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Escassez de milho pressiona indústrias no Sul

No Paraná, a colheita da soja também mantém os produtores focados fora do milho



Em Santa Catarina, o mercado continua lento Em Santa Catarina, o mercado continua lento - Foto: AgResource

Segundo informações da TF Agroeconômica, o mercado de milho no Rio Grande do Sul segue sob forte pressão devido à escassez do grão e à limitação nas opções de fornecimento. Indústrias já cobriram suas demandas até maio e buscam agora garantir estoques para os meses seguintes, enfrentando preços elevados e pouca flexibilidade dos vendedores. 

Pequenos compradores, em especial, se encontram em desvantagem, sem alternativas imediatas de origem do produto. Estima-se que mais de 90% da safra de verão de 2025 já tenha sido comercializada no estado. Os preços variam entre R$ 73,00 e R$ 76,00 por saca no interior, com médias regionais de R$ 74,00 a R$ 76,00. Em Panambi, os preços da pedra recuaram para R$ 66,00/saca.

Em Santa Catarina, o mercado continua lento, com os produtores priorizando a colheita da soja. Há forte disparidade entre pedidas e ofertas: no Planalto Norte, vendedores pedem R$ 82,00 e compradores oferecem R$ 79,00; em Campos Novos, as pedidas chegam a R$ 85,00. A produtividade das lavouras surpreendeu positivamente, especialmente no Extremo-Oeste, onde, apesar da redução de 13% na área plantada, a produção cresceu 23% e atingiu o recorde de 9.717 kg/ha. No porto, os preços se mantêm entre R$ 72,00 e R$ 73,00 para entregas futuras.

No Paraná, a colheita da soja também mantém os produtores focados fora do milho. Nos Campos Gerais, a saca para entrega imediata gira em torno de R$ 76,00 FOB, podendo chegar a R$ 80,00 conforme a urgência. Para entrega em junho, os valores caem para R$ 73,00 CIF. Mais de 90% das áreas já foram colhidas, e mesmo com perdas pontuais por seca e calor, a segunda safra pode ser a maior dos últimos três anos, com 10,9 milhões de toneladas previstas.

Já no Mato Grosso do Sul, o mercado segue travado, com preços em queda. A saca é negociada entre R$ 67,00 e R$ 71,00, dependendo da região. A proximidade da colheita da segunda safra pressiona ainda mais os preços, que giram em torno de R$ 120,00 a R$ 122,00/saca. Com expectativa de produção recorde de 10,19 milhões de toneladas, o estado deve registrar crescimento de 20,6% na comparação com o ciclo anterior.
 

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