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Milho: demanda internacional em baixa e mercado interno ativo

As cotações de milho poderão recuar esta semana



Foto: Pixabay

Na última semana, a demanda global por milho viu o produto argentino manter-se mais atrativo no mercado, enquanto os produtores brasileiros demonstraram resistência em vender o grão internamente. Essa dinâmica pode gerar novas oportunidades de negócio, conforme a análise semanal da Grão Direto. Na semana passada, as cotações de Chicago encerraram com o milho cotado a US$ 3,95 por bushel (+1,02%) para o contrato com vencimento em setembro de 2024. Já na B3, o milho apresentou um aumento mais significativo, subindo 3,28% e atingindo o valor de R$ 61,08.

Segundo a análise, as exportações de milho do Brasil registraram 1,582 milhões de toneladas até julho, significativamente abaixo da média dos últimos três anos. Esse resultado reflete a baixa demanda internacional pelo cereal. No mercado interno, há uma grande oferta escoando do Centro-Oeste para o Sudeste e Sul do país.

O mercado de exportação está adquirindo milho para embarque em setembro, mas com margens de negociação reduzidas e poucas cotas disponíveis. A janela de exportação da soja ainda está forte, competindo diretamente com o milho.

A previsão de clima quente e seco nos Estados Unidos, se confirmada, pode beneficiar as lavouras de milho temporariamente, pois um leve estresse nas plantas durante a fase de formação e enchimento de grãos pode direcionar a energia das plantas para o enchimento dos grãos. No entanto, a expectativa de condições climáticas secas e úmidas trará volatilidade ao mercado.

Apesar da baixa demanda internacional, os prêmios de exportação subiram na semana passada devido à necessidade de honrar entregas e à competição com o mercado interno de milho tributado. Enquanto o mercado interno negociou o milho CIF (custo, seguro e frete) a R$ 59,00 por saca no disponível, o mercado de exportação ofereceu R$ 65,00 por saca CIF Santos, com janela de entrega a partir de 15 de agosto e pagamento em setembro. É esperado que essa configuração se mantenha ao longo da primeira quinzena de agosto.

As cotações poderão recuar esta semana, após uma semana positiva para muitas regiões. Apesar dos prêmios de exportação estarem em alta, o mercado interno não deve fazer grandes esforços para originar o cereal.

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