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Preços do milho sobem em Chicago

Índia muda rumo e impacta mercado global de milho


Foto: Divulgação

Segundo dados da análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), o mercado de milho viu um aumento nos preços na primeira semana de setembro. Em Chicago, o contrato para o primeiro mês de negociação fechou a quinta-feira (5) cotado a US$ 3,90 por bushel, alta em relação aos US$ 3,71 da semana anterior. A média de agosto foi de US$ 3,76, marcando uma queda de 5,5% em comparação com julho. Em termos anuais, a média de agosto de 2024 é significativamente menor do que os US$ 4,75 por bushel registrados em agosto de 2023, representando uma redução de um dólar por bushel em 12 meses.

Nos Estados Unidos, o milho se apresenta em 65% das lavouras em condições entre boas e excelentes, 23% em condições regulares e 12% em condições ruins a muito ruins, de acordo com os dados mais recentes.

Na Índia, uma mudança política está impactando o mercado global de milho. O país decidiu aumentar a produção de etanol à base de milho, transformando-se em importador líquido de milho pela primeira vez em décadas. Em janeiro, a Índia elevou o preço de aquisição do etanol feito de milho para incentivar a substituição do etanol de cana-de-açúcar. Como resultado, a demanda interna por milho cresceu, e os consumidores de ração pressionam o governo a eliminar impostos sobre importações e a retirar a proibição de milho geneticamente modificado.

Tradicionalmente, a Índia exportava entre 2 e 4 milhões de toneladas de milho, mas em 2024, as exportações deverão cair para 450.000 toneladas, enquanto o país deve importar um recorde de 1 milhão de toneladas, principalmente de Mianmar e Ucrânia, que cultivam milho não transgênico. A demanda interna aumentou devido ao uso crescente de milho nas destilarias de etanol, após a restrição ao uso de cana-de-açúcar como combustível devido a uma seca. A Índia pretende aumentar a participação do etanol na gasolina de 13% para 20% até 2025/26, o que exigirá mais de 10 bilhões de litros de etanol. No corrente ano, cerca de 3,5 milhões de toneladas de milho foram usadas para produzir 1,35 bilhão de litros de etanol, um aumento significativo em relação ao ano anterior.

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