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Essas são as preocupações do mercado da soja

Perda de qualidade da soja no Paraná é o que preocupa o produtor



A safra de soja 2024/2025 em Santa Catarina deve crescer 12,2% A safra de soja 2024/2025 em Santa Catarina deve crescer 12,2% - Foto: Leonardo Gottems

Temperaturas extremas e estiagem seguem sendo o principal desafio do mercado da soja do estado do Rio Grande do Sul, segundo informações da TF Agroeconômica. “Preços no porto: Não há indicações. No interior, os preços seguem o balizamento de cada praça: R$ 134,00 em Cruz Alta (pagamento em 17/02 - para fábrica), R$ 134,00 em Passo Fundo (pagamento no fim de fevereiro), R$ 134,00 em Ijuí (pagamento em 17/02 - para fábrica), e R$ 134,00 em Santa Rosa/São Luiz (pagamento no fim de fevereiro). Os preços de pedra em Panambi mantiveram-se em R$ 126,00 por saca para o produtor”, comenta.

A safra de soja 2024/2025 em Santa Catarina deve crescer 12,2%, com 768,6 mil hectares plantados e produtividade média de 3.771 kg/ha, totalizando 2,91 milhões de toneladas. Apesar disso, as exportações caíram 5,7% em volume e 23% em receita, devido à queda nos preços internacionais, que atingiram o menor nível em quatro anos. O mercado segue pressionado pela alta oferta e volatilidade dos preços. No porto de São Francisco, os valores variam de R$ 132,29/t em fevereiro a R$ 141,00/t em junho.

Perda de qualidade da soja no Paraná é o que preocupa o produtor. “Para entregas no Porto de Paranaguá, os compradores indicavam ideia de R$ 134,00 para entrega em janeiro 31/01 e pagamento 28/02. No spot da soja em Ponta Grossa, os preços foram a 124,50 por saca CIF, mas a liquidez foi baixa, com compradores afastados e vendedores sem grãos. Em Maringá, no disponível, as indicações chegaram a R$ 123,16 por saca FOB, para retirada imediata e pagamento em janeiro, mas sem negócios reportados”, completa.

Sem mudanças de panorama, situação segue complicada no Mato Grosso do Sul. “A produção esperada é de 14,932 milhões de toneladas, 14,3% maior do que na safra anterior, com um rendimento médio de 3.450 kg/ha, frente aos 3.060 kg/ha colhidos em 2023/24. Em Dourados, o spot da soja ficou em 116,03, Campo Grande a 116,03, Maracaju a 116,03, Chapadão do Sul a 115,21 e Sidrolândia a 116,03”, indica.

O custo de produção da soja em Mato Grosso segue em alta, com custeio estimado em R$ 4.004,99/ha para a safra 2025/2026, um aumento de 3,92% desde novembro de 2024, segundo o Imea. A alta foi puxada pelos insumos, como sementes (+6,58%), fertilizantes (+5,07%) e defensivos (+2,08%). O Custo Operacional Efetivo (COE) subiu 2,95%, chegando a R$ 5.582,04/ha. O Ponto de Equilíbrio foi calculado em R$ 96,29/saca, e apesar do preço da soja ter ficado 11,31% acima desse valor até dezembro, a recente desvalorização preocupa os produtores. Em Mato Grosso, os preços variam entre R$ 108,57 e R$ 117,49 por saca.
 

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