a qualidade da aplicação do produto, a qual deve proporcionar distribuição uniforme sobre as folhas, principal fonte de alimento das lagartas.
DIPEL pode ser aplicado com aeronave agrícola, turbo atomizador, pulverizador tratorizado de barra ou costal manual.
Preparo da Calda: Para o preparo da calda, inicialmente diluir a quantidade necessária do DIPEL em um tanque auxiliar contendo água limpa. Em seguida, encher o reservatório do pulverizador até a metade da capacidade do tanque. Adicionar a solução preparada ao tanque do pulverizador e completar com água limpa, mantendo o agitador do pulverizador em funcionamento. Aplicar a calda imediatamente após o preparo. Adjuvantes (óleo mineral, espalhantes adesivos não-iônicos ou siliconados) podem ser adicionados à calda para melhorar a ação do produto. Neste caso, estes deverão ser adicionados à calda somente após a adição de DIPEL. O pH ideal da calda para a aplicação de DIPEL é entre 4,5 a 8,0.
Pulverização Terrestre: Aplicar DIPEL com turbo atomizador, pulverizador tratorizado de barra ou costal manual, utilizando bicos que produzam gotas de diâmetro adequado. É importante que se consiga boa cobertura de toda a planta. Dessa forma, a escolha do volume de aplicação deve considerar a cultura e volume de copa. Em geral, recomenda-se aplicar entre 150 a 400 L/ha em culturas anuais e entre 400 a 2500 L/ha em culturas perenes e semiperenes. O sistema de agitação do produto no interior do tanque deve ser mantido em funcionamento durante toda a aplicação. Não sobrepor as faixas de aplicação.
Pulverização Aérea: DIPEL deve ser aplicado com um volume de calda de 20 a 40 L/ha. Para um volume de aplicação de 20 L/ha, aplicar através de aeronaves agrícolas dotadas de barra com bicos tipo cônico ou com bicos rotativos. A altura de voo, largura da faixa de deposição efetiva e volume de calda deve ser de acordo com o bico utilizado. Não sobrepor as faixas de aplicação.
Condições Climáticas: Devem ser respeitadas condições de velocidade do vento de 3 a 15 km/h, temperatura inferior a 30ºC e umidade relativa superior a 55%, visando reduzir ao máximo as perdas por deriva e evaporação. Não realizar aplicações em condições de inversão térmica e de correntes ascendentes. Não aplicar se houver rajadas de vento ou em condições sem vento.
CUIDADOS NA LIMPEZA DO PULVERIZADOR
Antes de aplicar DIPEL, verifique se todo o equipamento de aplicação está limpo e bem cuidado.
O tanque de pulverização, bem como as mangueiras, filtros e bicos devem ser limpos para garantir que nenhum resíduo de produto de pulverização anterior permaneça no pulverizador.
Antes de aplicar DIPEL, o pulverizador deve ser limpo de acordo com as instruções do fabricante do último produto utilizado.
INTERVALO DE SEGURANÇA
Não determinado.
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes deste período, utilize os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) recomendados para o uso durante a aplicação.
LIMITAÇÕES DE USO
Fitotoxicidade: DIPEL não é fitotóxico às culturas nas doses recomendadas.
Incompatibilidade: DIPEL não deve ser misturado com substâncias extremamente alcalinas ou ácidas, como Cal, Calda Bordalesa ou fertilizantes líquidos, ou em mistura com nutrientes foliares, herbicidas ou fungicidas que alterem o pH da calda fora da faixa de 4,5 a 8,0.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.
Recomenda-se, de maneira geral, o manejo integrado de pragas, envolvendo todos os princípios e medidas disponíveis e viáveis de controle, como o controle cultural, controle biológico (predadores e parasitóides), controle microbiano, controle por comportamento, variedades resistentes e controle químico, sempre alternando produtos de diferentes grupos químicos com mecanismo de ação distinto.
A resistência de pragas a agrotóxicos ou qualquer outro agente de controle pode tornarse um problema econômico, resultando em falhas de controle da praga. O uso repetido de DIPEL ou de outro produto do mesmo grupo (Disruptores Microbianos da Membrana do Mesêntero) pode aumentar o risco de desenvolvimento de populações resistentes. Para manter a eficácia e longevidade do DIPEL como uma ferramenta útil de manejo de pragas agrícolas, é necessário seguir as seguintes estratégias que podem prevenir, retardar ou reverter a evolução da resistência:
• Rotacionar produtos com mecanismo de ação distintos. Sempre rotacionar com produtos de mecanismo de ação efetivos para a praga alvo.
• Respeitar as doses recomendadas e o número máximo de aplicações contidos na bula ou rótulo de cada inseticida.
• Priorizar inseticidas seletivos para a preservação de inimigos naturais, os quais irão contribuir no controle dos insetos remanescentes.
• Aplicações sucessivas de DIPEL podem ser feitas desde que o intervalo das aplicações não exceda o período de uma geração da praga-alvo.
• Respeitar o intervalo de aplicação para a reutilização do DIPEL ou outros produtos quando for necessário.
• Sempre que possível, realizar as aplicações direcionadas às fases mais suscetíveis das pragas a serem controladas.
• Adotar outras táticas de controle, previstas no Manejo Integrado de Pragas (MIP) como rotação de culturas, controle biológico, controle por comportamento etc., sempre que disponível e apropriado.
• Sempre consultar um Engenheiro Agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo de resistência e para a orientação técnica na aplicação de inseticidas.
• Informações sobre possíveis casos de resistência em insetos e ácaros devem ser encaminhados para o IRAC-BR (www.irac-br.org.br), ou para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (www.agricultura.gov.br).