Confinamentos iniciam fase estratégica com custos altos
Outro ponto de atenção é o milho

Segundo dados da StoneX, o segundo semestre de 2025 se inicia com uma conjuntura estratégica para os confinamentos bovinos no Brasil. O destaque fica para o Mato Grosso, onde os preços continuam mais elevados que os de São Paulo, refletindo um mercado aquecido no estado líder em abates. A arroba em Rondonópolis fechou a semana a R$ 335, enquanto em São Paulo o valor ficou em R$ 324. Já os contratos futuros para outubro/25, que começaram a semana cotados a R$ 352/@, recuaram levemente para R$ 349/@ na sexta-feira.
Apesar dessa pequena oscilação nos contratos futuros, o cenário permanece otimista para os próximos meses. Isso se dá, em parte, pelo início do período mais relevante do ano para os confinadores, quando a definição de margens se torna essencial. Com a retenção de matrizes e a virada de ciclo da pecuária, os preços dos bezerros seguem em alta, impactando diretamente a decisão de compra para a engorda.
Outro ponto de atenção é o milho, que atingiu patamares elevados em todo o país. Em São Paulo, a saca ultrapassou os R$ 90, enquanto nos demais estados o cereal já supera os R$ 70/sc. Esse movimento pressiona os custos de produção, exigindo planejamento estratégico para garantir a rentabilidade nos sistemas intensivos, que geralmente iniciam o ciclo de confinamento neste período do ano.
A combinação de arrobas valorizadas, insumos caros e perspectivas favoráveis para o consumo interno e exportações coloca os confinamentos diante de um momento crucial. A gestão eficiente dos custos, especialmente com alimentação e reposição de animais, será determinante para o sucesso na segunda metade do ano.