USDA ajusta projeções globais de soja e milho

Segundo o relatório WASDE de abril, divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção global de soja sofreu leve redução, passando de 420,76 para 420,58 milhões de toneladas. Em contrapartida, os estoques finais globais aumentaram de 121,41 para 122,47 milhões de toneladas. 

No Brasil, a produção foi mantida em 169 milhões de toneladas, com aumento nos estoques finais de 31,52 para 32,31 milhões. Já nos EUA, a produção e a área plantada permaneceram inalteradas, mas houve queda nos estoques finais (de 10,34 para 10,21 milhões) e aumento no esmagamento (65,86 milhões). A Argentina também manteve sua produção em 49 milhões de toneladas, com leve recuo nos estoques, enquanto a China manteve estáveis seus números de produção (20,65 mi/t), estoques (43,96 mi/t) e importações (109 mi/t).  

Para o milho, o USDA revisou para cima a estimativa global de produção, que passou de 1,214,47 bilhão para 1,225,10 bilhão de toneladas. Apesar disso, os estoques finais mundiais recuaram para 287,65 milhões. No Brasil, a produção foi mantida em 126 milhões de toneladas, com leve alta nos estoques finais (2,98 mi/t) e exportações inalteradas. 

Nos EUA, a produção ficou estável em 377,63 milhões, mas os estoques finais caíram de 39,12 para 37,21 milhões, enquanto as exportações aumentaram para 64,77 milhões. Na Argentina, os números foram mantidos em produção e exportação, com leve alta nos estoques (2,38 mi/t). Já a Ucrânia seguiu com produção de 26,8 milhões e exportações de 22 milhões, sem alterações.  

Esses ajustes refletem mudanças pontuais nos balanços internos dos principais players mundiais. A elevação nos estoques finais globais de soja aponta para uma oferta confortável, especialmente com a produção brasileira mantida em níveis elevados.