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Minas Gerais tem mais de 32 mil agroindústrias familiares, aponta levantamento

O relatório também destaca as regiões de maior concentração de agroindústrias no MG


Foto: Pixabay

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) divulgou um novo levantamento que detalha a presença das agroindústrias familiares no estado. Foram identificadas 32.615 unidades de processamento distribuídas por 737 municípios mineiros, revelando a força da produção familiar na economia regional.  As informações foram divulgada pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais. 

O relatório mostra que as agroindústrias familiares de Minas Gerais produziram mais de 148 mil toneladas de alimentos em 2023. Dentre essas unidades, 98,1% são de gestão individual, pertencendo a uma única família. Esses dados fazem parte do sistema eletrônico Safra Agroindústria, desenvolvido pela Emater-MG, que permite a coleta e inserção anual de informações sobre a produção de alimentos em municípios mineiros por técnicos locais.

As agroindústrias familiares no estado estão divididas em 12 categorias: carnes, frutas, cana-de-açúcar, mandioca, milho, mel, quitandas, hortaliças e condimentos, leite, queijos artesanais, café e ovos. Essas unidades realizam uma variedade de processos de beneficiamento e transformação para a comercialização regular. Contudo, agroindústrias que lidam com carne, pescado e derivados precisam atender a exigências específicas, como o abate em frigoríficos apropriados.

Entre as categorias de maior destaque estão as agroindústrias de produtos derivados do leite, com 11.332 unidades, sendo 7.776 delas voltadas especificamente para a produção de queijos artesanais. Entre os tipos de queijo produzidos, destacam-se o Queijo Minas Artesanal, Requeijão Moreno, Queijo Cabacinha, além de queijos artesanais de Alagoa, Mantiqueira de Minas, Serra Geral, e Vale do Suaçuí. O grupo também inclui iogurtes, manteiga, doce de leite e outros derivados de leite de vaca, cabra, ovelha e búfala.

Na sequência, estão as agroindústrias de mandioca, que somam 5.647 unidades dedicadas à produção de beiju, farinha, polvilho azedo e polvilho doce. Em terceiro lugar estão as agroindústrias de cana-de-açúcar, com 3.696 estabelecimentos focados na produção de cachaça, rapadura, açúcar mascavo, melado e rapadurinha.

Outras categorias importantes em termos de número de unidades incluem quitandas (2.568), ovos (2.320), mel (2.144), hortaliças e condimentos (1.650), frutas (1.449), café (763), milho (603) e carne (443).

O relatório também destaca as regiões de maior concentração de agroindústrias no estado. A região de Salinas, no Norte de Minas, é conhecida pela expressiva produção de derivados de cana-de-açúcar, especialmente cachaça. Já as agroindústrias de leite e derivados estão distribuídas por todo o estado, com concentrações mais significativas em Guaxupé, Ipatinga e São João del-Rei, onde alguns municípios contam com mais de 70 agroindústrias. No Sudoeste de Minas, as áreas de Alfenas e Guaxupé concentram as agroindústrias de café, que atuam na torra e moagem de grãos, além da produção de cafés em cápsula.

Para fomentar a comercialização dos produtos da agricultura familiar, a Emater-MG lançou no final de 2023 a plataforma de vendas online ÉdoCampo, que reúne a produção de 76 agricultores mineiros, oferecendo cerca de 470 itens variados que podem ser entregues diretamente ao consumidor. O site faz parte do Programa de Apoio à Comercialização Eletrônica de Produtos e Serviços da Agricultura Familiar, desenvolvido para ampliar as vendas dos produtores familiares com o uso das tecnologias do comércio digital. 

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