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Déficit hídrico limita recuperação das pastagens

RS registra baixa umidade do solo em abril



Foto: Canva

A recuperação das pastagens no Rio Grande do Sul segue comprometida, apesar das chuvas registradas nas últimas semanas. É o que aponta o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (3) pela Emater/RS-Ascar. Segundo o boletim, as forragens cultivadas e os campos nativos ainda apresentam limitações no desenvolvimento, em razão do déficit hídrico acumulado nos meses anteriores.

"A umidade do solo ainda é insuficiente para garantir o pleno desenvolvimento das forrageiras", afirma a Emater. Em algumas regiões, o rebrote das pastagens foi estimulado pelas chuvas recentes e pelas temperaturas mais amenas, mas o avanço das plantas para a fase reprodutiva tem reduzido seu valor nutritivo.

Na regional de Bagé, a recuperação do campo nativo tem sido observada, embora as plantas já comecem a perder qualidade. Em Erechim, os técnicos registram forragens mais fibrosas, o que reduz o aproveitamento pelos animais. Em Frederico Westphalen, os produtores recorreram ao uso de ureia e dejetos de suínos para estimular o crescimento das pastagens e já planejam a produção de silagem para o inverno.

Na regional de Caxias do Sul, a irregularidade das chuvas e o déficit hídrico impactaram negativamente a produtividade das lavouras e o rebrote das forragens. Em Passo Fundo, a escassez de chuvas tem atrasado o plantio e a germinação das espécies de inverno, o que acende o alerta para o prolongamento do chamado “vazio forrageiro”.

Já em Pelotas, os agricultores avançam com a colheita de silagem e o plantio das pastagens de inverno, mesmo com a baixa umidade do solo e o custo elevado dos insumos. A possibilidade de escassez de forragem no fim do outono preocupa. Na região de Porto Alegre, a combinação de calor e umidade adequada no solo favorece o desempenho das pastagens, inclusive em áreas mais arenosas e de maior altitude.

Em Santa Maria, a alternância entre sol e chuva contribuiu para o rebrote dos pastos, mas o campo nativo já mostra sinais de fibrosidade. As pastagens de verão estão em fim de ciclo. Em Santa Rosa, o crescimento das forrageiras foi estimulado pelas chuvas, com preparativos para o cultivo de inverno. Na regional de Soledade, a melhora das pastagens perenes e anuais de verão garantiu maior estabilidade na oferta de alimento para os rebanhos.

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