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SP intensifica combate ao Greening e apreende mais de 25 mil mudas irregulares

São Paulo aumenta esforços contra Greening


Foto: Canva

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) e sua Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), continua atuando intensamente no combate ao Greening, doença que representa uma ameaça à citricultura paulista. Entre os dias 2 e 4 de julho, engenheiros agrônomos e técnicos agropecuários estiveram nos municípios de Herculândia e Tupã. Durante essa ação, realizada em resposta a denúncias, foram apreendidas 25.040 mudas cítricas que estavam sendo produzidas e/ou comercializadas de forma irregular. As informações forma divulgadas pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA).

A operação, que contou com o apoio da Polícia Militar Ambiental, resultou na emissão de quatro autos de infração com base nas legislações vigentes de defesa sanitária vegetal, que visam coibir o comércio ambulante de mudas em São Paulo devido aos graves danos econômicos que essa prática causa às lavouras e pomares comerciais. Esta ação segue um esforço coordenado realizado no final de 2023, quando mais de nove mil mudas foram apreendidas na mesma região.

Como parte dos esforços contínuos do Governo do Estado de São Paulo para conter o avanço do Greening, a Defesa Agropecuária lançou em outubro um canal direto para que a população, especialmente os produtores rurais, possam denunciar pomares de citros abandonados ou mal manejados. A existência desses pomares, sem controle do psilídeo (Diaphorina citri) - vetor do Greening -, ou sem a erradicação de plantas contaminadas, é um grande problema para a citricultura, pois essas áreas funcionam como fontes de contaminação.

O Greening, causado pela bactéria Candidatus Liberibacter spp. e disseminado pelo psilídeo, acomete todas as plantas cítricas e não tem cura. Uma vez contaminada, a planta se torna uma fonte contínua de inóculo para outras plantas. Atualmente, o Greening é a doença que mais ameaça a citricultura mundial.

O canal de denúncia criado pela Defesa Agropecuária visa identificar e abordar pomares de citros abandonados ou mal manejados, promovendo a educação e conscientização dos produtores sobre as medidas necessárias para o controle do Greening. Conforme a Portaria SDA/MAPA nº 317, de 21 de maio de 2021, e a Resolução SAA nº 88, de 08 de dezembro de 2021, é obrigatório o controle eficiente do psilídeo em todos os pomares e a eliminação de plantas sintomáticas em pomares com até oito anos de idade.

A Defesa Agropecuária também alerta os produtores de citros que o relatório Cancro/Greening deve ser entregue até o dia 15 de julho. O documento, que deve ser enviado através do sistema informatizado de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (GEDAVE), deve conter o resultado das vistorias trimestrais para cancro cítrico e Greening realizadas entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2024 em todas as plantas cítricas da propriedade.

A entrega dos relatórios com dados reais é crucial para que a equipe técnica da Defesa Agropecuária obtenha informações precisas sobre a dispersão e incidência de doenças, permitindo um melhor direcionamento das ações de defesa fitossanitária e políticas públicas. No Estado de São Paulo, a entrega do relatório é obrigatória para todos os produtores, independentemente da idade das plantas, e o atraso ou a não entrega sujeita o produtor às sanções previstas no Decreto Estadual Nº 45.211, de 19 de setembro de 2000.

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