Tarifas mexem com soja e milho na semana
O Fórum Agrícola do USDA, realizado na semana passada, trouxe projeções

Na última semana, as cotações da soja em Chicago recuaram 3%, fechando a US$ 10,25 por bushel, devido a preocupações com tarifas. No Brasil, os trabalhos de campo avançam rapidamente, com mais da metade da safra já colhida. A StoneX estima uma produção recorde de 168,3 milhões de toneladas, embora tenha revisado para baixo a previsão de fevereiro. Na Argentina, o clima mais favorável resultou em uma recuperação das lavouras, com a Bolsa de Buenos Aires mantendo sua estimativa de 49,6 milhões de toneladas.
O Fórum Agrícola do USDA, realizado na semana passada, trouxe projeções para a safra 2025/26 dos EUA, com uma redução na área plantada de soja para 34 milhões de hectares, devido aos preços mais baixos em comparação a outras culturas. A produção deve se manter estável, com 118,9 milhões de toneladas previstas, enquanto os estoques finais podem cair para 8,7 milhões de toneladas, com uma relação estoque/uso de 7,2%.
“Além das novidades da safra na América do Sul, o mercado também seguiu acompanhando o Fórum Agrícola do USDA, que aconteceu na semana passada e trouxe as primeiras perspectivas do departamento para a safra 2025/26 dos EUA. Conforme antecipado pelo mercado, a autarquia apresentou uma perspectiva de queda na área semeada de soja, em vista dos preços mais baixos em comparação a outras culturas”, comenta.
No mercado de milho, o vencimento de maio/25 recuou 7%, fechando a US$ 4,6950 por bushel. O anúncio de tarifas mais altas pelo presidente Donald Trump sobre China, Canadá e México afetou o mercado. Além disso, as boas perspectivas para a safra sul-americana, especialmente no Brasil, e a expectativa de um aumento na área plantada de milho nos EUA, pressionaram os preços.