Brasil precisa avançar na gestão de riscos climáticos

A 8ª Reunião da Rede Zarc de Pesquisa teve início nesta terça-feira na sede da Embrapa em Brasília. O evento, que se estende até quinta-feira, reúne pesquisadores, gestores públicos e privados para discutir a gestão de risco climático na agricultura brasileira. As falas iniciais destacaram a necessidade de aprimorar os mecanismos de mitigação de perdas causadas por eventos climáticos adversos. As informações foram divulgadas pela Embrapa.

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, abriu o evento ressaltando o aumento na frequência de eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e excesso de chuvas. Segundo Massruhá, esse cenário exige um aprimoramento dos bancos de dados e das análises que fundamentam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). “O Zarc tem uma grande importância nas políticas públicas de gestão de risco. Logo que foi implantado no Proagro ele ajudou a reduzir 70% das perdas. Agora precisamos trabalhar melhor a série climática, aperfeiçoar nossos modelos e trabalhar a gestão de riscos”, disse a presidente da Embrapa.

Cláudio Filgueiras, chefe do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle de Crédito Rural do Banco Central, apresentou avanços na gestão de riscos durante o evento. Ele destacou novas medidas que serão adotadas no Proagro para melhorar o perfil de risco e reduzir inconsistências. Entre as novidades, está a diferenciação na cobertura conforme o risco contratado e a adequação dos valores da renda mínima de acordo com a área segurada, visando garantir a sustentabilidade do Proagro.

A programação da 8ª Reunião da Rede Zarc inclui transmissões ao vivo dos dois primeiros dias pelo canal da Embrapa no YouTube. As discussões no último dia serão focadas no trabalho de pesquisa da rede. O evento é organizado pela Embrapa com o apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária e do Banco Central. Para mais detalhes, confira a programação completa no site da Embrapa.