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O que pode impulsionar o preço do trigo?

A recomendação para os moinhos é aproveitar as baixas no mercado futuro da CBOT



Há fatores que também podem atuar como pressão de baixa Há fatores que também podem atuar como pressão de baixa - Foto: Canva

De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo apresenta uma série de fatores que influenciam a oferta e os preços tanto no cenário internacional quanto no Brasil. No cenário global, a disponibilidade de trigo supera a demanda, com safras de países como Argentina, Austrália, França, Romênia e Bulgária já totalmente disponíveis. No entanto, as tensões econômicas e políticas indicam um dólar fortalecido, o que dificulta as exportações dos Estados Unidos e aumenta os estoques internos, pressionando as cotações da CBOT. A previsão é que o impacto das dificuldades enfrentadas por Rússia e Ucrânia só seja refletido pelo mercado a partir de abril de 2025, quando é esperado um aumento nos preços internacionais.

Com base nesse cenário, a recomendação para os moinhos é aproveitar as baixas no mercado futuro da CBOT, especialmente nas cotações próximas ao suporte de US$ 530 por tonelada, o que pode resultar em uma redução nos custos de matéria-prima no futuro. A estimativa é de que essa estratégia possa atingir um preço mínimo de R$ 159,50 por tonelada, ou cerca de R$ 4,00 por saca de farinha. A consultoria também destaca que, no Brasil, a menor oferta de trigo nesta safra pode levar a um aumento nos preços domésticos a partir de fevereiro, especialmente com a necessidade de importações mais caras.

Entretanto, há fatores que também podem atuar como pressão de baixa. A valorização do dólar torna o trigo americano menos competitivo, o que favorece importações de outros países produtores como França, Bulgária, Romênia, Austrália e Argentina. Além disso, a queda nas exportações dos Estados Unidos, conforme o relatório semanal do USDA, que apontou uma diminuição de 77% nas vendas, e o clima mais favorável para a produção de trigo no país, com menos áreas afetadas pela seca, contribuem para uma expectativa de aumento nos estoques e pressão sobre os preços. A boa safra de trigo na Argentina também impacta o mercado, com a colheita já avançando para 94,7% da área plantada e uma estimativa de produção de 18,6 milhões de toneladas.
 

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