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Tarifas dos EUA pressionam preços do café

Instabilidade tem afastado investidores de mercados



Foto: Pixabay

As recentes tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos sobre produtos agrícolas têm gerado incertezas no mercado global e afetado diretamente os preços do café, segundo análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Essa instabilidade tem afastado investidores de mercados considerados mais arriscados, o que influencia o câmbio e pressiona negativamente as cotações do grão nas Bolsas internacionais.

Além do cenário externo, a proximidade da colheita do café robusta no Brasil adiciona um fator extra de pressão sobre os preços. Nos primeiros sete dias de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, acumulou queda de R$ 360,59 por saca de 60 kg, o que representa um recuo de 7,7%. Com isso, o indicador iniciou a semana cotado a R$ 1.586,38 por saca – o menor patamar registrado desde 18 de novembro de 2024.

Apesar do impacto negativo nos preços no curto prazo, pesquisadores do Cepea avaliam que o novo cenário tarifário pode trazer vantagens competitivas para o Brasil no mercado de robusta. Isso porque o grão brasileiro passou a ser taxado em 10% para exportações aos EUA, enquanto países concorrentes como Vietnã e Indonésia enfrentam tarifas bem mais elevadas, de 46% e 32%, respectivamente.

Essa nova dinâmica pode favorecer a competitividade do café robusta brasileiro nos próximos meses, ainda que o mercado siga atento aos desdobramentos da política comercial norte-americana e ao ritmo da colheita nacional.

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